Run for your life.

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🌸;; Pov's Jane

Eu não entendo. Foi tudo tão rápido, e... eu estou viva? Me sinto estranha.

Pov off

Eu acordo e ponho a mão na cabeça. Eu estava me sentindo cansada e com as energias gastas. Logo, uma enfermeira entra no quarto:

- Vejo que acordou, garotinha.

- Sim. - Eu sorrio um pouco sem graça.

- Quer comer algo? Acordou agora e aparenta estar com fome.

Eu acenei que sim com a cabeça, então ela foi buscar algo para eu comer. Eu só conseguia reparar na roupa dela; -"Que uniforme estranho que ela usa." - Pensei.

- ...? - Eu escuto alguém abrir a porta, e logo vejo que era a enfermeira, que chegava com uma bandeija de comida.

- ah, obrigada. - Agradeço, pegando a bandeija gentilmente.

- De nada. Mas e aí? Está totalmente recuperada?

- Sim, um pouco... - Logo lembro de minha mãe, e quase pulo da maca.

- Minha mãe, onde ela está? Está bem? - Digo um tanto quanto preocupada.

A enfermeira olha um pouco confusa para mim, e logo responde:

- Olha senhorita, lamento lhe informar que chegou sozinha aqui. Não temos nenhum dado seu, apenas uma mulher chamada Nancy acompanhou você dentro da ambulância, já que não tinha ninguém com a moça.

- Mas eu sofri um acidente de carro, e minha mãe estava dirigindo! - Me tomo por um nervosismo completo, e começo a rir pelo mesmo.

- Não, moça. Aliás qual seu nome?

- Jane.

- Olha, Jane... talvez a pancada tenha sido muito forte, mas o que aconteceu é: Você foi atropelada por um carro, que as autoridades ainda não conseguiram identificar.

- Como assim?

- Talvez seja confuso para a senhorita, mas foi o que ocorreu. Eu lamento se tinha alguém com você.

Eu olho em volta na tentativa de encontrar minhas coisas.

- Onde estão minhas roupas? Eu vou pra casa.

- Olha, as suas roupas estão cheias de sangue, mas aquela moça, a Nancy, trouxe um vestido para você usar.

- tá.

- Vou pegar para você e dar privacidade pra por.

A enfermeira pega o vestido e entrega para mim. Logo ela sai do quarto.

- Obrigada. - Eu levanto com um pouco de dificuldade, mas rapidamente me recupero. Pego o vestido que não era muito do meu gosto, então o coloco.

- Caralho, vestido de merda.

Alguém entra no quarto.

- Enfermei...

- Ah, ele ficou lindo em você! Pode ficar, se quiser.

- Quem é você? - Pergunto um pouco desnorteada.

- Ah, prazer, sou Nancy Schneider. - A jovem mulher que aparentava ter os seus 32 anos, bem arrumada e de cabelos castanhos escuros estendeu sua mão.

- Prazer, sou Jane Hoffmann.- Pegando na mão da mulher e a balançando de cima para baixo, enquanto se apresentava.

- Ah, receio que queira voltar para casa, se quiser, eu te dou uma carona.

- Eu só queria saber onde está a minha mãe, eu vim com ela.

- Perdão, anjo... mas você só veio comigo. Eu vi o momento exato em que o carro bateu em você, você estava completamente desorientada.

Eu ponho a mão na cabeça e tento me lembrar de algo.

- Eu tenho quase certeza de que eu não fui atropelada.

- Tudo bem, haha. É normal ficar confusa, com uma pancada daquelas quem não ficaria? Enfim.

Eu sorrio para a moça, mas sem tirar o olhar triste que meus olhos possuíam por não saber o paradeiro de minha mãe.

- Hey, sabe o que é bom pra memória?

- O que?- Perguntei esperançosa.

- Sorvete! Que tal? Eu te levo pra tomar sorvete, e quem sabe a moça não se lembra?

Eu suspeitei um pouco da atitude bondosa da mulher, mas aceitei, afinal, não sabia onde minha mãe estava. E o hospital era longe de minha casa, uma carona não iria ser nada mal.

- Pode ser. - Digo, acompanhando a mulher até a porta.

- Você vai gostar.

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