Happier || James Rodríguez

Say You Won't Let Go

Olá, meus amores.

Antes de mais nada eu preciso explicar alguns pontos da estória que lerão a seguir.

A estória se passa há sete anos atrás e com o passar dos capítulos, o tempo também passará. Por este motivo, durante os capítulos haverão diversas referências a episódios da vida do James no passado. Clubes anteriores, etc. Eu pesquisei bastante a respeito do jogador para que essa estória pudesse ser bem escrita e mais realista.

Eu deixei um link de uma música na mídia do capítulo e em um determinado ponto da leitura, indicarei para que vocês possam dar play na música, porque ela vai ajudar muito como uma trilha sonora para o momento indicado. Em cada capítulo haverá uma música diferente, mas eu irei indicar o momento certo para ouvi-la.

No princípio é isto. Eu espero que gostei desse capítulo que fiz com tanto amor e carinho.

Boa leitura e não esqueçam de ler a nota final!

*~*~*~*

Sete anos atrás

Droga. Droga. Droga.

Eu tento entender como ainda insisto em trazer tantas responsabilidades para minhas costas. Eram três da tarde quando me lembrei que havia prometido a minha mãe que iria comprar toda a comida para o aniversário de minha irmã mais nova, enquanto meus pais cuidariam da decoração.

Eu estou morto. Minha mãe me mataria no momento em que soubesse que eu não havia comprado nada e para piorar tudo, o aniversário seria nesta noite. Sem outra opção, decidi ir ao centro de Porto onde com toda certeza haveria alguma doceria onde eu podia comprar tudo.

- James! Onde você vai? - Juana perguntou quando eu abri a porta de casa. Merda. Ela ainda estava em casa.

- Irmãzinha, eu pensei que você tivesse ido para a casa da Laura.- Perguntei nervoso. Esse era o plano. Ela tinha que ir para a casa da amiga para que pudéssemos organizar tudo e quando ela chegasse às oito da noite, teríamos a festa surpresa.

- A mãe da Lau ainda não veio me buscar.- Juana disse dando de ombros e se jogando no sofá.

- Meu amor, eu vou ter que sair. Não abra a porta para ninguém que não tenha certeza que é a Laura, ok? - Perguntei me abaixando para ficar na altura da criança que se dizia pré-adolescente em minha frente.

- OK, James. - Juana disse me abraçando com força. Sorri e baguncei os cabelos lisos dela que riu fraco, enquanto se desvencilhava do abraço. Me afastei dela e caminhei até a porta, tratando de fechá-la assim que sai de casa.

Meus pais não gostavam de deixar Juana sozinha em casa por ela ser tão nova e medrosa em algumas situações. Contudo, eu tinha apenas cinco horas até a festa e precisava aproveitar cada segundo da melhor forma possível, pois se algo desse errado com o alimento do aniversário, a culpa seria toda e completamente minha.

Tratei de entrar no carro o mais rápido possível e dirigi na velocidade máxima permitida pelas ruas de Porto. Parei no primeiro supermercado para comprar refrigerantes, sucos e descartáveis que também haviam sido responsabilidades minhas na festa. Passei tudo no caixa e tratei de guarda-los na mala do carro quando meu celular tocou, me fazendo fechar o porta-malas e pegar o celular em meu bolso para ler o nome "Mama" na tela.

Respirei fundo antes de deslizar o dedo pelo botão verde, afim de atender a chamada, esperando qualquer coisa ruim por parte de minha querida mãe que naquele momento já deveria ter percebido a situação em que o filho havia se metido.

- Oi, mãe.- Eu disse entrando no carro e colocando o celular no viva-voz sobre o colo, para que pudesse dirigir enquanto falava ao telefone. Não era o correto, mas era o que eu tinha que fazer se quisesse permanecer vivo no final da noite.