Capítulo I: as Tenentes e o Furacão Blossom

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Tava ajudando minha mãe a recolher a roupa e tive a idéia, eu queria ter algo pra me ajudar a aceitar o fato de eu ter ansiedade.
Eu não precisava ter contado isso, mas espero que gostem.

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Antoinette Topaz
Narration:

Nove de Abril
10:37 AM

Aula de Biologia - Riverdale High

O som do atrito do lápis BIC indo contra a mesa estava me dando nos nervos. Revirei os olhos em direção ao indivíduo, estatura média, moreno, suporte atlético e um sorriso que a cada segunda me dava mais ranço. Não queria ser inconveniente, minha reputação já não era das melhores.

"Vai lá, Sharon! Mostra esse pacote!" coloquei meu dedão e indicador nas laterais da raiz do meu nariz e bufei com leveza ao escutar o comentário, garotas realmente gostam desse tipo de cara?

Depois que meus pais foram convocados a apresentar seus serviços na cidadizinha de Riverdale, as coisas mudaram drasticamente. Sou filha de militares, mas não somos uma família, digamos... Nobre, residimos a lado sul da cidade, mas consegui uma vaga no colégio do lado norte, devido o serviço dos meus responsáveis e não, isso não era nada bom. Sendo uma cidade pacata, tendo raramente em seu histórico assassinatos, não havia, não existia, não perseverava, nenhum colégio de caráter militar. Ou seja, Toni Topaz está completamente fora da casinha.

"Quando quiser, senhorita Blossom" o interesse do professor nas apresentações era tão comovente quanto sua atenção no baile que acontecia no fundão.

"Sr. Mayos, não querendo ser rude, mas já sendo, agradeceria se voltasse pras suas fantasias carnais e deixasse Betty fazer o seu trabalho" disse ácida, ela se referia a ventura da loira em apresentar os slides. "Sua rainha agradece."

De um lado, movimentando de forma frenética e frustrada o mouse, a santa Elizabeth Cooper, é a garota mais certinha que vi na vida - posso jurar que a ouvi perguntar a Kevin Keller o que significavá a piada do cano... Realmente adorável - , sempre meiga e gentil, me pergunto porque se relaciona com as demais... Ah, ela é prima da Blossom.

Aquela pequnininha ali é a descontraído Veronica Lodge, com sua unhas impecáveis, seu cabelo impecável, seus colar de pérolas impecável, ela era a definição de perfeição. Seu pai é ricoooo, cada um conta uma história, criminoso, gangster, político, criador das havaianas - nunca dêem ouvidos as conversas do time de polo aquatico -, mas prefiro acreditar na teoria que ele faça implantes em mulheres de quarenta anos insatisfeitas com a vida... Tipo a Sra. Grundy.

Cheryl Blossom... Como eu posso explicar Cheryl Blossom?

Ela é o inferno em figura de gente, causando estrago e deixando sua marca por onde passa. Tive pouco tempo, mas pude notar, ela é intangível, distante e dotada de influência perante seus "súditos"... É uma vádia mítica. A abelha rainha, uma estrela, a cerejinha do bolo, se você receber um oi ou um sorriso sem que ela emanje sarcasmo e deboche, é elevado de seu status de loser.

As outras duas? São os zangões dela.

Ela pode ter essa carinha de vagaba sem coração, mas é muito mais que isso, eu sinto que é, ela é como uma daquelas bonecas que você gira a chave várias e várias vezes até que não dê mais, mas que aos poucos, vai parando de funcionar.

"Pronto!" Cooper abriu um sorriso vitorioso.

"Ótimo!" Cheryl bateu seus saltos até em frente da carteira mais próxima e estalou os dedos de ambas as mãos, acompanhado de Betty e Veronica, e em seguida por todos que haviam captado a mensagem. Esse era seu jeito de dizer 'Eu estou aqui e exijo que me idolatram'. Não me rendi ao encanto. "Bom, plebeus, como sabem, eu Cheryl Blossom, aka Cheryl Bombshell irei apresentar o seminário da patologia, ou doença pra vocês pobres, conhecida como... Conhe-conhecida como... Parkinson." Algo estava diferente, a ruiva nunca hesita, muito menos gagueja, algo está errado.

¡Panic!Onde histórias criam vida. Descubra agora