Segundas Chances Não Existem

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"O que não te mata, faz você querer estar morto".











Talvez eu estivesse consciente do celo que estava colocando sobre a minha vida, quando eu desci aquelas escadas, para nunca mais subi-las novamente.

E é verdade que as vezes deixamos portas abertas, para que alguém bata. Mas em outras, estamos apenas tentando escapar do que espreita do lado de fora.

Não posso dizer que não havia proveito algum da minha parte, porque havia. Eu apreciava a brincadeira  de palavras afiadas, e como tudo tinha um duplo sentido e era calculadademente planejado, uma guerra silenciosa, uma guerra de poder, um jogo perigoso de provocações e mágoas, que eu adorava jogar.

Estar no meio de um ninho de cobras, mais me exitava do que amedontrava.  Mesmo sabendo que uma vez picada, o antídoto não seria uma opção.

E só sabemos o que é o medo, quando o sentimos.

Quando se está em um aglomerado de rostos uniformes, que escondem por detrás de uma máscara, a ambição corrosiva, quando se deseja mais do que se pode ter, a palavra confiança é um sinônimo de traição. Nem mesmo sua própria mente é confiável. Olhe no espelho e você verá o seu maior concorrente.

Nunca escondi a minha satisfação em provar para quem quer que estivesse olhando, o quanto de poder eu possuía. Por isso quando digo mentes podres em corpos vazios, incluo-me.

Desde o início eu sabia que estava enrolando uma corda em meu pescoço, e no fim, fora eu quem dera o nó fatal.

No meio dos negócios, o mais forte sempre esta sujeito a queda. E eu era apenas mais uma peça  de um jogo de proporções gigantescas.

Bastou um gole significativo, para que o efeito do veneno começasse a agir.
E ainda que desde o princípio, eu soubesse que estava condenada, o momento em que o copo caiu da minha mão, para esparramar-se pelo chão em mil pedacinhos, foi quando eu  tive a certeza.
Atracotoxina. Eficaz, rápida  e dolorosa.
Prazeroso para quem estivesse assistindo, sujo e cruel.

Naquele momento, aqueles sorrisos que tanto me foram familiares, não significaram nada, porque tornaram-se desconhecidos. Eu não tinha a quem rezar.

Enquanto afogava-me, sentindo meus pulmões em chamas, sabendo que não teria mais do que 15 minutos, eu pensei que não queria morrer, porque tinha medo. Medo do silêncio.

Ninguém me disse o que viria depois. E a não existência me assustava.

Eu não teria uma segunda chance como a Branca de Neve, eu não acordaria de um sonho ruim.
Eu só gostaria de poder ter feito tudo o que eu queria, ter conseguido escapar das correntes que me aprisionavam em uma vida que não era minha, de escolhas que eu não havia feito.

Meu príncipe estava bem atrasado para me salvar de mim mesma.











Música: Drown - Bring Me The Horizon






































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Tão fofaaa

Espero que tenham gostado!

Até mais
^-^

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