Tristeza na infância. Uma realidade preocupante que precisa mudar

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É fato: depressão, ansiedade e estresse têm feito parte da rotina de muitas crianças. Como protegê-las e ajudar os pais a evitarem a tristeza na infância?

Uma pesquisa realizada pela Children’s Society, no Reino Unido, descobriu que a cada onze crianças, entre oito e dezesseis anos, uma está infeliz. O que já se sabe é que essa realidade não é apenas daquela região do planeta.

A pediatra Ana Maria Escobar, do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas de São Paulo, em entrevista para a revista Veja, ressaltou que essa situação também se repete em nosso país. Em uma pesquisa que ela coordenou, com pais de 900 crianças de cinco a nove anos, de escolas públicas e particulares, 22,7% dos entrevistados afirmaram que seus filhos sofrem de ansiedade, 25,9% tinham problemas de atenção e 21,7% apresentavam distúrbios de comportamento. Para ela, embora a pesquisa tenha sido concluída em 2005, se fosse refeita hoje mostraria que os níveis de ansiedade e problemas comportamentais seriam ainda maiores.

Alguns fatores que contribuem a esse cenário, segundo especialistas, são a rotina repleta de atividades, as pressões excessivas e um maior contato dos pequenos com os problema dos adultos. O cotidiano atribulado acaba afetando o desenvolvimento social, físico e emocional da criança, já que ela não tem o tempo livre necessário para brincar, o que faz toda diferença a sua saúde e bem-estar.

Outras situações que podem desencadear a tristeza é a de crianças cujos pais terceirizam a educação, ou seja, vivem com os filhos, mas praticamente não convivem, deixando-os com cuidadores ou familiares, ou a superproteção, que pode gerar angústia, insegurança e falta de limites.

Crianças que sofrem essa tristeza na infância apresentam sintomas que você, por conviver com elas no seu trabalho, pode perceber e alertar os pais. Alguns deles são: dor de barriga sem causa aparente, ânsia, dor de cabeça, sudorese, alteração do apetite, falta de ar, cansaço, dores musculares, problemas com o sono, apatia, medos, preocupações excessivas e agitação.

E qual o antídoto para evitar a tristeza infantil? A presença dos pais. Pais acolhedores, afetivos, pacientes, atentos são essenciais à segurança física e emocional da criança pequena.

Por isso, você tem o importante papel de conscientizar as famílias sobre esse grave problema que afeta a Primeira Infância.

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