01. The new inhabitant of the Institute

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           ✦ ✧ 01. A nova moradora
                          do Instituto ✦ ✧
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A SENSAÇÃO DE VAZIO ERA surpreendente para Hadassa enquanto a carruagem parava em seu destino. O friozinho que sentia na barriga confundia a cabeça da garota, o que ela tentava denominar como expectativa ou medo.

O dia havia amanhecido nublado na costumeira Londres, o que contribuía para o cenário perfeito de solidão da jovem. Aquele dia fora também o início de sua nova vida ao se despedir dos pais, um adeus estranhamente sem lágrimas de sua parte. Por outro lado, Elizabeth Branwell chorara abraçada com sua caçula, sendo repreendida pelo marido, Buford Branwell. O pai havia se mostrado indiferente com a partida da filha, dando alguns tapinhas em seu ombro e a empurrando para a porta, como se estivesse a encorajando. Na opinião da pequena Branwell, não deveria ser surpresa sua falta de lágrimas em sua despedida enquanto observava pela última — pelo Anjo, ela esperava que fosse. — vez a casa em que fora prisioneira de sua própria vida.

Sentada dentro da carruagem escutando o condutor descer da mesma, Hadassa sabia que não deveria possuir tais pensamentos. Contudo, ela não poderia evitar! Estava tão feliz por ter a oportunidade de rever seu irmão, ao mesmo tempo em que a possibilidade de possuir liberdade como uma garota comum — ao menos a liberdade que as garotas de sua idade tinham naquela época. — fazia seu coração galopar descontroladamente. Porém, o vazio brincava junto com as outras emoções, competindo por espaço naquele momento.

Ela sabia a justificativa: estava dizendo adeus a uma vida que fora forçada a viver. Contudo, era tudo o que conhecia, era o que fora ensinada a ser, mas principalmente, tudo o que sabia formava o que Hadassa era: uma pessoa dependente. Quando o condutor abriu a porta da carruagem, a jovem ruiva tinha plena certeza do motivo do vazio, ela estava com medo. O imensurável medo de decepcionar seu irmão quando o mesmo comprovasse que ela era apenas uma garotinha fraca e dependente, o que contribuiria para sua volta à casa. Esse sim, era seu maior medo, ser manter cativa em sua fraqueza.

Os pensamentos evaporaram de sua mente quando a mão do condutor se esticou para ajuda -la a descer da carruagem. Graciosamente como havia sido ensinada por sua mãe, Hadassa aceitou a ajuda, descendo com cuidado logo em seguida. Seus olhos correram pelo pátio a procura da figura do irmão, entretanto, a decepção a atingiu quando seus olhos encontraram a imagem de uma mulher baixinha, a expressão séria que mudou no exato momento em que seus olhos encontraram a figura de Hadassa, abrindo um sorriso sincero. Charlotte.

Sorrindo agradecida ao motorista da carrguem do próprio instituto — Thomas —, Hadassa caminhou com toda a coragem que uma garotinha de doze anos possuía, tomando o devido cuidado para não tropeçar no vestido enquanto Thomas seguia ao seu lado, levando suas malas. Pelo visto, Henry ou Charlotte havia pedido ao homem para que a ruiva não se esforçasse, o que a levou a ficar agradecida e chateada ao mesmo tempo. Era incontrolável as duas sensações quando o assunto era sua condição.

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