wish i had no expectations

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Lauren Jauregui POV

—Wish I had no expectations
I wish that I could get it through your head
With no confrontation
I really wish we could talk about it instead
All these tears that I cry while I'm turned to the side
And you're in the same fucking bed
Wish I had no expectations
But I expect, you expect, we expect!

Cantei de forma exageradamente alta, descontando minha raiva.

Já haviam se passado 2 meses desde a minha discussão com Camila. Não temos nos visto e muito menos nos falado.
Não vou negar que queria ter sua presença aqui, mas ao mesmo tempo a quero distante, não sei se vou conseguir encarar isso.

Ouço a campainha tocar, me tirando de meus devaneios, desço as escadas para abrir a porta, depois de ter olhado no olho mágico para ver quem era.

—Lau! Que bom te ver minha pequena, que não é mais pequena. – falou me abraçando. – Senti tanto a sua falta.

—Também senti tua falta tia. – falei me soltando do abraço.

—Sua mamis tá em casa? – perguntou.

—Não, ela foi ver o Chris jogar futebol. – E o tio Arejay?

—Seu tio teve que ver se o quarto do hotel era adequado para ele. – ela falou  revirando os olhos. – Não acredito que perdi um jogo do Chris.

–Você não perdeu muita coisa, aquele garoto é péssimo. – falei rindo.

—Acredito que sim. – minha tia se jogou no sofá. De repente sua feição mudou. – Tava fazendo o que aqui sozinha Jauregui?

—Acha que eu tava fazendo o que?

—Não sei... – a louca se levantou correndo e foi para o meu quarto.

Vasculhou tudo, olhou em baixo da cama, dentro do armário e atrás da porta.

—Coitada de você titia.

—Ah nunca se sabe, você me disse que estava com uma garota, pensei que ela poderia estar aqui já que está sozinha. – novamente ela fez aquela cara e puxou meu celular da minha mão.

Ela olhou meu histórico do Google e minha galeria, depois fez o mesmo com o meu computador.

—O que você tanto quer?

—Achei que pudesse estar vendo pornografia. – falou me encarando.

—Odeio pornografia.

—Todo mundo na sua idade ama pornografia.

—Eu não.

—Você é estranha.

—Obrigada. – coloquei a mão no peito e sorri. – Só vejo pornô gay de vez em quando.

—Acho pornô gay tão excitante. – falou. – Você parece ser minha filha e a Katherine parece ser filha da sua mãe.

—Pois é. Tem certeza que não fomos trocada na maternidade? – perguntei brincando.

—Quem me dera. Eu amo a Kath, mas você sempre vai ser meu bebezão.

Tia Lzzy teve um relacionamento longo com o pai da Katherine, ela engravidou dois anos depois de minha mãe, ou seja, Katherine tem 15 anos. Ela tem 36 anos e é a irmã mais nova. Mesmo assim eu a chamo de velha. Katherine mora com sua madrasta, a noiva da minha tia, pois seu pai morreu quando ela tinha apenas um ano de idade.

Pelo menos compartilhamos a mesma dor.

—Por falar nisso, quando eu vou ver a tia Amy? Já faz tempo que não a vejo. Kath também, não tenho ido a escola.

—Você mora pertinho delas, o que custa você ir lá?

—São as mulheres da sua vida, que você não vê ha um tempo, é você vem aqui primeiro. O que custa ir lá?

—Bobinha. – faz careta. – Vamos lá em casa então.

—Vamos.

Saímos de casa e fomos para seu carro, me sentei no banco do passageiro e apertei bem firme o cinto de segurança. Comecei a rir quando a música começou a tocar.

—Don't listen what your girlfriend says
She reads those magazines
That say you failed the test
You don't have what she needs.

—Não acredito que você dirige escutando suas próprias músicas. – falei rindo.

—Você adora essa música. – aumentou o volume. – Canta comigo.

—I kiss you in a way you'll never forget about me.
That chick can eat her heart out!
Love bites, but so do I, so do I.
Love bites, but so do I, so do I, so do I!

E assim fomos até sua casa, era menos de quinze minutos da minha, então deu para escutar mais uma música, Miss The Misery.

Unicórnio & Dragão | CAMRENOnde histórias criam vida. Descubra agora