- Esse cachorro... é seu?? Fique calmo, faremos o possível por ele. – Foi o que ele falou, após se recompor e me dar um longo silencio em resposta por aquela cena constrangedora que acabei de presenciar vinda dele.
- M...Mil perdões por isso.. de verdade... E ele não é meu, mas vou ficar até ele melhorar...- Eu falei mais rápido do que deveria, e ele parecia realmente ainda ter vestígios de constrangimento em seu rosto e olhar.
Queria sair correndo, mantinha aquela sensação de quem ia vomitar só por estar ali... seria aquilo tudo medo do sangue ou do trauma que o cachorro, o qual estava em meu colo, levou? Eu realmente não sabia o que dizer.
- Eu quem tenho que pedir desculpas... Kate consegue ser bastante insensível as vezes... sabe como são as mulheres, não é mesmo?? - Andrew tomava o cachorro de meus braços enquanto dizia aquilo com um sorriso soturno em seus lábios. Era quase como se estivesse acostumado a "sofrer em nome do amor..."
Se isso é o que chamam e idealizam como amor, eu realmente dava graças aos Céus por seguir solteiro... não me imaginava, nem de longe, uma realidade onde eu namorasse alguém que me chamasse de filho da puta.
- N-Na verdade... não... Enfim, eu preciso ir. Pelo amor de Deus, cuida bem dele pra mim. Tenho que ir. – Sai meio apressado ao soltar aquelas palavras, o deixando ali com o pequeno cachorro acidentado.
Eu realmente precisava seguir com minha rotina: tinha compras a fazer, minha Omma esperando para que eu cuidasse de meu irmão James e ainda haviam coisas que precisavam de minha atenção. Pensei em retornar no dia seguinte, pois já eram meia noite e meia e a boate onde trabalhava até já havia fechado... mas olhei no site que eles ficavam em plantão em dia de semana.
Toquei aquela espécie de campainha, e logo quem apareceu foi o próprio Andrew, pois até eu que não sou muito expert na gerencia sei que não compensa muito pagar tão caro só pra ter recepcionista fora do horário comercial.
- O que deseja?? – Andrew me encarava com aqueles olhos profundos e levemente cansados, o que me fez retomar a mesma sensação de mais cedo... é, definitivamente não parece mesmo que tenha sido pelo cachorro, afinal. Ele ajustou seu óculos e mexeu de leve no cabelo, enquanto esperava que eu respondesse.
- B-bem... eu vim pelo cãozinho que trouxe mais cedo, queria ver como ele está e já pagar pelos seus serviços... sai tão apressado que mal me dei conta. – Eu retruquei de forma casual e fluida, ao me apoiar no batente da porta e jogar o corpo levemente em sua direção.
Andrew parou, olhou pra mim de cima a baixo... Céus, esse cara não para mesmo com isso?? Está tentando entrar em minha mente ou o que?? Isso estava realmente me desconcertando, mas eu tentava agir com naturalidade...
- Não lhe será cobrado nada, okay?? Apenas esteja aqui pela manhã, pois o cachorro precisa passar esta noite aqui em observação, se podemos dizer assim. – Andrew recuou gentilmente com seu corpo, e logo eu me vi corado com o se seguiu: ele tirou o jaleco na minha frente, revelando uma camisa do que parecia ser uma banda alternativa além, obviamente, de um belíssimo par de braços.
- Obrigada por isso, então... volto aqui depois do meio dia então, porque tenho faculdade...
Soltei a frase casualmente, dando espaço já que ele parecia querer sair. Pelas luzes acesas, barulhos vindos de dentro e o fato de que ele praticamente não trancou o lugar ao sair, presumia que outra pessoa seguia ali pra não deixar a clínica sozinha depois que ele saia.
- Perfeito. Agora se me permite, eu realmente preciso ir pois já deu o meu horário. Tenha uma excelente noite. – Senti as mãos grandes e quentes dele apertando as minhas, logo meus olhos se abriram mais em surpresa como reação quase automática.
Devo, ou não, ter murmurado um boa noite, mas a verdade é que eu precisava voltar pra casa e tomar um belo banho pois o dia havia sido cheio. Assim que me coloquei de frente pra água, e ela tocou meu corpo, já comecei a sentir meus músculos relaxarem e a mente ser limpa.
Eu então levei a mão no meu membro, de forma quase que casual, e me auto estimulei enquanto me banhava... Eu era virgem, de tudo o que é tipo de sexo, mas isso não me impedia de imaginar... Já tive desejos com meninos da faculdade, escola, vizinhos e minha imaginação sempre me proporcionava fantasias peculiares e excitantes que me faziam chegar ao ápice na grande maioria das vezes.
Depois que acabei preparei pra mim um jantar, programei meu despertador, me joguei na cama e adormeci porque foi um dia extremamente longo e cansativo que precisava acabar para que eu visse Andrew de novo.
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My Dear Vet
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