Pov. Henry
Eu havia tido duas péssimas ideias aquele dia: uma, beijar sem explicação alguma Alena, é que ela estava muito perto e tudo aquilo parecia tão real para mim que eu não resisti e a beijei, por sorte consegui cair em mim e parar, ou as coisas poderia ter ficado um pouco mais 'quentes' do que eu gostaria. E a segunda foi, depois da janta e da sobremesa, a qual Alena tinha preparado novamente, mas agora para todos, eu inventei de brincar de lutinha com meu sobrinho, o que me rendeu um pequeno corte no supercilio.
E é exatamente por isso que eu estou aqui sentado na tampa da privada depois do banho, apenas de toalha com Alena fazendo um curativo quase desnecessário no pequeno corte, então juntando o beijo de mais cedo, a carência, meu estado "exposto", o cheiro dela e a proximidade, podemos dizer que isso está sendo uma tortura.
- Foi legal da sua deixar ele ganhar de você. – ela disse enquanto passava o cotonete com pomada no pequeno corte.
- Se eu soubesse que ele faria isso eu nunca teria deixado. – eu falei meio nervoso por conta da proximidade. – Vai estragar meu rostinho lindo. – eu fiz um bico e isso arrancou uma risada dela.
- Isso pode vir a calhar, sabe, fala que foi uma cicatriz porque brigou com um cara para defender a honra de uma mulher, as mulheres gostam disso.
- Você gosta disso? – tentei levantar a sobrancelha, mas doeu um pouco.
- Eu não, prefiro defender minha honra eu mesma, sou do tipo que luta as próprias batalhas. – sem pudor algum ela abaixou um pouco o shorts do pijama e um pouco abaixo do osso da bacia, quase perto da virilha, claro depois que eu me distrai com a calcinha de corações pequena e um pouco infantil demais, eu me deparei com uma cicatriz resultante do que pareciam ser sete pontos.- O que foi isso? – eu passei o polegar bem lentamente pela cicatriz, e pude notar como a pele dela era macia.
- Uma briga com um garoto na escola. Eu tinha uns cinco anos, e ele estava tacando pedras em mim e em umas outras garotas, então eu fui até ele, o derrubei no chão e no meio da briga ele achou em algum lugar um lápis e enfiou ai. – ela disse rindo.
- Meu Deus, que horror! – aquilo era realmente um absurdo.
- Eu quebrei o braço dele. – ela deu de ombros rindo.- E ele nunca mais mexeu comigo. – ela soltou o shorts tampando o local e eu me senti meio frustrado, queria tocar ali e também beijar.
- Você definitivamente se defendeu. – eu tentei me ajeitar e rapidamente ela colocou um band-aid pequeno com estampas infantis no meu 'ferimento'.
- Prontinho, está pronto para outra. – ela se afastou rapidamente. – Eu vou deitar na cama, pode ir se arrumando. Precisa de um analgésico ou algo do tipo?
- Não Alena, obrigado. – eu sorri e a vi desaparecer dentro do quarto e depois fechar a porta.
Só então, sem ela ali, eu pude notar que havia ficado um tanto 'animado'. Pensei em me aliviar no chuveiro, mas ela ouviria o barulho e com certeza suspeitaria de alguma coisa, então o jeito foi me arrumar, escoar os dentes e inventar alguma coisa para ver se 'desanimava' antes de voltar ao quarto.
Quando sai do banheiro eu encontrei Alena bem distraída ao celular fazendo uma cara feia, ela ficava fofa franzindo o cenho e torcendo os lábios, o que me fez pensar porque, mesmo tendo sido ela a afastá-lo, James desistiu daquela garota que parecia querer apenas algum que pudesse ajuda-la a se salvar.
- O que aconteceu? – eu deixei de admirá-la e fui me 'deitar' ao lado dela na cama.
- Veja se eu posso com isso? – ela virou a tela do celular para mim, e na frente estava aberta a foto de uma mulher morena de biquíni e bem, vulgarmente falando, gostosa.
- Você agora gosta de mulheres? – foi a primeira coisa que me veio em mente.
- Logico que não. – ela balançou a cabeça e voltou a olhar a tela do celular. – É a mulher do James. – ela fez uma cara triste.
- Se serve de consolo, você é muito mais bonita que ela.
- Por favor, ela tem PEITOSSSS, eu não.
- Alena, por favor, você é mais encantadora que qualquer mulher que eu já conheci! E não digo só fisicamente, você é dedicada, espirituosa e tem um sotaque que me deixa enlouquecido. – ela abaixou o celular e me encarou meio espantada, só então eu percebi a bobagem que tinha feito dizendo todos os elogios, reparando no sotaque dela que era muito, mas muito fofo e atraente e sem nem pensar eu disse isso em voz alta acrescentando "me deixa enlouquecido".
- O que você disse?
- É...que seu sotaque é fofo.
- Não não, não foi apenas isso.
- Desculpe, eu meti os pés pelas mãos e...
-...Henry. – ela me interrompeu e ajeitou a postura. – Isso aqui está legal e talvez tenha momentos em que nós estamos muito íntimos e eu não te culpo por isso, gosto da sua companhia, você é agradável, gentil e, com certeza, beija muito bem, mas a gente não pode confundir as coisas.
- Eu sei. – eu passei a mão pelo meu cabelo. – Me desculpe, acho que é a falta de...você sabe. – eu dei de ombros.
- Olha, se você quiser pode dormir com alguém, você sabe, não tem problema algum.
- Eu posso aguentar Alena, tenho minha mão. – eu dei um sorriso amarelo para ela que ficou sem graça pela forma rude que eu disse.
- Tudo bem, eu acho que hoje vou dormir no chão. – ela pegou o travesseiro, mas eu a impedi.
- De jeito nenhum Alena, eu não vou atacar você.
- Eu sei disso, mas pelo nosso bem. Talvez eu esteja sentindo um pouco de falta de carinho também.
- Se você quiser a gente pode...
-..não Henry, não mesmo.
- Está bem. – eu peguei meu travesseiro e me levantei. – Eu vou dormir ali no sofá, você fica com a cama.
- Não mesmo, é SUA cama, não vou deixar você dormir ali, você nem cabe direito no sofá.
- Você é visita e por mais machista que possa parecer, eu não deixaria uma dama desconfortável. – eu me deitei no sofá e virei de costas para ela. – Boa noite Alena, quando for dormir apague a luz.
Notei que ela murmurou alguma coisa, mas eu não entendi e resolvi bloquear qualquer coisa vindo dela naquele momento. Eu não estava com sono, mas mesmo assim acabei dormindo sem nem notar quando ela apagou as luzes.
Eu costumo ter o sono pesado, porém naquela noite algo fez ele ficar leve, talvez o desconforto de onde estava deito, e isso fez com que eu acordasse ao ouvir Alena me chamar para deitar com ela, eu podia ter fingido que ainda dormir, mas não consegui e imediatamente eu fui deitar com ela...
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In Your Atmosphere ║Henry Cavill
Fanfic- Um acordo. - eu olhei para ela que estava bem atenta ao papel a sua frente. - Acordo? - ela levantou a cabeça e me encarou com os olhos escuros, não parecia muito confortável. - Você precisa do dinheiro e eu preciso de você... - ela me olhou espan...
