Capítulo 11

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Hoje, acordei com um sorriso no rosto, o que é algo ótimo

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Hoje, acordei com um sorriso no rosto, o que é algo ótimo.

Depois da noite de conversas e risadas com Reese, eu me sinto muito mais tranquila com minha estadia e adaptação ao palácio. Planejamos nos encontrar antes do baile de hoje para nos arrumarmos e nos conhecermos melhor, mas antes disso tenho um dia inteiro livre para conhecer os corredores e jardins de meu novo lar.

Sou acordada por Armani, que segura uma linda bandeja de café da manhã com bolo de cenoura, café, biscoitos e algumas uvas roxas, provavelmente as famosas uvas cultivadas no jardim do castelo que Darius falou na noite passada. Devoro o alimento rapidamente e nunca me senti tão farta a esse horário.

Imagino o que Claire e papai devem estar comendo agora... Eles adorariam esse luxo todo e principalmente a comida, que é mil vezes melhor que minha sopa de mariscos.

Como eles devem estar com minha partida? Já faz uma semana...

Eu me levanto em um salto, afastando o desânimo da mente. Se tenho um dia livre para conhecer o castelo, então farei um bom uso dele.

Tomo um banho maravilhoso na banheira, me visto novamente com uma roupa chique demais para meu gosto, e agradeço as ajudas de meus criados para fazer atividades simples, mesmo que eu possa fazer sozinha. Eles parecem muito contentes em ajudar, mesmo que seja só preparando um banho ou fazendo um penteado em meu cabelo.

Giro anel de minha mãe em meu dedo novamente, num hábito que se tornou comum desde que saí de Tydra. Sinto muita falta de todos.

Quero visitar primeiro o jardim azul que vejo de minha janela e o poço de pedra que tem em seu centro. Para isso, calço sapatilhas simples e saio correndo do quarto, dispensando a ajuda de Armani e Meseli. O corredor branco está vazio e aproveito isso para continuar com minha corrida até a escadaria mais próxima que leva para o andar de baixo. Desço os degraus de dois em dois e noto que estou muito eufórica por esse simples passeio, como se existisse algo fora de comum no poço daquele jardim.

Apenas deixo de correr quando estou perto da entrada do jardim e a quantidade de guardas a postos começa a crescer. Aceno com a cabeça ao passar por alguns deles e sinto a doce fragrância das flores azuis me envolver. Quantos jardins como esse devem existir aqui no palácio? Tenho certeza que muitos, afinal, é imenso.

Andando pelo corredor aberto e lateral ao jardim percebo que entre alguns arcos do lado oposto do corredor existe um segundo jardim, mais interno, com uma fonte em seu centro. Quando me aproximo desse, escuto vozes desconhecidas e me inclino para tentar enxergar quem está conversando.

Primeiro vejo o garoto. Ele está apoiado na borda da fonte com seus braços fortes e extremamente brancos cruzados. Ele veste uma roupa casual, camiseta e calça largadas, e tem seu rosto belo carrancudo.

É moda ser um garoto carrancudo por aqui?

Olhando melhor, percebo que já o vi antes no desfile. É um dos ruivos que dançaram com labaredas de fogo em Corselya e que viajou comigo na vinda para Venegar. Não me lembro de tê-lo visto desde o desfile, mas apenas agora percebo que seu rosto é simplesmente perfeito. Olhos castanhos claros, pele branca como a neve e cabelo vermelho como o fogo que dominava no desfile, mas a graciosidade que vi naquele dia não está mais presente. Ele parece frio, irritado e encara alguém que está fora do alcance de minha visão com impaciência.

Oceanos de Traição e SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora