The Day After

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Ter assistido àquele espetáculo do Sol nascendo ao lado do Gabriel foi muito especial, fechou com chave de ouro o encontro que tivemos. Sentia que estávamos cada vez mais conectados e, ao mesmo tempo em que isso era muito bom, me assustava.

Eu não o conhecia o suficiente para saber até que ponto ele estava interessado em mim e, agora que havia me entregado, fui tomada pelo medo de ele ter conseguido o que queria e acabar me descartando. Será que ele seria capaz disso?

~~~~ Gabriel ~~~~

O sol já havia nascido há alguns minutos e estava sentado com a Carol em meus braços em uma das espreguiçadeiras da varanda do andar de cima do apartamento dos meus avós. Nosso encontro na noite anterior foi muito bom, ela estava linda e me senti completamente a vontade em sua companhia, não precisei fingir ser algo que não sou ou forçar algum assunto, com ela, tudo era natural.

Já ficamos em diversas ocasiões e estava cada vez mais difícil controlar o desejo que sinto quando estamos juntos e a vontade que tenho de tê-la por inteiro só para mim. Ontem foi impossível resistir ao vê-la ali, toda linda, na minha cama, com um olhar encantador. Para minha felicidade, ela também estava disposta a não se segurar, então nos entregamos um ao outro. O sexo foi tão bom que repetimos a dose em seguida, ela é maravilhosa e superou minhas expectativas.

Nosso silêncio foi quebrado quando meu celular tocou. Me levantei para pegá-lo sobre a mesa e o atendi.

- Oi meu amor!

- Cadê você? - Ouvi a voz ansiosa da minha irmã do outro lado da linha.

- Estou na casa da vovó.

- Não esqueceu que vai me levar ao parque para tomar sorvete, né? - Putz, tinha apagado completamente da minha memória esse compromisso, mas não podia decepcioná-la.

- Claro que eu não esqueci, mas a mamãe deixou?

- Sim, só me fez prometer que vou comer tudo no almoço quando voltarmos. - Pude ouví-la suspirar e ri.

- Tudo bem então, daqui a pouco eu passo aí para te pegar. Beijos.

- Tá, beijos.

Bloqueei a tela do aparelho e o guardei no bolso do meu jeans. Me virei para Carol que estava ali sentada, com minha camiseta de baseball que ficava quase um vestido para ela, seus olhos esverdeados acho que por conta do sol que os iluminava e um coque mal feito nos cabelos e sorri, era a imagem da perfeição.

Me sentei de frente para ela, que me deu um beijo calmo enquanto acariciava meu rosto.

- Tudo bem? - Ela quis saber.

- Sim, era a Nina. Eu prometi que sairia com ela hoje para comemorar a retirada do gesso e ela ligou para confirmar que eu não tinha esquecido.

- E você tinha?

- Pior que sim! - Caímos na gargalhada.

- Vou me trocar rapidinho então e já peço um carro pelo aplicativo. - Carol disse e saiu em direção a escada.

A puxei pela mão. - Claro que não, eu te levo.

- Não precisa, sério! Vai se atrasar para pegar sua irmã.

- A questão não é essa... Eu QUERO te levar. - A abracei lhe roubando um selinho que foi correspondido e acabou virando um beijão.

Descemos juntos para o quarto e, enquanto ela se vestia, tomei um banho rápido.

~~~~ Carol ~~~~

Gabriel parou o carro em frente ao meu prédio e nos abraçamos. Pode parecer bobo e até cedo demais, mas ainda não estava pronta para me despedir dele hoje. Ainda me sinto um pouco insegura com relação ao que vai acontecer com a gente depois do que rolou e um arrepio percorreu meu corpo ao pensar nas possibilidades.

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