Good morning, my love

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Pov. Alena

Abri os olhos na manhã seguinte e percebi que não havia sido um sonho, eu estava abraçada com Henry, eu já havia imaginado como seria dormir abraçada com ele, talvez os músculos pudessem me sufocar, só que longe disso, nos braços dele eu me sentia confortável e segura como há muito tempo não me sentia, então levantar para me arrumar e ir trabalhar foi quase uma tortura.

Antes de ir para a cozinha, preparar o café, dei uma boa olhada em Henry dormindo, tudo bem que ele era quase do tamanho da cama, mas ainda assim era uma cena fofa da qual eu jamais me cansaria.

Preparei um café e em seguida fiquei tomando uma xícara e respondendo alguns e-mails, ainda tinha alguns minutos antes de Pierre chegar para irmos juntos ao trabalho. De repente fui surpreendida com Henry entrando na cozinha vestindo um shorts de malha e os cabelos bagunçados, e eu senti uma enorme necessidade de bagunçar mais ainda aqueles cabelos.

- Bom d... – eu não tive tempo de dizer qualquer coisa, ele colocou as mãos entre os meus cabelos e me deu um beijo de tirar o fôlego que tinha gosto de pasta de dente, ele, e café, eu.

Henry me imprensou entre a bancada da cozinha e o corpo forte dele, e transferiu o beijo ardente que estava me dando para o meu pescoço e foi descendo, até ficar de joelhos e levantar o meu vestido até acima da cintura. Eu só tive tempo de colocar a xícara e o celular em cima da bancada, para evitar uma bagunça e um acidente, antes dele afastar a minha calcinha e passar a língua pela minha intimidade.

Eu não consegui evitar um gemido de surpresa, e isso pareceu estimulá-lo ainda mais e Henry passou a tremer a língua no meu ponto mais sensível. Eu agarrava forte a bancada e gritei quando ele enfiou um dedo em mim.

- Henry... – o nome dele escapou da minha boca e meu corpo começou a tremer.

Aquilo já estava bom, mas ele fez o favor de colocar um segundo dedo em mim e intensificou o trabalho com a língua, não consegui mais me segurar e me desfiz na boca dele.

Ele ajeitou a minha calcinha, meu vestido e depois subiu para ficar na minha frente com um sorriso sacana de que nada tivesse acontecido, em seguida me deu um beijo delicado nos lábios.

- Bom dia meu amor. – ele ajeitou meu cabelo e pegou minha xícara de café, passando a beber calmamente.

- O que...

- Queria que você começasse bem o dia. – ele deu de ombros como se fosse algo normal, e eu não sei o que me desestabilizou mais, o pequeno orgasmo que ele havia me dado ou o "meu amor".

- Obrigada? – eu não sabia o que fazer ou falar.

- Você vai ficar até que horas no trabalho hoje? Eu pensei em irmos comer comida de café da manhã no jantar.

- Você vai mesmo ter uma conversa normal comigo depois do que acabou de fazer? – eu arrumei a alça do meu vestido que tinha caído.

- Quer falar sobre alguma outra coisa? Tipo as reinvindicações na Grécia?

- Não.

- Então vamos sim ter uma conversa normal. – ele encheu a xícara com mais café e veio até mim. – Ou você não gostou do que eu fiz? Achou que foi muito...

-...eu fiquei surpresa. – o interrompi. – Mas foi com certeza bom.

- Ótimo. – ele me deu um selinho nos lábios. – Eu só quero te fazer feliz. Agora acho melhor você ir. – ele olhou para meu celular que vibrava com a foto de Pierre fazendo pose em uma estátua. – Seu amigo deve estar te esperando. – ele me deu outro selinho. – Café da manhã no jantar então?

- Está bem. Me manda uma mensagem e a gente combina aonde se encontrar. – eu dei um beijo na bochecha dele, peguei meu celular e minha bolsa e sai para me encontrar com Pierre.

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- Meu Deus você está com aquela cara. – Pierre disse assim que eu apareci na rua. – Eu não achei que você fosse das que fazem aquela cara, porque você já deve estar acostumada, mas você é sim.

