Capítulo 1 - Proteção

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Eu, Yuuto, sempre fui uma pessoa muito fria, com um olhar intimidante e antissocial. Odeio me socializar e sempre será assim. Sou uma pessoa que ama o escuro, aprecio o vazio e o silêncio.

Sou um estudante do segundo ano, moro no Canadá, nas regiões pouco florestadas, porém nasci nos interiores do Japão.

Ser sociável é a mais falha virtude, dificilmente você encontrará alguém que será recíproca à você, por isso mantenho meus olhos mortos e fico no meu canto. Não ligo de morrer sozinho, todos morrem um dia, principalmente sozinhos.

Num dia bem chuvoso, eu pego os meus livros e começo a descer para o intervalo.

Eu apavoro as pessoas pelo meu olhar, calma e frieza, ou seja, as pessoas nunca se desentendem comigo, mas a minha paz logo estava por acabar, quando eu percebo que irei encontrar a turma que estavam falando de mim durante a semana inteira.

Enquanto desço as escadas, acabo levando um empurrão, ao olhar pra trás, não poderia ser ninguém menos que aqueles seres desprezíveis do terceiro.

- Preste atenção por onde anda. - Respondo eu.

- Quem é você para me dizer isso? - Ele responde em um tom sarcástico.

- Alguém que quebrará suas duas mãos em menos de três minutos se você não sair da minha frente.

De repente, uma voz feminina surge e responde logo atrás de mim:

- Christopher, ele não fez nada com você. Por favor, pare com isso.

- Vocês do segundo ano são realmente uma piada. - Responde Christopher.

Ao olhar para trás, me surpreendo. É a nova aluna chamada Alice, uma garota linda e inteligente, sua pele é branca e seus cabelos são pretos, idêntico a cor dos olhos. Porém não me surpreendi que fosse ela, já que ela não conhece muito bem os alunos, me surpreendi pelo fato dela ter me "defendido".

Eu percebi em seu semblante que ela realmente estava tentando me proteger, por mais que eu pudesse bater em Christopher e nos outros dois que estavam com ele.

O intervalo acabou e subimos para as nossas salas. Ao chegar, eu resolvi ir direto ao ponto com Alice e vou em sua direção:

- Por que se intrometeu?

- Eu apenas senti que você precisava de ajuda. - Respondo rapidamente, cortando sua resposta como uma faca:

- Sinto muito, mas eu não preciso de ajuda.

Depois disso, Alice abaixou a cabeça como se houvesse entendido e logo em seguida voltou em sua cadeira.

Depois de algumas horas nessa casa de tortura que as pessoas costumam chamar de colégio, bate o sinal da saída.
Enquanto estou indo em direção a minha casa, notei que estou sendo seguido por um grupo do meu colégio.

Por que eu precisava morar perto de um beco escuro?

De repente soa uma voz familiar ao entrar no beco:

- Olha quem temos aqui, se não é o Yuuto Kiyotaka?
- Veio visitar algum cemitério com essas suas roupas pretas? - Corto sua resposta:

- Achei que fosse valentão, mas decidiu me esperar com cinco pessoas?

- Precaução nunca é demais, sabe? Me disseram que você sabe lutar bem, então resolvi trazer uns amigos. Algum problema?

- Você só pode ser um idi-

Sem ao menos conseguir terminar de falar, ele me dá um soco em cheio no estômago, me fazendo cair no chão. Cinco já é demais, não é? Eu já estou ciente que irei sair daqui com um olho roxo e uma costela quebrada.

- Você é apenas um lixo arrogante, Yuuto. - Christopher responde me olhando de cima.

- Sou, é? - Respondo olhando-o de baixo, com uma voz assustadoramente grossa, como se fosse um demônio.

"Por que minha voz engrossou tanto?..
Por que meus olhos ardem?..
Por que meu coração está disparado?..

Por que isso está me fazendo tão bem?! "

Umbrakinesis (reescrev.)Onde histórias criam vida. Descubra agora