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Allison era a garota nova da cidade. Ela tinha acabado de chegar, e sua mãe não tinha ideia do que a loira era.
Obviamente, já que foi colocada no sistema de adoção ao nascer.
Ela era... estranha. Ela conseguia se transformar em diferentes pessoas, além de conseguir ser invisível ou não.
Nunca contou isso para sua mãe, é claro, ela iria surtar.
Além de tudo isso, ela podia fazer feitiços, mas apenas usando itens do solo, além de um certo pressentimento, que sempre a fazia se mudar com sua mãe para uma cidade, e ela se encontrava com pessoas, normalmentes seres sobrenaturais, dando a eles conselhos para deixá-los vivos e mais fortes, mais inteligentes.
E agora, sentiu uma atração para essa cidade. Beacon Hills. Convenceu sua mãe a levá-la para lá, o que demorou muito já que a mesma viu que a taxa de mortalidade aumentou muito.
E agora, lá estava ela, indo para uma escola nova, entrando num corredor cheio de alunos.
- Alli? - perguntou Liam, se aproximando da loira.
- Liam? - perguntou ela, o abraçando. - Quanto tempo! - disse ela, lembrando de quando ele tinha um comportamento explosivo. Ela era dois anos mais velha, e ajudava o garoto a se controlar. Porém ele não tinha nada de sobrenatural, era apenas pura ajuda.
- Sim! O que você está fazendo aqui? - perguntou, saindo do abraço.
- Eu não sei ainda. Só nos mudamos, como sempre fazemos. - disse, mordendo o lábio inferior. - Então? Ainda está agressivo?
Perguntou, com a maior calma possível.
- Ah, eu encontrei amigos que me ajudaram, como você me ajudou. - disse, sorrindo.
- Que ótimo!
- Engraçado você falar do meu comportamento agressivo, já que a última vez que eu te vi, você entrou numa briga de socos com uma outra menina só porque perdeu. - disse, fazendo a garota arregalar os olhos, se lembrando dos quinze anos.
- Sim. Ela me provocou o jogo inteiro. Merecia. - disse, sorrindo, o que foi retribuído.
- Eu nunca discordei desse fato. - respondeu, rindo um pouco.
- Sabe, Liam, tem algo que eu queria te contar desde que nos conhecemos, mas... agora eu sinto como se você fosse acreditar em mim... eu não sei, mas...
- Eu acredito em tudo. Literalmente tudo. Não deve haver nada que eu não acredito.
- Eu descobri algumas coisas... tipo... um dia me olhar no espelho e me encontrar olhando para um corpo diferente do meu, um dia ninguém conseguia me enxergar, além de ter me encontrado com vários seres que você não acreditaria, como lobisomens. - disse ela, olhando o garoto, preparada para dizer "Brincadeira!". Ela só precisava dizer aquilo, para que com algum milagre.
- Oh! Uau... foram experiências ruins ou boas?
- Boas... eu acho. Eu ajudava eles, assim como eu ajudava você, e eles me ajudaram quando eu precisava... - disse, já pensando em outra resposta que não fosse brincadeira, tipo, foi um sonho.
- Oh! Você está falando sério! Por que nenhum dos meus amigos são normais? - perguntou o loiro, pensando.
- Você acha que eu estou louca? - perguntou, ela mesma achava isso todo dia.
- Não! Eu não quis dizer nesse sentido. Eu quis dizer no sentido de todos serem sobrenaturais, ou terem passado por experiências sobrenaturais. - disse, fazendo a loira suspirar de alívio.
- Oh, ótimo! Eu não estou sozinha nisso. - disse, sorrindo.
- Definitivamente não. Eu sou um lobisomem agora. Fui mordido por um alfa, pois estava pendurado no terraço, ele achava que eu morreria, então me mordeu. - disse ele, compartilhando sua história.
- Teve essa vez, em que eu acordei no corpo de uma pessoa que tinha morrido, eu fui para a rua e uma mulher me abraçou, chorando, dizendo que eu fui inclusive enterrada. - disse ela. - Foi difícil para a polícia explicar para ela que eu era apenas uma pessoa extremamente parecida, só isso. Então... sua alcatéia e composta por pessoas mais velhas ou...
- Não. Eles tem todos sua idade, em média. - respondeu ele.
- Faz sentido. - disse ela, para si mesma.
- Ah, o sinal bateu. - disse ele, escutando o sinal. - Podemos falar mais tarde?
- Sim, definitivamente. - disse, dando um sorriso cauteloso, antes de entrar na sala de física.
Oh matéria que ela nunca entenderia.
Se bem que ela não entendia quase nada.
Nem em artes ela ia bem.
Ela anotava tudo, sentindo um tipo de facada em sua barriga, fazendo ela, em meio a aula, segurar, com dor, sua barriga.
- Você está bem? - um garoto colocou a mão em seu ombro, fazendo a loira olhar ele rapidamente, antes de olhar para baixo, tendo certeza que definitivamente só ela via o sangue que pingava no chão e coloria sua mão.
A dor era excruciante, e ela começou a fazer com que ela, em meio a aula, se levantasse com dificuldade, a face pálida, fazendo o professor se assustar, antes da garota desmaiar.
- O que aconteceu? - ela perguntou, num local branco, totalmente branco.
- O mal se aproxima. Seu corpo começou a sentir parte da grande dor que ainda virá. - disse uma mulher, fazendo a garota a encarar, confusa. - Eu acho que você precisa evacuar a cidade. Algo de terrível está para vir. E nenhuma magia da terra irá te ajudar.
A morena saiu do local branco, deixando ela sozinha, olhando fortemente para o chão, onde gotas de sangue pingavam frequentemente, observando uma porta branca.
Ela foi rastejando até a porta, saindo pela porta.
A garota acordou na vida real, se sentando e puxando o máximo de ar possível.
