Meu caro

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Buenos Aires, Argentina

Depois que eu havia contado sobre a gravidez para Guerena, ele não largava do meu pé. Eu não podia contar ao meu chefe que ele era o pai das minhas crianças, ele iria prender o mesmo. O único jeito era sair daqui.

─ Tá me ouvindo? ─ Perguntei a Ruggero.

─ Você tá ficando louca? E se eles forem atrás de você?

─ Eu tenho licença maternidade, não vai fazer tanta falta. O problema é que Guerena tá querendo saber das crianças e é perigoso por aqui.

─ Mas ele não é o malandrão? Que ele dê o jeito dele.

─ Acontece, que aqui tem muitas pessoas que são fofoqueira meu caro, então fica difícil. ─ Guerena aparece na porta da cozinha, colocando a mão no ombro de Ruggero.

Nós dois trememos, foi um ato inesperado. Não faço ideia de como ele entrou ali, mas ele entrou.

─ Concordo, acho que deveríamos fugir.

─ Eu? Fugir com você? KKKKKKKKKKK, NEM FUD...

─ Olha a mentira, você já fud...

─ OPA! CHEGA DOS PALAVRIADOS. ─ Ruggero interrompeu ele.

─ Eu queria ver minha mãe na Inglaterra, mas até eu contar que os netos dela são filhos de um cafetão e mais procurado do mundo ela infarta coitada. ─ Falei, pegando um pedaço de maçã.

─ Eu te levo, já disse. Tenho meus meios.

─ Ilegais né? Caso você tenha esquecido, eu sou ADVOGADA.

─ É, uma advogada que DEU pra um gângster.

Reviro os olhos. Por um lado, ele tinha razão.

Criminal [EM REVISÃO] || Jortini. Onde histórias criam vida. Descubra agora