Burn

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– Emma Swan, você pode me dizer o motivo do carro da sua amiga, Regina Mills, estar estacionado em frente ao prédio, com a mesma lá dentro, junto com o motivo de você ter chamado a avó da Ruby para ficar com Janis? – Killian e seu jeito direto de se anunciar. Sem tirar a atenção dos vestidos do guarda-roupas, dou de ombros.

– Tinker quer me ver. Regina vai me dar uma carona. – Explico ao puxar um vestido vermelho e ir para frente do espelho.

– Por isso você está assim desanimada? – Volto a dar de ombros.

– Não estava nos planos ver Tinker hoje. – Respondo de mau humor.

– Não estava nos seus planos ver Regina Mills, e você ficou muito feliz com esse imprevisto. – Reviro os olhos e decido não responder nada. Volto ao guarda-roupas, pego uma mochila, duas peças de roupa e meu uniforme de trabalho honrado. – Como foi no parque?

– Normal.

– Só normal? Não teve beijo, abraço, nada? – Tiro os olhos do que estou fazendo e encaro Killian, isso é o suficiente para ele perceber que não estou para suas brincadeiras. – Estou falando sobre beijo e abraço de amigas. – Ironiza.

– Vá se ferrar, Killian. – Solto com o ar. Me livro dos tênis, do jeans e do moletom. Pego uma das minhas muitas lingeries vulgares, meu vestido vermelho e como Killian está aqui, e ficar completamente nua na frente dele não está em pauta, sigo em direção ao banheiro.

– Não gostei do vermelho. – Em resposta a sua opinião, bato a porta do banheiro na sua cara. – VOU ESCOLHER UM MUITO MAIS LINDO. – Berra do outro lado. Não digo nada, melhor nem discutir com ele.

Suspiro e me desfaço das peças intimas e confortáveis que trajava até então. Ao analisar meu corpo no espelho, penso no que poderia mudar nele para torna-lo menos atraente aos olhos de Tinker.

Parar de malhar? Mas isso afetaria as outras mulheres também. Inclusive Regina Mills, que quem sabe um dia, possa ver meus braços. Tecnicamente, ela já viu tudo, frente e verso, sem censura. Tecnicamente também, ela não lembra. Ao que tudo indica, não vou ter a oportunidade de lembra-la, então se ela só ver meus braços, já está de bom tamanho.

Escovo os dentes, lavo o rosto, reforço o desodorante, o perfume e muito sem vontade, coloco a parte de baixo da lingerie de guerra. Estou atacando o sutiã, quando Killian invade meu banheiro sem se anunciar. Assovia e dá um tapa na minha bunda, o que me irrita e me faz lhe lançar um olhar nada amigável.

– Regina Mills definitivamente não sabe o que está perdendo. – Para atrás de mim, e ataca meu sutiã. – Se eu gostasse de mulher, você seria minha. – Comenta enquanto me olha pelo espelho. Mesmo não estando de bom humor, tal comentário me faz rir.

– Se eu gostasse de homens, você com certeza não faria meu tipo, Killian. – Minha sinceridade o faz estapear meu braço.

– Assim você magoa meu coraçãozinho purpurinado. – Não lhe digo nada. Ao tentar pegar o vestido vermelho, ele me impede e me puxa pela cintura, me fazendo virar para ele. – Vista esse. – Me entrega um vestido preto que não uso faz algum tempo pelo motivo de ser curto demais até para uma prostituta.

– Tinker gosta de vermelho. – Respondo, dispensando a peça preta.

– Esquece esse vestido. – O puxa da minha mão. – Põe esse! – Volta a insistir.

– Killian, esse vestido mal cobre minhas coxas. Você não quer que eu chegue assim no hotel, quer? Ninguém deve saber da minha profissão, lembra? E além de tudo, Tinker não gosta de preto. – Ele rola os olhos e volta a estender o vestido.

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