口れモ

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Os súditos do rei andavam por todo o lado do reino conversando sobre o tal baile organizado para escolher uma companheira para o futuro príncipe.

Ten já estava um pouco enjoado com a ideia desse baile. Primeiro por que gostaria de, pelo menos uma vez, sair daquela casa que era obrigado a passar o dia inteiro cuidando e o baile era a chance disso, mas, graças a sua madrasta, não poderia, segundo por que gostaria de ver o futuro príncipe e terceiro por que teria que arrumar as filhas arrogantes de sua madrasta.

Chitta quase quebrara a vassoura que segurava ao ouvir a mulher mais velha da casa lhe chamar pelo nome completo, errando, quase por completo, a sua pronúncia.

— Deus salve a alma dessa cadelinha. — Ten sussurrou para si, encostando a vassoura em uma parede perto e indo até a escada de acesso aos quartos.

Subiu cada degrau da escada fazendo barulho, por pura irritação, e, ao chegar no quarto, constatou o que já imaginava.

— Quero que arrume minhas filhas para o baile de hoje a noite. — Emitiu sem olhá-lo, com o olhar a suas filhas, que se entreolhavam e sorriam animadas. — Sem gracinhas, senão você sabe o que acontece. — Falou séria, dessa vez, o olhando.

A mulher passou ao seu lado, saindo do cômodo e Ten aproveitou para se virar e fechar a porta, revirando os olhos por desgosto enquanto o fazia. Se virou novamente para onde as garotas estavam, agora com expressões de superioridade, que fizera Chittaphon, novamente, revirar os olhos.

Mesmo sendo apenas quatro da tarde, e o baile começava às sete, Lee foi obrigado a começar a arrumar as filhas queridas da bruxa de sua madrasta.

Do outro lado da floresta, talvez do reino, no castelo onde o evento aconteceria, Taeyong olhava seu pai escolhendo uma roupa para ele sem nenhuma animação. De todos as pessoas dali, Taeyong era, sem dúvida alguma, o mais desanimado.

Queria apenas sumir. Largar toda aquela ideia ridículo de baile e fugir para longe do reino, onde pudesse ficar sozinho, sem seu pai e suas ordens.

Mas não podia.

— Este está com um botão solto, senhor... Mas eu posso o costurar. — A costureira dizia receiosa do que o Lee poderia achar.

— Conserte-o, Junghee. É este que eu quero. Está despensada. — O rei olhava a roupa em suas mãos com certa ansiedade para vê-la no corpo de seu filho.

Ficará perfeito, pensou.

Enquanto nisso, Taeyong só pensara no quão ele queira que as horas passassem devagar, ou mais rápidas, assim aquele baile, que nem começou, acabaria logo.

— Bom, eu vou voltar a supervisionar a organização do baile. Esteja pronto antes das sete. — E saiu daquele quarto gigante, dando espaço a Taeyong finalmente se sentir bem.

Com seu pai por perto, Taeyong apenas sentia um misto de sentimentos ruins, não conseguia ser ele mesmo direito enquanto passava pela pressão que o pai lhe colocava.

Olhando para o teto de seu quarto, Lee acabou por adormercer, em meio a roupas e outros acessórios que lhe cercavam em sua cama.

Acordou com um mandado de seu pai lhe chamando, provavelmente um ajudante de limpeza ou cozinha.

— Que horas são? — Perguntou  preocupado ao garoto baixinho e fofo, chamado Jisung.

— São quase seis horas, hyung. — Se tranquilizou ao ouvir tais palavras e dispensou Jisung, dizendo que iria se arrumar.

— Precisa de ajuda, hyung?

— Não, Jisung. Não, obrigado. — Se levantou e o levou a porta.

Taeyong deu tchau a Jisung enquanto ele falava algo o qual ele não deu ouvidos e fechou a porta.

— Se eu tivesse atrasado o meu pai ia comer o meu cú, e nem seria do jeito bom. — Suspirou nervoso deixando o corpo escorregar pela porta, até quase o chão, quando se levantou e foi ao banheiro tomar banho.

Passara o resto do entardecer se arrumando, até às quase sete horas, quando saiu de seu quarto a procura de seu pai.

Procurou em todos os cantos, até lembrar o óbvio. Provavelmente, ou certamente, o homem estaria o esperando no salão principal, onde aconteceria o baile.

— Merda! — Resmungou correndo, pois já estava no quintal do castelo, do outro lado dele.

Demoraria, pelo menos, dez minutos ate chegar no salão.

— Do outro lado da floresta —

Ten se encontrava vestido com um vestido velho que havia encontrado entre roupas que não cabiam mais nas irmãs birrentas. Dançava ao som de uma música qualquer que cantava nasalmente, girando por todo seu quarto.

Depois de tomar banho, já destressado, Ten estava até feliz.

E, dançando feliz pela casa, ele foi parar no jardim, onde encontrou um pequeno camundongo jogado no chão.

O observou de perto e percebeu machucados em seu pequeno corpo. Com pena o pegou nas mãos e o levou à dentro da casa.

Cuidara do camundongo como um verdadeiro filho, até virar-se de costas para pegar algo para passar em seus machucados e o serzinho se transformar em um homem fada.

— Meu Deus! — Gritou e tampou sua boca assustado. — Quem é você?

— Sou o Doyoung, sua fada madrinha. Ou seria, fado padrinho? — Bateu levemente sua varinha mágica em seu queixo, fazendo Ten ficar ainda mais assustado com o fato de ele ter uma varinha.

—-—

serase a varinha do doyoung é grande negos?

chittarelo - taetenOnde histórias criam vida. Descubra agora