Capítulo 18

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Admoestar

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O sonho vívido em minha cabeça deixou-me com os sentidos bagunçados. Abri a porta com urgência e o abracei com força como se ainda fosse o garoto do colegial; verdadeiro e transparente.

"Gomen" pedi soltando-o.

Não diria que estava assustado por um pesadelo e atordoado pelo medo de perde-lo. Muito menos que precisava sentir senti-lo para ter certeza de que ele era real.

"Está tremendo!" apontou.

"Está tudo bem."

"Obviamente não está. Não vou admoestar você, mas assim fico preocupado."

Não dividiria aquilo. Era apenas um sonho, uma visão dos medos que não tenho coragem de enfrentar e nem a opção de evitar.

Takano adentrou o apartamento silenciosamente, descaçando os sapatos.

"Não vamos sair?" questionei e ele negou com a cabeça indo direto para a estante de livros logo escolhendo um.

"Vem," chamou sentando-se no chão "isto ainda é um encontro e eu sempre quis dividir um livro com você." Abriu as pernas indicando o lugar onde eu deveria sentar.

Constrangimento e felicidade. O amor pela leitura era a única coisa que eu tinha certeza que dividíamos.

"Confie mais em mim." pediu assim que sentei.

E antes da leitura, o que dividimos foi um beijo.

Drabbles de amor e ódioOnde histórias criam vida. Descubra agora