- Nos episódios Anteriores -
A nossa vida é matar ou morrer, e se for qualquer um dos dois, nós vamos estar juntos.
- Continuação -
Depois de alguns minutos, chegamos no pé do morro. Estacionamos um pouco atrás da entrada para que os capangas não nos vissem.
O funk estava alto e ninguém nem escutou a gente abrir o carro, pegar as armas, destrava-las e rastejar até a entrada. Quando os capangas tentaram dar alguma reação, nós apontamos as armas para eles.
- Cala a boca porra! Cala boca!! - eu sussurrava. Eles colocaram as mãos para o alto - Solta a arma! - largaram as armas no chão e eu encarei Dw - Mete bala! - Dw não pensou duas vezes e apertou o gatilho 3 vezes, um em cada um.
Começamos a subir o morro e ninguém desconfiava. Eles nos viam como mais dois traficantes no morro.
Chegamos perto do escritório e havia um cara barrando a entrada.
- E ai? Vamos fazer o que? - perguntei.
- Eu posso distrair ele. - Dw respondeu indo na direção dele e eu o segurei.
- Eu distraío! Sou mulher e consigo seduzir ele. - exclamei.
- Eu já deixei você vir comigo, agora quer destrair o cara? Deixa que eu arranjo uma briga com ele.
- Tá bom, Dw! - revirei os olhos.
Fiquei observando de longe enquanto Dw caminhava até o homem. Ele chegou batendo de frente e dando alguns empurrões no mais alto.
- Qualé parça? Tá olhando pra minha mina porque?! - perguntou Dw
- Ta loko tiw! Nem sei quem é porra! - o cara falava alterado.
-Tava olhando sim! Tira o olho, arrombado. - Dw falou mais alto.
Eles começaram a se empurrar e Dw o arrastou pra longe da porta. Entrei no escritório e dei de cara com uma mina do cabelo preto e longo rebolando em cima do dono enquanto ele fumava um Beck de maconha.
Em um sofá próximo, haviam algumas armas de porte grande.
- Vaza daqui puta! - apontei o fuzil para a mulher que saiu correndo do escritório. O cara sacou a .40 e apontou pra mim.
- Solta essa porra! - gritei mirando o fuzil na cabeça dele.
- Piranha não me dá medo! - ele gritou.
- Conhece o morro do alemão? - perguntei irônica
- Você vai morrer hoje! - ele chegou mais perto de mim e puxou meu cabelo para trás, podendo sentir seu corpo bater no meu.
A porta se abriu bruscamente e Dw entrou com a arma apontada para nós.
- Deita no chão, os dois, porra! - Dw fingia.
Me deitei no chão e o dono se deitou ao meu lado. Ele abriu um sorriso malicioso e logo senti um apertão em minha bunda.
- Tira a mão dela caralho! - imediatamente ouviu-se o barulho de um tiro.
Dw atirou nas costas do dono, e o sorriso que ele dava para mim se desmanchou conforme o sangue dele se espalhava pelo chão. Ele morreu de olhos abertos, me encarando. Seu sangue pegou na minha blusa, fazendo uma enorme mancha.
- Bora amor! Bora! - disse ele me puxando pelo braço e me ajudando a levantar.
Saímos correndo, descendo o morro sem olhar para trás. Ele entrou no carro e eu coloquei o fuzil nas costas. Subi na moto e demos partida para o Alemão.
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A Dona Do Morro
RomanceEu não queria me apaixonar, mas aí você apareceu. Donos de morros rivais, amor incondicional. Passados igualmente difíceis. Lutamos para ficarmos juntos, mas nem toda história de amor tem um final feliz... "Não foi sorte eu te conhecer, foi plano...