Unicórnio & Dragão | CAMREN

stay?

Estávamos caminhando lado a lado, até aparecer um carro em alta velocidade e unicórnio segurar forte em meu braço.

—Calma, não precisa ter medo. – peguei sua mão e entrelacei nossos dedos. – Estou aqui com você. – ela deu um risinho.

—Vai me proteger, é? – perguntou se colocando em minha frente.

—Vou, dragões são mais fortes que unicórnios. – ela riu antes de colar nossos lábios.

Demos um beijo rápido, apenas nossos lábios se tocando, tenho a leve impressão de que isso foi para amenizar seu medo.

—Vamos, já estamos perto. – disse ao encerrar o beijo com um selinho.

—Você mora em Nárnia. – voltamos a caminhar.

—Dip it low, pick it up slow.– cantarolou baixo.

—Roll it all around poke it out like ya back broke. – continuei a canção sorrindo para ela. – Não acredito que conhece essa música.

—É um puta de um hino! – exclamou.

—Sim, eu sei uma coreografia maravilhosa dessa música. – contei.

—Deixa eu adivinhar, Dance Central? – falou me fazendo rir.

—Me pegou! – ela riu. – É muito boa, eu amo esse jogo de paixão, fez parte da minha infância.

—Sei, da minha também. – falou. – Não acredito que tem gente que diz que Just Dance é melhor.

—Né. – revirei os olhos. – Nunca jogaram na vida e ficam falando mal. E os que dizem que Rock Band é melhor que Guitar Hero? Aff eu piro!

—Povo sem noção. – foi sua vez de revirar os olhos.

Caminhamos mais um pouco até chegar em uma rua com casas agradáveis.

—Enfim, chegamos à meu vale. – falou parando em frente a uma grande casa.

—Caralho! – sussurrei para mim mesma. – Então, está entregue unicórnio.

—Espera. – me puxou. – Vamos entrar.

—Não posso.

—Por que? E-eu não sou-

—É que eu realmente não posso fazer isso com você. – me afastei. – Pelo menos não tão cedo.

—Você não me quer assim, acho que entendi. – falou com o rosto triste.

—Não, não é isso... É que... Eu, eu quero te conhecer melhor, você é diferente das outras garotas. – falei.

—Ta tudo bem, eu entendo. – falou em tom baixo.

—Então eu já vou indo. – deixei um beijo em sua testa e saí.

—Espera... Mas eu nem sei seu nome. – ela falou baixinho, mas não voltei.