Sex and Peace

Dave

Me chamo Dave

Moro com meu pai e tenho 16 anos.

Meus pais se separaram quando estive morando com minha tia em outro estado, mas particularmente eu nunca fui muito afetado pela separação, já que eu sempre estava sozinho no meu quarto, mesmo quando criança, romantizei o relacionamento dos dois da melhor forma. Ainda sou culpado pela separação, como diz meu pai, nas palavras dele os dois tiveram uma ótima vida e um ótimo casamento. 

Que mentira mais cara de pau.

E até hoje carrego um fardo que não é meu, quando tiveram de separar, pra ao menos um cuidar de mim, como se eu fosse um castigo para eles.

Eu acabo de sair do banho enquanto penso sobre minha vida em relação a familia, seco meu cabelo rapidamente esfregando a toalha sobre a cabeça, e diante quando abro a porta de vidro e o vapor segue livre pelas frestas da porta do quarto. Penteio meu cabelo apenas para me sentir bem. Vejo como tenho um cabelo negro e bonito, particularmente eu nunca fui de menosprezar minha autoestima, é só o que me resta.

A casa está sozinha, me sinto culpado por não ter viajado com meu pai, por deixa-lo ir sozinho, mas por outro lado me sinto bem, posso esvaziar minha mente e fazer coisas que eu goste, sem estar fingindo, sem estar forçando.

Me sento na cama, com a toalha na cintura, meus braços, e minha barriga ainda escorrem a agua do banho; seco a mão na toalha e olho o celular.

- Vem pra cá hoje? Estou sozinho, podemos pedir ou fazer algo para nós comermos. - Enviei uma mensagem pra para Sabrina , a menina que estou namorando.

Gosto de teu jeito, é simpatica inteligente calma, sabe conversar, transa bem demais e ainda é  uma loucura de garota em todos os sentidos.

Visto uma bermuda sem mesmo colocar uma cueca, e a deixo jogada pela cintura, enquanto passo um perfume dou mais uma ajeitada no cabelo

*plim*

Apita o celular. Sabrina respondeu.

- Vou terminar de tomar banho, eu ia assistir um  aqui em casa filme, mas acho que podemos ver juntos.

- Que filme vamos ver?

- Um bem ruim, para não haver necessidade de assistir. - O clima se torna caloroso.

- Não faz sentido, você quer ver um filme ruim para não assisti-lo? - Me finjo de bobo, e ela percebe.

- Bobinho... Sabe do que estou falando. 

Mando um coração.

Sabrina manda uma foto do rosto enquanto toma banho, fazendo um bico brega, e seu rosto está inteiro molhado, enquanto o led  do chuveiro reflete o pouco de seu ombro, continua linda.

Dou risada e espero ela se aprontar, enquanto isso eu organizo meu quarto que está cheio de papéis e roupas espalhadas. e pó sobre os móveis

*plim*

O celular apita denovo. Mensagem dela

- Estou indo meu bem, me espera ai tá? Beijos. 

Logo seguida mensagem de meu pai.

- Ve se arruma as coisas da casa direito e não apronte nada, se fizer algo de errado eu vou descobrir. - Todas as mensagens dele são desagradaveis.

- Está bem pai.

Me deito,  e penso um pouco sobre os baixos e altos da vida, quando me deparo num sono.

Me levanto novamente assustado, percebi que cochilei, alguém bate a porta, toque suave... É ela.