Capítulo 4 - Novas experiências

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  Estávamos almoçando quando minha irmã derrubou a comida no chão, uma coisa super normal. Porém, minha mãe estava tão nervosa que acabou gritando com ela, talvez ela estivesse com medo, chateada ou sem forças para acreditar que tudo ia ficar bem. Não nego que também estava daquela forma, com muito medo, mas eu precisava ser forte para ajudá-la nesse momento.

— Mãe, relaxa. A senhora não precisa ficar assim, vamos ver o Papai e Deus vai nos ajudar na viagem, e nesse projeto novo. Não fica com medo. — Falei abraçando-a.

— Obrigada, filha. — Ela falou tentando limpar a bagunça de minha irmã. 

— Deixa que eu limpo, mãe. Vai lá descansar. — Disse e peguei o pano que estava na mão dela. 

Depois de limpar tudo, fui até o meu quarto, aquela seria minha última noite na minha sacada. Não queria dormir, estava triste. E as coisas que eu estava deixando para trás? Meus amigos, meu mundo! Olhei para a estrela que estava brilhando no céu, era a que mais brilhava. Respirei fundo, e fui me deitar, o dia já não iria me oferecer mais nada. Só de olhar pela última vez a estrela no céu brilhando já me deixava um pouco melhor. 

Quando acordei, as pessoas que iam levar nossa mobilha para a outra casa já estavam na sala desmontando as coisas. Terminei de me despedi da sacada e do meu e fui até a cozinha, minha mãe já estava pronta e eu também. Não comemos nada para não perder tempo, pois queríamos chegar a tempo da empresa do meu pai ser inaugurada. 

✈🏣👪

Já estávamos na casa nova, no estado novo, tudo novo. Felizmente, Deus foi tão bom comigo, que na casa nova também havia uma sacada e um quarto só para mim! Não tinha a mesma visão que a outro, era melhor, eu admito. Ainda assim, eu ainda estava me adaptando a nova sacada. Quando chegamos em casa, meu pai estava resolvendo a documentação da nova empresa, por isso não o vimos. Arrumei as coisas no quarto que já estavam lá quando chegamos. De fato, o empresa que fez a mudança era eficiente. 

Minha mãe estava animada e já tinha feito amizade na rua em que morávamos. O vizinho da casa ao lado perguntou se queríamos ajuda para carregar algumas coisas, por isso ela já estava animada dizendo que aparentemente a vizinhança era boa. Eu também estava me esforçando para achar isso, o vizinho tinha uma filha, e essa filha tinha a minha idade e também quis me ajudar com as caixas do meu quarto. Bom, mesmo que a empresa fosse eficiente, eu tinha coisas que eu mesma se certificaria que chegaria ao meu quarto com todo o cuidado que eu mesma poderia ter. Então aceitei a ajuda da filha do vizinho, ela parecia me entender e quando pegou uma caixa que estava meu telescópio a pegou com muito cuidado. Um ponto para a filha do vizinho!

Enquanto eu empilhava a caixa que eu trouxe com com outras que já estavam lá, ouvi minha mãe conversar com outro homem, e esse tinha a voz do meu pai. Minha irmã que estava no meu quarto me olhou e falamos juntas a mesma coisa:

 — Papai! 

A filha do vizinho que estava lá riu da nossa animação. Eu a ignorei e pequei minha irmã no colo e fui em direção a entrada da casa. Lá estava ele, eu estava com muita saudade. 

— Oi meu bem, como você vai? — Meu pai falou carregando minha irmã, depois depositou um beijo em sua testa. 

— E o meu? — Perguntei cruzando os braços,  ignorando  totalmente a pergunta que ele havia feito. 

— Claro meu bem, venha aqui. — Disse bagunçando meu cabelo e em seguida depositando um beijo em minha testa. 

No final das contas, nosso pai ajudou o nosso vizinho a carregar o testo das coisas e acabou convidando ele para jantar em nossa casa mais tarde. Claro que o vizinho aceitou e disse que levaria a filha e a esposa também. 

— Até mais Carolina. — Falei a abraçando.  Eu não era de abraçar muito, mas Alana gostava de algumas coisas que eu também gostava, por isso, ela ganhou mais um ponto comigo. 

Emanuela  [ SEM REVISÃO] Onde histórias criam vida. Descubra agora