Até a última canção de amor (Concluída)

Capítulo 11 - Barquinho de Papel

Oi anjos, voltei!!

Só peço uma coisa, leiam com atenção e confiem em mim, fora isso, boa leitura...

...

Lauren Jauregui Point Of View

"Posso lhe dar mais mil razões pra te querer, coisas que eu já nem sei o nome. Posso compor mais cem canções de amor, Pra quê? se quando eu canto você some."

Tiago Iorc – Mil Razões

O carnaval havia sido incrível em níveis tão amplos que eu mal poderia descrever, ter minha namorada comigo durante todo o feriado foi de fato incrível e isso nada jamais iria mudar. Mesmo cansadas dos bloquinhos no final da festa aproveitamos a noite juntas em meu terraço e eu vi em seu olhar que algo não estava certo.

Camila não era boa com mudanças drásticas e sua mudança de profissão e sua decisão de voltar a estudar a abalaram. Ela sabia que não seria fácil e que teria que se desdobrar para dar conta de tudo, o que significava menos tempo disponível para nossas ligações no meio do dia e chamadas de vídeo durante a madrugada.

Nossa comunicação ficava cada vez mais complicada já que eu estava no processo de produção do álbum e ela estudando para o vestibular, no entanto sempre nos falávamos nos momentos livres e eu perdi as contas de quantas vezes dormíamos no meio de uma ligação pelo cansaço extremo.

Naquela manhã o céu do Rio de janeiro amanheceu nublado, já não estávamos mais no verão e a previsão era de chuva a qualquer momento do dia, apesar da ausência do sol brilhando no céu o calor ainda era grande.

Já se passava do meio dia e eu estava trabalhando, era o dia das fotos para a capa do álbum. Já tínhamos o conceito visual, só faltavam algumas musicas e ele seria finalizado. No meu intervalo busquei por meu telefone para falar com Camila, eu estava longe do aparelho desde as seis da manha e ela provavelmente já estaria surtando com a minha ausência, era sempre assim, mas no final ela entendia.

Para a minha surpresa não havia nenhuma mensagem de Camila, nem mesmo uma resposta para meu bom dia. Ignorei aquilo e voltei às fotos, ela provavelmente havia acordado atrasada e corrido para o trabalho.

Quando deixei o estúdio naquela tarde uma sensação ruim tomou conta de meu peito e durante todo o caminho para casa eu me senti a beira de uma crise de ansiedade fora do normal. Eu não costumava ter aquele tipo de sentimento, a ultima vez em que passei por algo parecido foi quando Taylor disse que iria embora de casa.

Entrei em casa e encontrei minha mãe fazendo sua contabilidade, ela estava arrumada, iria sair mais tarde com um homem que havia conhecido no carnaval.

Carnaval... já faziam três meses desde o carnaval, três meses sem ver minha namorada pessoalmente.

Com seus estudos para o vestibular e a finalização do meu álbum não tínhamos previsão alguma de quando poderíamos viajar novamente e aquilo era péssimo. Naquele momento eu respirei fundo e tomei um banho para relaxar.

Durante o jantar liguei para Camila algumas vezes e as chamadas caiam diretamente na caixa postal, um enorme bolo se formava em minha garganta naquele momento. Me retirei para me deitar logo após o jantar e então recebi uma mensagem de Camila.

Oi...

Camila nunca foi de mandar mensagens curtas, ela era extremamente exagerada, e sempre me chamava de amor.

Precisamos conversar, posso te ligar?

Não respondi e também não a esperei ligar, iniciei a chamada imediatamente e do outro lado da tela ela atendeu com um sorriso triste e eu tive certeza de que aquilo não era nada bom.