* Raquel D'avila *
Foi ai que eu decidi ir até aquela Pracinha que eu havia ido com o
Guilherme na noite passada. Não era muito longe dali,demorei uns 7 minutos pra chegar lá,sentei-me em um banco e me lembrei de quando eu tinha uns 6 anos,e meus pais ainda eram casados.Era tão bom,eu acordava e tomava-mos café em família,minha mãe me levava a escola e eu passava metade do dia lá. Eram 12:30 e meu pai ia me buscar,eu chegava em casa já "almoçada" e ficava fazendo os meus "desenhos" que hoje em dia eu chamaria de rabiscos,eu passava horas lá desenhando e no final do dia eu jantava também em família,me deitava na minha cama e minha mãe contava histórias para dormir.
Nunca deixarei que outra mulher faça o que um dia ela fez para mim,minha mãe é insubstituível. Do nada um garoto familiar passou andando de Skate com um carro o seguindo,eu estranhei mas continuei voltando ás minhas lembranças,o garoto do Skate se aproximou de mim e eu o reconheci,era o Guilherme.
-O que está fazendo aqui,Quel? Por que tá aqui,e sozinha? -Ele olhou em volta se sentando ao meu lado.
-O meu pai,ele.. -Eu não aguentei e comecei a chorar,ele me apoiou no ombro dele e tirou o equipamento que estava usando.
Eu só conseguia chorar,queria que tudo voltasse a ser como antes,eu,meu pai,minha mãe e a Lolo. Como eu sentia falta daquilo. Eu chorei um pouco e levantei minha cabeça,ele limpou minhas lágrimas lágrimas perguntou:
-O que aconteceu,por que uma garota tão bonita tá chorando assim? -Ele perguntou ainda exugando minhas lágrimas,ele era maravilhoso.
-O meu pai,tá namorando e eu,não quero. -Eu disse o abraçando.
-Calma,eu tô aqui. Pra você. -Ele retribuiu o abraço. -O que aconteceu com a sua mãe?
-Quando eles se divorciaram,minha mãe foi morar na Europa,e só nos falamos por computador. -Parei com o abraço.
-Quanto tempo mais ou menos faz isso? -Ele perguntou.
-Fazem uns 3 anos que isso aconteceu,e eu ainda sofro muito por causa de tudo isso. Por que eles tinham que a separar? Por que tinha que ser desse jeito? -Eu voltei a chorar.
-Não chora,princesa. Se foi assim,era por que tinha que ser. -Ele me consolava. -Você não acha que o seu pai tem que ser feliz? Ele passou muito tempo só cuidando de você é da sua irmã. (Eu havia falado a ele sobre a Lorena)
-Ele tem que ser feliz,claro. Mais eu me sinto forçada a me dar bem e a aceitar uma nova "mãe" que eu não tenho,é horrível!
-Ei,princesa. Você não é obrigada a fazer algo que não quer,você não precisa ser melhor amiga da namorada do seu pai,só tenta ser educada com ela.
-Obrigada,não sei o que eu faria sem os seus conselhos. Nessa parte também sinto falta dela,quando ela me aconselhava. -Eu enxugo minhas lágrimas.
-Eu até te chamaria pra um sorvete,mais tem gente me esperando. Fica pra próxima,ok? -Ele aponta para o carro que estava o seguindo.
-Claro,eu também tenho que voltar pra casa,minha irmã deve estar sofrendo mais do que eu. -Me levanto.
-Até. -Ele me abraça.
-Até,obrigada por tudo,príncipe. -Eu por um impuso bobo o beijo,ficamos um tempo ali naquele beijo,e nos soltamos por falta de ar. -Me perdoa.
-Que nada,princesa. Eu adorei. -Ele acenou e saiu andando de Skate.
Continua.♡
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destinos traçados -guiquel♡
RomantikRaquel D'avila nunca imaginou que esbarrar com um garoto,iria mudar o destino de tanta gente. início:08 de janeiro/2019. término: