In the right moment

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Pov. Alena.

- Eu preciso te dizer que todo mundo ficou extremamente feliz e surpreso com o que você fez. – Henry apoiou os braços na ilha da cozinha enquanto eu embalava um pirex, depois do papo sincero e extremamente atrevido do dia anterior, eu resolvi dar um jantar para Henry e a família dele como forma de agradecimento, e lá estávamos nós dois depois de todos terem ido embora.

- Espero que eles tenham gostado. – eu abri a geladeira e guardei o pirex. – Não tenho certeza se estava tudo gostoso.

- A visão... – ele deu um assobio acompanhado de um olhar que me analisava das pernas até a cabeça. - ...com certeza estava. – ele me lançou um meio sorriso bem malicioso, o que me deixou bem envergonhada.

- Eu estou falando sério. – eu fechei a geladeira e o encarei.

- Quem disse que eu não? – ele veio até mim e beijou meu rosto. – Mas não se preocupe, todo mundo realmente amou e eu já disse, eles gostam muito de você Alena.

- Espera. – eu me lembrei de uma coisa que eu queria dar para ele. – Eu tenho uma coisa para te dar, não se mexe.

Eu sai correndo para o quarto e peguei a pequena caixinha de veludo escura dentro do blazer que eu havia usado aquele dia, e depois fui com a mesma velocidade para a cozinha, mas parei no meio do caminho, pois Henry estava na sala me esperando sentado no sofá com cara de quem não dormia a dias, eu não tinha notado até ali o quanto ele parecia cansado.

- Você precisa urgentemente dormir. – eu disse me sentando em cima das pernas no sofá.

- Preciso mesmo. – ele encostou a cabeça no sofá e me deu um sorriso preguiçoso.

- É coisa bem rápida. – eu estiquei a caixinha para ele que ficou me olhando sem entender. – Não é um pedido de casamento Henry, é só um presente.

- Tem certeza? Você corre o risco de que eu aceite. – ele abriu a caixinha e ficou olhando para dentro.

- Essas abotoaduras são como uma herança de família. – eu estava meio empolgada. – Eram do meu avô, ele não era o filho herdeiro do título do meu bisavô, então ele arrumou um emprego e foi a primeira coisa que comprou. – eu o vi pegar uma das abotoaduras que eram bem simples, mas de ouro puro. - Ele era extremamente vaidoso, mas mais do que isso, as abotoaduras significavam a batalha, o vencer na vida por si só. Claro que depois o irmão dele morreu e meu avô acabou herdando tudo, mas isso aqui, ele sempre dizia, sempre seria a verdadeira herança dele.

- Uau. – Henry abriu um sorriso enorme, eu olhei para ele, com certeza, com cara de boba. – Isso é demais, só que eu não posso aceitar.

- Você pode e vai. Isso deveria ir para o meu marido, mas provavelmente eu não terei um e se tiver ele com certeza não vai ser tão amável e carinhoso comigo, por isso eu quero que você fique com elas, para lembrar de mim, de tudo o que a gente viveu e de como eu sou agradecida por tudo que fez comigo.

- Mas isso é...

-...seu. – eu o interrompi.

- Obrigado. – ele fechou a caixinha. – Eu vou guardar isso com muito carinho Alena.

- Vem, vamos dormir agora. – eu levantei e estiquei a mão para ele, mas de maneira preguiçosa ele me puxou e me colocou sentada no colo dele.

- É assim que é ser casado? – ele me abraçou pela cintura.

- Você está perguntando isso para a pessoa errada. – eu coloquei os braços ao redor do pescoço dele. – Mas talvez sim.

- Gosto de ser casado então.

- Concordo com você. – eu deslizei uma das mãos pelo pescoço dele em direção ao peito e desabotoei o primeiro botão fechado e fiquei passando o dedo por aquele V. – Eu aceitei. – o encarei e ele fez cara de dúvida.

- Casar comigo?

- Não. – eu coloquei a mão por dentro da abertura que havia feito na camisa dele e comecei a fazer carinho ali como se fosse a coisa mais normal do mundo. – Paris, eu aceitei ir para Paris. Então se você quiser ir e passar essas três semanas comigo está convidado.

- Uau! Parabéns! – eu o senti apertando minha cintura. – Acho que alguns dias de descanso em Paris são tudo que eu preciso.

- Você é muito metido! – eu franzi o nariz e ele, sem mais nem menos, me beijou.

O beijo era bem calmo, carinhoso e um pouco sensual, mas Henry não fez sinal nenhum de tornar aquilo algo a mais e eu o acompanhei. Com certeza não sabia o que aquilo significava, mas eu não queria parar, porque o beijo dele era muito bom, definitivamente Henry sabia o que fazia, e me vi soltando um pequeno som de frustação quando ele separou os nossos lábios.

- Me desculpe.

- Desculpar? Pelo que?

- Eu não sei se te beijar era a coisa certa a fazer, eu só fiquei meio tocado pelo presente e por você me acariciando.

- Gostei de você ter me beijado Henry. Você beija bem, não tem como desperdiçar isso.

- Eu faço muitas outras coisas bem. – ele deu um beijinho no meu pescoço e depois sussurrou meio rouco perto do meu ouvido. – E eu queria muito mostra-las a vocês, mas vou me controlar, não é o momento agora. – ele me pegou no colo e se levantou. – Agora é o momento de dormirmos, eu preciso muito de uma cama.

- Se você estivesse na minha casa eu faria você tomar um banho com uns sais que eu tenho que iam te relaxar profundamente.

- Você ia me dar banho? – ele começou a me carregar para o quarto.

- NÃO! – eu disse em uma espécie de gritinho.

- Porque essa não é nem de longe uma má ideia, eu mesmo adoraria te dar um banho. – ele me deu um beijinho no pescoço que me arrepiou.

- Você tem cada ideia. – ele me jogou na cama e caiu em cima de mim.

- A culpa é sua por fazer isso comigo. – ele saiu de cima de mim e ficou deitado ao meu lado com os olhos fechados. – Sua culpa só.

- Acredito. – eu ri e deitei a cabeça no peito dele. – Você não está me achando folgada, não é?

- Por que? – eu senti os dedos dele passando pela minha coluna.

- Porque faz dias que eu não durmo na minha própria casa.

- Gosto de você aqui, então tudo bem.

- É que eu desacostumei a dormir sozinha, sabia?

- Que bom então, porque se você não dormisse mais aqui eu quem iria para a sua casa dormir com você, e ai você estaria ferrada.

- Aé? – eu subi em cima dele, colocando uma perna de cada lado do corpo, colocando as mãos dele acima da cabeça e prendendo os punhos com as minhas mãos.

- Uau, você gosta de ficar por cima então? – ele abriu os lindos olhos azuis e me encarou.

- Pode ser uma experiencia interessante.

- Eu preciso mesmo de um banho. – facilmente ele se soltou de mim, me colocou para o lado e levantou. – Eu ia te convidar, mas não acho que seja o momento certo.

- Tem certeza? – eu levantei um pouco a barra do meu vestido, nem eu me reconhecia.

- Eu tenho, é bem tentador, mas não é o momento certo. – Henry piscou para mim e entrou no banheiro fechando a porta.

Eu me joguei na cama um tanto frustrada, logo depois o cansaço tomou conta do meu corpo e rapidamente eu peguei no sono.

In Your Atmosphere ║Henry CavillOnde histórias criam vida. Descubra agora