Me lembrei do dia que encontrei ele pela primeira vez. Brinquedos floresciam de suas mãos, lembrei-me daquele sorriso agudo e sádico. Naquele dia eu o deixei muito irritado, ele esperava que eu desse mais atenção a sua arrogância, ele acreditava que merecia tudo de mim. Então ele se cansou e mostrou quem realmente era. Ele se revelou e aniquilou todas as pessoas importantes em minha vida. Ele sequestrou meus amigos para transforma-los em seus brinquedos, no início eu admirava ele por poder fazer tal coisa, eu era estúpido por pensar assim. Foi inútil eu correr pela casa porque a porta azul reapareceu no meio da sala. Ele abateu meus verdadeiros pais e teve sua vingança, levando eles para longe de mim e quase me pegou também, mas consegui escapar de suas garras e corri o tanto quanto pude para longe dele mas o cheiro de sangue e carne decomposta persistia no ar.
— Foi você! - eu estava possuído pela raiva e comecei a golpeá-lo com minha mão que estava livre dele. — Você que matou eles! Você!
Eu continuei batendo nele, mas Jason continuava a sorrir, parecia que eu estava fazendo cócegas nele. Ele não tinha remorso algum por ter arruinado minha vida. Ele é um animal possessivo escondido atrás de um rosto bonito. Ele foi capaz de me dar tudo e depois arruinar minha vida. Ele era um ser maligno.
— É claro que fui eu minha esplêndida criatura! O Sr. Coelho foi um presente que eu criei pra você sempre lembrar de mim. - ele sorriu para si mesmo. – Eu já fiz muitos, muitos brinquedos para você com pessoas vivas, mal posso esperar para te apresentar a sua futura dona, Mareanda, mas você pode chama-la de Mandy se preferir.
De repente, algo acertou a cabeça dele mas quebrou em pedaços. Meu pai tinha um porrete de madeira, ele acertou o golpe na cabeça do monstro, mas a madeira foi quebrada. O sorriso de Jason se tornou uma careta de ódio e ele pressionou com mais força em meu pulso. Ele se virou e quando viu o rosto de Jason ele abriu os olhos arregalados e minha mãe cobriu a boca para abafar seus gritos. Meu pai não perdeu tempo em me libertar novamente. A vara quebrada no meio atingiu o rosto do Criador de brinquedos, na mesma hora puxei meu braço e consegui me libertar.
Corri junto com meus pais para fora do quarto. Rapidamente corremos para entrada, meu pai abriu a porta, mas em vez de termos a visão da frente do nosso jardim, havia um workshop do Jason.— Nathan, eu vou lhe dar uma última chance! - Jason disse em uma voz baixa descendo as escadas — Eu vou pintar as paredes dessa casa com o sangue de todas as pessoas que você ama HAHAHAHA!
— Para cozinha, rápido! - nós corremos para a cozinha, ouvindo o riso do monstro que nos seguia.
Agora eu tinha uma assombrosa certeza que não era mais um pesadelo. O terror se apoderou de mim e o sangue de Deise em meus dedos era mais real do que qualquer coisa que já senti. Eu me virei:
— Cadê o papai?
Minha mãe pegou uma faca e ficou mais perto de mim me segurando pelos braços.
— Steven! – ela gritou com uma voz trêmula, mas suspiramos de alívio quando vimos ele vindo da cozinha.
— Depressa antes que ele...
Assim como eu, ela olhou para o rosto pálido do meu pai. Ele caminhava lentamente com um olhar fixo no espaço e com os olhos arregalados.
De repente ele caiu no chão e atrás dele apareceu Jason com um sorriso congelado. O criador de brinquedos olhou para mim com os olhos selvagens.— Acho que a bateria do papai acabou, deixe eu dar uma recarregada HAHAHA!
Jason revelou uma chave mecânica gigante pregada na parte de trás do meu pai, estava manchada de sangue. Ele deu corda no meu pai como se fosse seu brinquedo, a medida que ele girava a chave meu pai gritava. Na segunda girada eu comecei a gritar também, cobrindo meus ouvidos para bloquear o som dos ossos quebrando, mas eu não conseguia tirar meus olhos do corpo dele se contorcendo como uma cobra agonizando em dor.
— Vai embora! Deixe meu filho em paz! - minha mãe me abraçou com força contra o peito e apesar do terror e as lágrimas, seu rosto parecia como uma leoa que protege seu filhote.
— Cala boca vadia! Não é com você que eu quero falar! - resmungou o criado de brinquedos, furioso ele apontou sua garra branca — Vem comigo meu velho amigo. Nós vamos nos divertir juntos novamente, vamos voltar com a alegria e risos de antigamente.
— Não! Você é um psicopata! Eu não quero me tornar um monstro como você e tenho certeza que ninguém mais nesse mundo quer ser amigo de um monstro. Quero que você suma da minha vida! Quero ter minha vida de volta!
Ao som de minha recusa o rosto de Jason escureceu e seus olhos brilharam em fúria. Ele entrou em delírio, se contorcia e a cabeça em negação.
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História Real de Jason The Toy Maker
TerrorEspero que gostem. Divirtam-se e boa leitura!