Promiscuous

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POV Emma

"Merda! Merda! Merda!" Praguejo mentalmente. É inacreditável a quantidade de azar que Deus me deu. Ele só pode ter se perdido na dosagem, essa é a única explicação para tanta falta de sorte. Tantos carros por Vegas, tantas latas velhas tipo a minha, e meu carro resolve sentir atração justamente pelo carro de luxo da tiazinha gostosa. Coitado, pelo jeito ele não sabe nada sobre amores impossíveis. Enfim, nem que eu morra e reencarne umas três vezes, vou ter dinheiro para pagar o estrago. Esse carro provavelmente vale mais do que vou conseguir em 100 anos de programa.

Tinker foi a primeira pessoa que me veio em mente. Ela é a única que pode dar um jeito nisso. Sei que ao pedir tamanho favor, vou ficar à mercê dela pelo resto da minha vida, e provavelmente vou ter que trabalhar sem receber, mas não vejo outra saída.

Enquanto o telefone chama, aperto a mão da tal Regina Mills. Nome forte, para uma mulher de personalidade também forte. Não preciso embarcar em uma conversa com ela, para saber que ela faz o tipo linha dura. Vejo isso na sua postura e nas expressões faciais. O olhar de irritação que ela me lança, me fascina. Já mencionei o quanto eu gosto de mulheres mais velhas? Elas me atraem de um jeito inexplicável.

Adoraria despir sua vestido estilo tubinho de executiva e ver o que ela esconde por baixo daquela peça um pouco sem graça. Me pergunto o tipo e a cor da lingerie que ela está usando. Ofereceria uma boa massagem para relaxar seus ombros rígidos. Aposto que tem vários nós por ali, e me pergunto se toda a tensão que carrega é só pelo acidente, ou se já está acumulando há algum tempo. Me vejo tentada a oferecer meus serviços para ela, mas acabo optando em deixar para uma próxima oportunidade. Sim, porque certamente haverá uma próxima, afinal, oportunidade é você quem cria. E com certeza antes de me despedir, criaria uma.

De repente ela já não me lança mais um olhar irritado, me olha como se tivesse tentando lembrar de algo. Acho o máximo a sua expressão de dúvida, o que me faz sorrir. Quando penso em perguntar se posso ajuda-la, Tinker enfim atende o telefone. Com a mão livre, eu cubro o aparelho, para que ela não ouça meu papo com a tiazinha gostosa.

– Adoraria ficar aqui balançando a sua mão o resto do dia entre outras coisas, mas preciso falar com a minha mãe. – Sussurro. Os olhos dela crescem, quando falo sobre "outras coisas", por milésimos de segundos ela pareceu surpresa, incrédula e assustada, então põe de novo sua máscara de indiferença e irritação. – Com licença. – Peço ao me afastar.

– Delícia, estou encrencada. Muito encrencada! – Vou direto ao ponto, antes que Regina Mills, decida chamar a polícia.

– Não me diga que ela pegou você em casa? – Abro a boca para perguntar quem seria "ela", então lembro da sua sócia estressada.

– Não delícia, aconteceu algo muito pior do que isso. – Aviso. – Só consegui pensar em você para me livrar dessa.

– Está me deixando nervosa, o que aconteceu, Jane? – Pela sua voz, deduzo que ela está mesmo preocupada.

– Meio que entrei na contramão e bati meu carro. - Antes que eu pudesse continuar, ela me interrompeu.

– Você está bem? Se machucou? Onde você está? – Rolo os olhos pela quantidade de perguntas. Toda aquela preocupação não é nada legal. Tenho medo de que Tinker esteja se apaixonando. Nada pode ser pior do que isso, principalmente agora, que vou dever um favor enorme para ela.

– Está tudo bem, delicia! Eu não me machuquei nem nada assim. Estou no local do acidente. A dona do outro carro é osso duro, e o carro dela é um Mercedes, desses que eu teria que trabalhar a minha vida inteira para conseguir comprar um mísero pneu. – A ouço rindo. – Ela está irritadíssima, delicia! Tenho medo de que chame a polícia. – Conto.

Right Here Waiting For YouOnde histórias criam vida. Descubra agora