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Noite de um inverno

De repente, sinto que estou triste.
Triste pelo que sou,
Triste por tudo que não fui.
Mas, não me aborrece
Essa tristeza ,que vem
E que flui através
Do cinza-azulado da fumaça
Do cigarro, projetada no teto
Mal pintado de meu quarto.
O silêncio amigo que habita
Meu apartamento
Divide comigo o frio da noite,
Que também se vai.
Penso em voltar, penso em partir,
Em estar contigo,
Em dividir essa tristeza
A dois…
Que grita dentro de mim,
Dentro do quarto quieto,
Frio, de ar viciado
De teto mal pintado.
Vejo as marcas incertas
Do pincel,
Como a arranharem
Também dentro de mim
A saudade do que era
E a ansiedade do que será.
Fecho os olhos,
Molhados
E penso num poema que faria,
Se meus olhos molhados
Não estivessem cansados,
Fechados,
Tentando esquecer
Essa tristeza….

A história da mulher que transformou a tristeza em alegria

Numa época em que não se casar era visto como algo absurdo pela sociedade, ela decidiu enfrentar o paradigma e afirmou que seu compromisso seria com Deus e que sua missão seria servir as pessoas.

Sua infância foi marcada por perdas e por certo tempo ela se viu com poucas expectativas, mas ao encontrar-se com Jesus toda sua existência mudou. Hoje, Catarina Cordeiro, mais conhecida como irmã Catarina é uma das mulheres que está há mais tempo na Irmandade Betânia trabalhando em prol de crianças e idosos, e servindo de forma integral a Deus e ao homem.

Acompanhe seu depoimento na íntegra:

"Ao olhar para os 50 anos de vida servindo à missão vejo o quanto fui abençoada. Hoje, posso ver como a Graça de Deus atuou e atua na minha vida.

Nasci numa família onde já tinha outros nove filhos. Ambiente humilde, mas com certeza meus pais deram seu máximo para nos sustentar a agradar. Por eu ser a décima filha, alguns dos meus irmãos já tinham casado e formado suas famílias.  Quase não os conheci porque com 5 para 6 anos de idade minha mãe já faleceu com um derrame (AVC).

Era difícil meu pai criar eu e meu irmão que ainda era pequeno assim sozinho. Sendo assim, ele permitiu que eu fosse morar com uma outra família na cidade. Me integrei muito bem nesta família, mas ao mesmo tempo me distanciei da minha própria. Após 10 anos faleceu também meu pai.

Como eu tinha interesse em enfermagem minha mãe adotiva me colocou no Hospital Dona Helena em Joinville para eu aprender. E lá tive meu primeiro contato com as nossas irmãs. Além da enfermagem aprendi também a Palavra de Deus que as irmãs sempre nos transmitiram.

Aos 17 anos aceitei Jesus e recebi claramente o chamado de Deus para servi-Lo. A partir daí, meu coração mudou.

Gostava demais de transmitir a Palavra para crianças e idosos bem como cantar e falar de Jesus para os pacientes. Aos sábados a tarde fazia com um grupo de meninas do Hospital cultos infantis numa vila da periferia de Joinville para cerca de 40 crianças. Nos dias de folga ia de bicicleta com minhas amigas uns 13 Km até um Ancionato numa cidade vizinha cantar e falar de Jesus para os idosos.

Nesta época se confirmou mais e mais meu chamado de Jesus para, como irmã trabalhar na obra de Deus de tempo integral. Quando fui falar com meus pais eles me disseram que eu estava louca, não casar, não ter filhos isto era incompreensível demais para eles. Respondi: Deus me chamou e é isto que eu quero para minha vida. Eles não entenderam muito bem mas permitiram que eu fosse então ingressar na Irmandade em Curitiba.      

Catarina Cordeiro é a oitava da esquerda para a direita de pé na segunda fileira. Ela estava entre seus primeiros anos na Irmandade Evangélica Betânia.
                                  
Dia 21 de agosto de 1967 ingressei na Irmandade Evangélica Betânia.

Os primeiros 2 anos foram para estudos preparatórios para o trabalho. Em seguida fiz o curso de enfermagem e especial para parteira.  No dia seguinte à formatura, no qual meu pai estava presente, fui enviada para Joinville no hospital Dona Helena, onde trabalhei por 9 anos.

Ali eu ajudei a vir ao mundo cerca de 5.000 crianças, e algumas foram adotados pelos nossos missionários e pastores da missão. Em 1979 fui chamada para ajudar num ambulatório Indígena no Rio das Cobras – Laranjeiras do Sul  PR.  Lá eu fiquei por 6 anos;  este foi um tempo muito rico em experiências com Deus. Cuidávamos de pessoas que vinham de longas distâncias apenas para ser cuidados por nós.

Em 1986, fui chamada para ser conselheira de alunos em um seminário teológico. Lá, pude colher diversos frutos deste trabalho. Muitos alunos estão hoje trabalhando empenhados em levar a Palavra de Deus para centenas de pessoas. Onde eu não consegui chegar, eles estão hoje trabalhando.

“Novos desafios para mim”

Em 1989 a Igreja de Cristianismo Decidido em Curitiba precisava de uma irmã que falasse bem o alemão e entendesse de trabalho dentro da igreja. E eu não sabia nem um nem outro. Mas fui fazer um curso de teologia por três anos e assim me adaptei muito bem neste trabalho onde por quase 20 anos estive trabalhando com crianças, adolescentes, jovens e senhoras.

Este trabalho não foi fácil, mas muito proveitoso onde pude ajudar e aconselhar muitas pessoas. Aquelas crianças que cuidei, agora são jovens que também estão no caminho do Senhor.

Minha última etapa foi durante sete anos na Casa Matriz no trabalho pastoral. Somos uma equipe de 10 ou mais que juntos fazemos a parte pastoral da IEB. Principalmente com devocionais para todos que querem dos nossos Colaboradores. No Centro de Educação e Inclusão Social (CEISB) para as crianças e pais da Vila Zumbi e Liberdade, fazemos visitas nas casas trazendo conforto através da palavra: tentamos ajudar também drogados que tem alguma ligação com nossas crianças do Ceisb.

"Gratidão por todo o caminho que Ele me fez percorrer"

Olhando hoje para trás posso dizer, “a alegria no Senhor foi a minha força.”  Deus estava sempre presente abrindo portas fechando portas mas nunca me deixou desamparada. Hoje, após 50 anos de trabalho e seguindo o chamado de Deus posso dizer de coração aberto: “ graças dou por minha vida que Jesus transformou, e também pelo futuro e por tudo o que passou. Pelas bênçãos derramadas, pelo amor pela aflição, pelas faltas perdoadas,  grata sou de coração.“

Mim desculpe mas já vou para de escreve viu espero que vcs goste pq eu não sei se vcs estão gostando viu então eu paro tar bom beijos ......,...

alegria e a tristezaOnde histórias criam vida. Descubra agora