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Corri imediatamente para o corredor do hospital, respirando fundo, aliviada. Aquilo… eu não aguentava mais, era tanta pressão em mim.

O pior é que ele conta tanto em mim, com toda a certeza do mundo e eu não sei se eu teria tanta assim se estivesse em seu lugar.

Conclusão: Stiles está me enlouquecendo.

— Filha? — ouço a voz de minha mãe. — Tudo bem?

— Tudo sim, mãe. O que houve? Scott disse que estava me chamando.

— Eu só queria lhe avisar que a Malia ligou.

— O que ela queria? — pergunto, enquanto limpo o suor de minha testa.

— Saber aonde você estava. Eu já disse, ela pediu pra você encontrar ela na esquina.

Suspirei, ficando mais calma. Ajeito meus cabelos e fui em direção a saída, aonde já logo vi Malia, com um vestido florido acima dos joelhos e um cachecol em volta de seu pescoço.

— Ei! — ela me deu sorriso, logo que me viu. — Você está bem?

— Estou. — disse, com um sorriso simples.

Ela riu de leve e levou suas mãos a cintura.

— Você é uma péssima mentirosa. — eu suspiro e abaixo o olhar, ela apenas bota a mão em meu ombro e diz. — Vamos, você precisa de um café.

Não fazia muito tempo que a moça havia nos entregado o café que pedimos assim que chegamos. No momento eu o usava para esquentar minhas mãos daquele inverno. Malia me observava já tinha alguns minutos agora, provavelmente preocupada.

Eu acho que ela simplesmente não sabe por onde começar, o que perguntar. Ou talvez ela estivesse esperando que eu dissesse algo.

— Eu sinto muito. — ela diz, baixinho. — Stiles. Eu sei que ele é muito importante pra você.

Aquilo foi legal de sua parte, e ela tinha razão em tudo, Stiles é muito importante pra mim. Essa frase inteira me fez pensar no que importante realmente significa.

Não havia nada mais que eu quisesse do que dar uma resposta á ele, mas eu não tenho ideia do que dizer. Não há uma.

Eu não tenho muito com o que comparar.

— Malia.

Eu a chamei, ela tinha resolvido ficar quieta depois do que disse, sabia que eu estava pensando e não quis interromper.

Largou sua caneca e voltou a me dar sua total atenção.

— Como você soube que… amava Kira?

Eu estava curiosa demais para não perguntar, mas ela agiu de forma tão leve, tão simples, que eu não tive frustrações algumas.

— Honestamente?

Afirmo, com minha cabeça.

— Eu não faço a mínima ideia. — ela deu uma risadinha.

Começou a brincar com os dedos e eu coloquei meu rosto em minhas mãos, meus cotovelos apoiavam contra a mesa.

Bom, se nem Malia Tate não sabe, como diabos eu deveria saber?

— Como assim? — perguntei, confusa.

— A gente não percebe o amor, Lydia. É como dizem: "o amor é cego".

Tudo aquilo era tão confuso, e só ficava mais confuso há cada palavra que saía da boca de Malia. É como assistir uma aula de cálculo que não tem fim.

Welcome & GoodbyeOnde histórias criam vida. Descubra agora