Uma reflexão sobre tristeza infantil

5 1 0
                                    


Não foi à toa que escolhemos este tema para publicar no blog na véspera da data que celebra o Dia da Criança, em 12 de outubro. Entendemos que, mais que presentes, a criança precisa ser acolhida e amada. Daí, entendê-la é o primeiro passo para garantir seu bem-estar.

Um texto chamou a nossa atenção e por isso compartilhamos aqui algumas reflexões que ele traz.
“Como lidar com a tristeza das crianças”, publicado na Revista Pazes, ressalta que a tristeza é um sentimento legítimo, presente na vida dos adultos e, também, dos pequenos, mas vivenciado de formas diferentes nessas duas fases da vida.

A maioria de nós consegue dar nome a esse sentimento, trabalhá-lo e superá-lo, com ou sem ajuda. Na infância, a tristeza pode tomar proporções maiores, porque a criança ainda não tem a maturidade de passar pelos mesmos processos de elaboração que o adulto.

Antes de qualquer coisa, é preciso entender o que está acontecendo com ela. Se a criança não apresenta sintomas físicos (dor de cabeça, de barriga, náuseas, febre), provavelmente o sentimento está relacionado a algum tipo de frustração. Nesse caso, as reações são parecidas com as nossas. Ela anda de cabeça baixa, se isola, fica chorosa ou, ainda, muito irritada.

Perder no jogo, por exemplo, dependendo da criança, pode deixá-la muito triste, porque ela ainda não sabe classificar o que é de fato relevante ou não a ponto de entristecê-la. Mas é importante perceber se esse comportamento acontece sempre. Caso não seja comum, porque em outro momento ela não se abalaria com isso, talvez algo mais profundo tenha originado o sentimento.

Por não ter noção da proporção dos acontecimentos, outras crianças acabam agindo de outro jeito: reprimem demais o que sentem. Em ambos os casos, vale ajudá-las a entender o que aconteceu para que deem um peso mais real às frustrações.

A criança precisa construir seu comportamento diante dos acontecimentos da vida. Como adultos, podemos apoiá-la nisso, mas vale lembrar que a forma como nós reagimos e expressamos nossas frustrações irá influenciá-la positiva ou negativamente. Mais uma vez, nosso exemplo e referência têm importante papel nessa construção.

O artigo, que traz outras referências de como lidar com situações de tristeza dos pequenos, é bastante objetivo em afirmar que precisamos, como adultos, criar um ambiente harmônico e amoroso, “ancorando a experiência da criança em referências de felicidade para as quais ela possa retornar sempre que preciso”.

Ou seja, o melhor presente universal contra a tristeza sempre será o amor.


alegria e a tristezaOnde histórias criam vida. Descubra agora