Pov. Alena.
Quando despertei levei algum tempo para me lembrar de que estava na casa da mãe do Henry e se a porta não estivesse meio aberta uma voz entrasse no quarto teria levado mais tempo. Sai da cama e me arrumei, logo em seguida sai do quarto e me dirigi para a direção da voz, que nada mais era do que um pequeno rádio ligado no balcão da cozinha.
- Eu acho que...
- Alena, querida, om dia! – eu virei rapidamente e dei de cara com a mãe de Henry completamente sorridente. – Espero que tenha tido uma boa noite. – ela me estendeu um copo de leite. – É com mel, faz bem para os ossos e para a pele, não que a sua não seja linda, mas a velhice chega para todos e uma mulher sempre tem de se prevenir. – eu peguei o copo da mão dela e sorri contente diante daquele cuidado maternal que eu nunca tive.
- Obrigada, pelo leite e pelo conselho. – eu bebei um pouco do leite.
- Imagina, uma garota como você deve conhecer todo o tipo de dica de beleza. Acho que vocês da realeza devem ter um caderno que passam de mãe para filha com todos esses segredos.
- Não acho que minha mãe tenha tido um desse, mesmo que tivesse ela não teve tempo de me dá-lo.
- É mesmo, sua mãe faleceu quando você era pequena, Henry me contou. Eu sinto muito. – ela pegou na minha mão.
- Tudo bem. – eu sorri sendo completamente sincera. – É difícil sentir falta de alguém que nunca conheceu, mas acho que para meninas talvez seja mais complicado, a gente precisa de certos conselhos que só uma mãe pode dar.
- Imagino que deva ter sido difícil.
- Foi complicado, eu ainda tinha a minha avó, mas ela era quase a rainha Elizabeth em pessoal, então era difícil ter uma conversa normal com ela. – eu ri lembrando da minha avó. – Ela deve estar se revirando no túmulo ao ver o que nossa família se transformou.
- Claro que não. – ela acariciou a minha bochecha. – Eu aposto que ela está morrendo de orgulho de você. Henry me disse que tem uma galeria, acho que já é motivo suficiente para ela se orgulhar de você.
- Obrigada.
- Não por isso. Agora você é da família, e eu a considero minha filha já. Veja, estou te dando até conselhos de beleza. – ela olhou para o copo, piscou para mim e eu retribui. – Me conta, o que você gosta de comer? Quero o menu completo.
- Como assim?
- Vou fazer seu prato favorito hoje, é isso que mães fazem pelos filhos bonitinha. – ela foi até um canto da cozinha e pegou o avental. – Então...
-...uau! Comida já? – Henry apareceu na cozinha, ele estava despojado demais e isso o deixou mais bonito do que ele já era.
- Depende da Alena, hoje eu vou fazer o prato favorito dela. – E então querida?
Eu estava no centro das atenções da minha "sogra" e de Henry, era meio embaraçoso receber uma atenção intima dessa, mas era bom, a ponto de me fazer sair da timidez e dizer qual era o meu prato favorito.
- Peixe com fritas! – eu disse em excitação. – Bem inglês, eu sei.
- Então é o que teremos. – ela foi em direção a dispensa. – E sobremesa?
- Isso é por minha conta. – eu me pronunciei. – Quantos seremos?
- Só nós três e meus dois sobrinhos, meu pai e irmãos saíram.
- Ótimo, preciso de maçãs frescas.
- Vem comigo...
Henry me pegou pela mão e de uma maneira quase infantil me arrastou para fora da casa em direção a um enorme jardim, da porta d frente não parecia tão grande a propriedade, mas ele me explicou que a mãe, alguns anos atrás quando ele começou a ficar famoso e deu um colar de diamantes para ela pediu para ele vender e, no lugar, mandar fazer um jardim com uma pequena horta...o que ele fez, mas de uma maneira maior.
- Temos plantação de muitas coisas aqui, é uma distração para minha mãe. – ele disse assim que chegamos em frente a uma enorme macieira. – De quantas precisa? – ele segurou o cesto e um objeto esquisito que vinha carregando.
- Umas cinco. – eu disse olhando dele para a arvore carregada de maçãs vermelhas.
- Peixe e fritas? Bem britânico, não? – ele começou a pegar as maçãs e coloca-las no cesto.
- Acho que é porque é a minha primeira lembrança de quando cheguei aqui, meu pai me levou para comer peixe e fritas, claro que não da forma como vocês comem, mas era para conhecer a cultura local'.
- Tem sorte de que eu gosto disso. – ele piscou para mim e pegou duas maçãs a mais, me entregando uma.
- Obrigada. – eu dei uma mordida na maçã que estava deliciosa. – Você tem cara de quem come de tudo Henry.
- Tem razão. – ele riu com a boca cheia.
- Obrigada Henry.
- Pelo que?
- A começar pelas maçãs. – eu ri tentando acabar com a tensão. – Mas pelo que está fazendo.
- É um acordo, lembra? – ele se aproximou de mim e ficamos de frente um do outro.
- O dinheiro é um acordo, a questão da galeria é um acordo, não isso que você está fazendo por mim. Acho que eu nunca tive uma experiência familiar e a que eu estou tendo aqui com você e sua família é o que eu esperaria de uma família. Vocês são ótimos e sua mãe hoje me disse que eu sou como uma filha agora para ela, eu nunca tive...
-...ela gosta de você Alena.
- Ela mal me conhece.
- Ela não está se comportando bem apenas, está sendo sincera. Se ela disse isso é porque, como ela costuma dizer, "sentiu algo bom" em você. – ele colocou uma das mãos no meu rosto enquanto me olhava diretamente nos olhos. – Todos nós gostamos de você.
- E eu agradeço, mas eu tenho...
Henry não me deixou terminar, simplesmente avançou sobre mim e me beijou e não foi muito contido, já iniciou puxando o meu lábio inferior e me puxando para si, colando meu corpo ao dele. O beijo era bom, tinha gosto de maçã e era adulto demais. Era o tipo de beijo que talvez se desse em uma pessoa que você conhece na balada como um prelúdio de como é dormir com você, e eu digo isso porque o beijo era bom, estava me fazendo ficar com calor e pares do meu corto que a algum tempo estavam adormecidas, de repente, parecem ter despertado. E da mesma forma brusca que ele iniciou o beijo, Henry o parou.
- Pensei ter visto alguém. – ele disse ofegante e com os lábios vermelhos, eu provavelmente estava da mesma forma.
- Vai ver era alguém e a pessoa saiu ao nos ver assim. – eu disse completando com um raciocínio meio bobo.
- Talvez. – ele deu de ombros e sorriu para mim. – Você beija bem Alena.
- Posso dizer o mesmo de você. – disse meio envergonhada e eu vi que ele não ficou.
- Acho melhor a gente entrar, você precisa fazer a sobremesa. – ele sorriu e apertou a minha cintura de maneira intima demais. – O que vai ser? – ele mordeu o lábio inferior.
Aquilo havia sido sensual demais para mim, talvez por conta do beijo, e sem mais nem menos eu avancei sobre ele, dei um selinho rápido e sai correndo em direção a casa gritando que ele deveria me pegar primeiro para saber.
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In Your Atmosphere ║Henry Cavill
Fanfiction- Um acordo. - eu olhei para ela que estava bem atenta ao papel a sua frente. - Acordo? - ela levantou a cabeça e me encarou com os olhos escuros, não parecia muito confortável. - Você precisa do dinheiro e eu preciso de você... - ela me olhou espan...