- Que cara Pierre? – eu fiz uma careta e nós dois saímos andando.

- Cara de quem acabou de ser comida. – ele deu risada. – Desculpe o linguajar.

- Ai meu Deus. – eu, com certeza, estava vermelha como um pimentão.

- Ele é tudo isso mesmo hein? – Pierre cutucou o meu ombro e eu queria contar que ele era sim TUDO isso.

- É sim. – eu falei meio encabulada.

- Vocês são tão fofos juntos. Eu nunca acreditei que duas pessoas pudessem mesmo transparecer que se gostam tanto quanto vocês dois.

- Isso é coisa da sua cabeça Pierre, Henry não gosta tanto de mim assim, a gente só se dá bem. – obviamente eu não podia comentar com Pierre que nosso namoro, embora agora tivesse a cláusula "diversão" inclusa, era apenas um contrato.

- O que? Garota, esse cara é louco por você. Olha bem para mim, eu sou visivelmente gay e ele ficou morrendo de ciúmes de mim ontem, além disso ele veio para Paris com você por conta do SEU trabalho, se ele não gosta de você, por favor, me diz o que é gostar.

- Você acha mesmo? – eu não tinha notado nada disso, para mim o que aconteceu ontem e hoje de manhã era apenas tesão acumulado, mas vendo Pierre falar eu podia acreditar que sim, Henry gostava de mim mais do que a uma amiga.

- Está com medo de se envolver? – Pierre perguntou enquanto descíamos as escadas do metro, ninguém nunca havia sido tão assertivo.

- Talvez. – eu disse o seguindo.

- Eu sei que a gente se conhece faz pouquíssimo tempo, não sei o que te aconteceu ou o que alguém fez a você, mas esse cara que vei até Paris por SUA causa não parece ser do tipo que vai te machucar.

- Eu sei que não. – admiti em voz alta. – Ele é perfeito, mas e se ele decidir que não sou eu quem ele quer? De repente alguma garota mais nova e bonita aparece e ele me deixa.

- Vou te falar algo com a experiencia de alguém que nunca tem certeza do que vai ser o dia seguinte dentro de um relacionamento: APROVEITA! E daí se ele te deixar? E quem sabe se você não é quem vai deixa-lo? Aproveita o que você tem agora que, por sinal, é um homem lindo, que pela sua cara é bom no sexo, e que está de quatro por você. Se ele partir seu coração, paciência, mas pelo menos você vai ter vivido algo maravilhoso.

Embora eu não conseguisse relaxar e abaixar a guardar, resolvi seguir o conselho de Pierre, e fiquei disposta a abrir meu coração para Henry. Colocando em uma balança, o mal que ele poderia me fazer com certeza não seria maior do que o bem que aquilo que nós tínhamos poderia nos trazer

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Trabalhar em algo que se ama é definitivamente a melhor maneira de fazer o tempo passar rapidamente, e eu me dei conta disso quando olhei para o relógio naquele dia e vi que já eram quase sete da noite, já havia passado uma hora do meu horário normal de sair e, fora isso, eu havia me esquecido completamente de enviar uma mensagem para Henry combinando um lugar de encontro.

- Acho que eu vou ter a minha primeira briga com Henry. – eu disse para Pierre enquanto colocava a bolsa no ombro e olhava as 5 mensagens que ele havia me mandado.

- Sabe o que dizem, sexo com raiva é sempre o melhor sexo. – nós dois fomos caminhando em direção a saída.

- Por que eu tenho a impressão de que você arruma briga intencionalmente?

- Olha só, você já me conhece tão bem. – nós dois demos risadas e quando olhei para frente encontrei Henry parado na porta com um belo buquê de flores. – E você ainda tem alguma dúvida de que esse cara está louco por você?

Em resposta eu apenas consegui sorrir um tanto envergonhada e muito, mas muito feliz, talvez Pierre tivesse razão e Henry gostasse de mim, mas certo mesmo era que eu estava começando a me apaixonar por ele.

In Your Atmosphere ║Henry CavillOnde histórias criam vida. Descubra agora