=Nine=

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Mais um dia normal - ou quase - começa e como sempre, estou á caminho da escola.
 
Hoje, não estou com nenhum dos meus amigos ou Kate por perto. Eles foram antes. Eu me atrasei. E muito! Por quê? Porque dormi tarde demais, jogando até duas da madrugada.

Durante o caminho, fico pensando na relação que tenho com Kate. Será que realmente daremos certo? Será que realmente devo pedi-lá em namoro? E se ela não quiser mais?

                     □ □ □

             ~ • Recreio • ~

- Piter, posso falar com você? - pergunta Charlie, sentando ao meu lado.

- Pode. O que foi?

- Você realmente está tendo algo com a Kate?

- Sim...

- Com a menina mais popular da escola?! - pergunta desacreditada.

- Sim?! Por quê?

- Porque eu acho isso meio ridículo. Você está sendo um trouxa. Ela nem gosta de você realmente.

- E...?

- E que isso é ruim. Piter, eu sempre gostei de você, te dei atenção, conversei contigo e nunca reparou em mim ou tentou ter algo comigo. Eu que te amo de verdade.

Será que ela bebeu?

- Desculpa, Charlie, mas eu não gosto de você da mesma forma. Sinto muito se o que eu sinto pela Kate é mil vezes maior pelo o que sinto por você. Eu não te vejo como nada maior que uma colega, desculpa. E o trouxa da história não sou eu.

- Amore. Atrapalho? - Kate chega e parece estar estressada.

Seu rosto tinha um misto de raiva e confusão estampado.

- Não, linda. Não atrapalha.

- Ok. Charlie, você pode nos dar licença? - no seu tom de voz não sinto nem um pouco de paciência.

- Pensa no que eu te falei, Piter.

Charlie diz e vai embora.

- O que ela queria? - pergunta Kate.

- Veio me dizer que não estou certo por ficar com você, que ela que me ama de verdade e que eu sou trouxa.

- E você acreditou?

- Não. Claro que não. Acho que fui até grosso demais com a resposta que dei á ela.
Garota maluca!

- Acho bom. Se eu vejo essa garota de novo... Eu nunca fui com a cara dela. Muito fingida.

- Esquece isso. Tá, ciumenta?

- Uhum. E eu não sou ciumenta. - me encara, agora com um semblante mais relaxado.

- Certeza?

- Não. - rimos. - Eu sou um pouquinho.

- Você fica fofa agindo assim. - dou um selinho nela. - Mas, não precisa ter ciúmes.

- Um pouco difícil, mas a gente tenta. E você fala de mim e também tem ciúmes que eu sei, tá?!

- Eu? Ciúmes? De onde tirou isso?

- Ah, nem tenta esconder, seu idiota, eu sei que tem sim.

- Nossa, que agressiva ela! Magoou.

- Para de ser bobo e vai comigo alí na cantina.

- Tabom, tabom.

- Quer? - me pergunta ao comprar coxinha e guárana.

- Aceito. - Ainda segurando a coxinha em sua mão, ela me dá um pedaço. - Obrigado.

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