Capítulo 5 - Rotina Parte 1

10.6K 1K 892
                                    

Primeiramente queria agradecer a todos os novos leitores, vocês são demais galera.

Não me matem e boa leitura!!

...

Camila Cabello point of view

"Ontem à noite a brisa veio me adiantar, sobre um caso de amor que vai vingar. Falou que eu e o indivíduo já sentimos, que logo menos ia dar pra demonstrar"

Marina Peralta - Garoa

Eu não tinha costume de me relacionar com mulheres, algumas eram de fato uma exceção a minha regra. Eu preferia me manter nas noites rápidas e diretas com os homens, quando tudo não passava de sexo e as coisas não se complicavam na manhã seguinte.

Algumas eram fáceis de lidar, discretas e diretas, assim como alguns homens, elas queriam apenas sexo e por mim estava tudo bem, porém havia um problema, eu tinha um fraco por mulheres tatuadas e as cariocas me ganhavam fácil com seu sotaque malandro e sorriso esperto.

Lauren era uma dessas mulheres, daquelas arretadas que não desistem fácil, talvez por isso tenha sido tão excitante vê-la me procurar a noite na praia.

Eu sabia que ia causar uma boa impressão na morena de olhos verdes, soube assim que a vi me comendo com os olhos. Não foi ofensivo, antes que tu pense que ela era alguma tarada, não, ela era tudo na dose certa e talvez por isso tenha me chamado atenção.

De início eu queria sexo, queria que ela me fodesse a noite inteira pra me livrar de todo o tesão que senti enquanto dançava com ela ou enquanto bebíamos no bar.

Ela era inteligente demais, bonita demais e isso me atraía, o problema começou quando ela me notou, quando ela me ouviu e quando percebi que ela estava mesmo interessada em saber quem eu era. Ela não se importava se iríamos ou não transar, porém eu apostava caríssimo que ela queria. Afinal quem não iria querer?

Lauren me viu, me observou, notou pequenos detalhes e fez exatamente o contrário do que eu havia pedido. Ela havia arrochado seu nó em mim e estava sendo difícil desatar.

Aquele era seu último dia em Recife, porém prefiro contar desde o momento em que ela apareceu na praia a minha procura com uma desculpa ridícula de que queria me entregar o chaveiro e as provocações, ah como eu amava aquilo.

...

O sol brilhava em um céu azul com a ausência quase total de nuvens e o calor fazia a ideia de passar o dia na praia fosse a única opção.

Era meu segundo dia de folga e apesar da moleza em meu corpo devido à noite em claro a praia sempre levantava meu astral. Eu amava o sol, a areia e a água salgada. Não havia possibilidade de existir um mundo onde eu não vivesse na praia, a água do mar era como minha segunda casa e me acalmava como ninguém.

Meu corpo possuía alguns vestígios de bronzeador quando deixei a areia, porém minha marquinha estava intacta e linda como sempre. Com o maiô de salva vidas não era possível fazer uma marquinha bonita, por isso sempre aproveitava meu tempo livre para me bronzear.

Eu poderia ter ido para qualquer outra praia, eu tinha muitas opções, poderia ter escolhido outro local para estender minha canga, entretanto por mais que eu mentisse para mim mesma dizendo que não, eu queria vê-la novamente. E queria ser vista também. Por ela, somente por ela, ninguém mais.

Eu estava em frente ao hotel de Lauren, em uma parte mais movimentada da praia, mas naquele momento eu não ligava para a aglomeração de pessoas.

Até a última canção de amor (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora