"E o que somos em um buraco negro? Parte dele, ou um intruso que não pode ir embora?".
- Um aglomerado dos meus contos, dos mais variados estilos -.
- As músicas e as frases utilizadas, que não são respectivamente minhas, terão os devidos créditos -.
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Caso não se importe, Boa leitura!
E no fundo, nada havia, era tudo vazio. Um vazio frio e escuro. E aqueles olhos, os mesmos das outras vezes, eu acho. Na verdade, não importa. Mas, a dor, ela sim é a mesma. Exatamente igual, a física e a dor mental, a do meu orgulho, a da minha alma.
Ele entrava em mim e saia, repetidas vezes, saia e entrava,de novo e de novo. Eu nada fazia. Eu nada podia fazer. Não com aquelas cordas em meus pulsos. Só podia esperar, desejar que o tempo fosse misericordioso comigo, alguma hora iria acabar. Apenas para recomeçar outra vez. Alguém me salve. Um grito no silêncio.
Um silêncio tão barulhento. Quase chorei de alívio ao sentir o líquido viscoso escorrer das pernas dele, para esparlhar-se em mim. Significava que tinha acabado, por enquanto. Apenas encarei o nada, o lado escuro do mundo, do meu mundo. Outros viriam. E eu estaria aqui para os seguintes à esses, e aos próximos também. Fechei meus olhos, pense em coisas boas. Perda de tempo.
Meus pensamentos eram vagos, eu nada tinha a que me agarrar, nada para me puxar e me levar dessa realidade cruel. Tola, iludibriada pela falsa e desgasta, ainda que existente, esperança de um amanhã melhor. Se à esperança é a última que morre, morrerei antes dela. A porta se abre, e meus olhos também,mesmo que não possa ver nada, sei que alguém entrou.
E tudo recomeça, um ciclo, um loop de dor infinito. Mãos pelo meu corpo. Em todos os lugares. Sinto náuseas. Alívio. Alívio. Alívio. A cada dia, um fragmento de esperança se esvai.
A cada manhã, almaldiçou-me por acordar.
Ninguém virá. Ninguém vai me escutar. Ninguém.
"Alguns monstros são reais".
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