匕山口

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Ten ainda não acreditava no que via diante si. O espelho grande e levemente quebrado a sua frente refletia a imagem dele, com um vestido longo, de mangas longas, rodado e vermelho, com detalhes dourados no pulso e no colo do vestido. Ao invés dos cabelos pretos e curtos, em sua cabeça havia um aplique de cabelo castanho escuro, que, incrívelmente ficava perfeito nele. E, em seus pés, que quase não podera ver, um salto alto de vidro na mesma cor que os detalhes do vestido.

Estava maravilhado com sua imagem, olhava-se no espelho várias vezes, só para ter certeza do que estava vendo.

— Não é para te desanimar não, mas só vai durar até meia-noite. — Doyoung é um péssima fada, pensou. — O baile vai começar daqui quinze minutos. Vamos, tem uma carruagem lhe esperando.

Doyoung levou Leechayapornkul até a saída da casa, onde o garoto se viu em frente a camundongos, folhas e uma abóbora. Encarou Doyoung confuso e, quando menos esperou, os objetos se viraram em brilho, e desse monte de brilho e luzes, a abóbora se transformou em uma carruagem, os ratos em cavalos e um deles em um homem, que abriu a porta para que ele entrasse.

Ten pôs um pé dentro da condução, e, antes de colocar o outro, deu tchau a Doyoung, que retribuiu sorrindo orgulhoso de seu trabalho.

A carruagem seguiu por um atalho em meio a floresta, chegando no castelo antes do tempo previsto por Doyoung.

Johnny, o rato que havia se transformado em homem, desceu da condução e abriu a porta para Ten, que desceu com sua ajuda, uma vez que não tinha confiança ainda com o salto.

Seu sorriso radiante cresceu ainda mais quando pôs o pé direito naquele tapete dourado em frente a porta do castelo.

Chittaphon seguiu caminhando pelo corredor até parar a frente de uma porta alta e bela. Bateu duas vezes nela, logo vendo-a abrir.

Taeyong acabara de se sentar no trono ao lado do pai, quando a porta foi aberta e ele então viu uma garota entrar por ela. A observou de longe e se assustou quando sentiu seu coração acelerar.

Inferno de garota, pensou.

Se sentia estranho por sentir aquilo por uma garota, sempre havia se julgado gay depois do que aconteceu consigo. Não estava se entendendo direito.

Caminhando até o outro, Tae e Ten se encaravam sem desviar seus olhares, com uma verdadeira cena de filme.

Quando finalmente se encontraram, no centro da pista de dança, Chitta segurou nas pontas de seu vestido e cumprimentou Taeyong. Lee retribuiu curvando-se e segurou a mão de Ten, beijando sua costa.

— Me permite uma dança, alteza? — O príncipe perguntou, ainda segurando a mão de Ten entre a sua. O tailandês assentiu, sentindo as maçãs de seu rosto flamejarem.

Taeyong puxou levemente a mão esquerda de Ten e entrelaçou a sua. Envolveu a cintura do mais baixo com seu braço direito e deu início a dança.

Ten começou um pouco desajeitado, tropeçando em seus pés, calçados por um salto levemente alto, mas logo pegou o jeito. Taeyong, por outro lado, havia tido aulas de dança e sabia cada passo que deveria dar, mas se assustou ao ver Ten comandar a dança em certo ponto.

Os dois dançaram sozinhos no salão por vários minutos, até o resto dos convidados se juntarem a eles.

Hyojoong, a madrasta de Leechaya, estava furiosa ao ver aquela cena. A primeira coisa que fez quando os convidados começaram a dançar foi empurrar suas filhas para cima deles.

Resmungando, Seulgi e Irene começaram a dançar com homens desconhecidos que estavam ali a convite de Taeyong.

Por muito tempo, vários casais dançaram na pista de dança, incluindo Taeyong e Ten. Mas, quando ficaram exaustos, o príncipe levou Chittaphon para um jardim no lado de fora do castelo.

— Uhm... E qual seu nome? — Lee tentou puxar assunto com uma pergunta simples.

— Bom... O meu nome é um pouco complicado então me chame de Ten. — Chitta sorriu, fazendo Taeyong sorrir também, pois seu sorriso era contagiante.

No jardim havia um pequeno balanço, onde Ten se alegrou ao vê-lo e saiu correndo em sua direção. Taeyong, sorrindo pela infantilidade do outro, andou até Chittaphon e se pôs atrás de si, para balançá-lo.

Enquanto o balançava, Taeyong tratou de conheçe-lo melhor, fazendo diversas perguntas. Ten sempre as respondia rindo, se embolando um pouco nas palavras e fazendo Taeyong rir também.

Quando enjoaram, Taeyong e Ten se sentaram na grama verde e bem cuidada do jardim e logo deitaram por cansaço. E, deitados de frente para o outro, se aproximaram.

Seus rostos estavam bem próximos, quase se roçando, quando Chitta ouviu Johnny lhe chamar, dizendo que já eram onze e cinqüenta.

Chittaphon levantou-se rapidamente e se arrumou. Taeyong demorou até perceber que Ten não estava mais em sua frente, e quando percebeu, o olhou confuso.

— Eu preciso ir para casa. Muito obrigada por hoje, muito mesmo!

— Mas espera por que não-... — Chitta não lhe ouviu, já estava correndo em direção a frente do castelo.

Na pressa, Ten deixou cair um dos lados de seus saltos, mas não conseguiu pegá-lo. Se voltasse para pegá-los, iria perder muito tempo e se transformar em Chittaphon novamente.

No jardim, frustrado, Taeyong se arrumou e saiu correndo para tentar alcançá-lo, mas não conseguiu a tempo.

Quando chegou onde Ten estava, o garoto já estava entrando na carruagem, que logo deu partida. Apenas vou Ten acenar pela janela arrendondada e acenou de volta com um sorriso no rosto.

— Tchau... — Sussurrou para si mesmo.

—-—

johnny empata foda

desculpa os erros, sweeties 💕

chittarelo - taetenOnde histórias criam vida. Descubra agora