Criminal [EM REVISÃO] || Jortini.

Não me admiro você ter sido tolo

Buenos Aires, Argentina.

          Como marcado, eu ia me encontra novamente com Guerena, necessitava descobrir mais sobre as fraudes. Com certeza, eu tinha conseguido seduzir ele com poucos esforços, já que ele se encantava com tudo e estava bêbado.

Deixei um gravador com Ruggero, e um microfone escondido em meu vestido na área do seio, preparei minha roupa e segui na direção do endereço.

(...)

Agora, eu estava sentada na sala cara a cara com o moreno, ele bebia um whisky com bastante gelo, enquanto me encarava com um olhar sedutor.

─ Então... Me conta sobre você, ontem não tivemos essa oportunidade. ─ Falei quebrando aquele silêncio.

─ E por que eu faria isso?

─ Porque me interessei em você.

Ele subiu uma sobrancelha, colocou mais uma dose em seu copo e começou a falar.

─ Bom, tenho 23 anos, morava no México, mas me mudei pra Buenos Aires com a minha mãe em casas distintas, e estou à procura de um trabalho e achar uma mulher.

Ele disse com um sorriso debochado. Fechei a cara, cruzando minhas pernas e sem tirar o olhar dele, percebi que ele estava querendo me contar mais.

─ Construir uma família? Não me parece ter esse estilo "paterno" e caseiro.

─ Eu disse que queria achar uma mulher, mas não disse para quê.

Quando ele disse aquilo, senti meu corpo gelando e ele ficou sério, colocando o copo encima da mesinha de Centro.

─ Não sei se devo lhe contar, mas, vou contar. ─ Agora sim, nosso plano tinha que entrar em ação. ─ Mas, não pode contar pra polícia.

─ Ora, vejamos só.

Ele pareceu gostar daquilo, então me olhou atentamente.

─ Me chamo Tini, tenho 22 anos e estou disfarçada entre as pessoas daqui, matei um homem por ter se metido com o meu irmão há um mês atrás e eles estão atrás de mim. Vim do Canadá, tenho espanhol fluente e digo minha vida calmamente por aqui, sei que eles não irão me encontrar.

─ Perigosa... Já que você foi sincera, vou ser sincero.

Caramba. Ele vai contar. Fiz a mesma expressão que ele tinha no rosto, sério e calma, ao mesmo tempo curioso.

─ Sou um dos maiores traficantes da Cidade do México, matei a família de Josh Henderson, por ele ter também se metido com a minha família e algumas dívidas. A Polícia também está me procurando, e agora, se você me dedurar, você vem junto, ou vai pro saco.

Aquelas palavras não me assustaram, não me admiro ele ter sido tolo ao ponto de me contar assim de cara lavada.

─ Estive te procurando, idiota! ─ Dei uma risada sarcástica. ─ Onde Você estava? Precisei de você pra me ajudar.

─ Bom bebê, agora eu estou aqui.

Começou a sair fora de controle, quando senti sua mão acariciar o meu rosto lentamente e por que eu não estava resistindo?? Uma de suas mãos foi parar em minha cintura, seus lábios distribuíam beijos em meu pescoço, me deixando fora do ar. E ele me beijou. Seus lábios eram doces, naquele momento nem me dei conta de que estava beijando o cara no qual o DPF estava atrás, mas estava bom a circunstância.

Me afastei, encarando seus olhos claros e me levantei arrumando minha roupa.

─ Aonde vai? ─ Ele perguntou.

─ Tenho negócios a fazer, principalmente, pessoas a pegar e fazer elas pagarem.

Ele acreditou, meu Deus. Saí de seu apartamento, não conseguindo tirar o que ocorrera agora da minha cabeça, mas eu não poderia fraquejar, não agora.