Capítulo 11

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- Nos episódios Anteriores -

   A nossa vida é matar ou morrer, e se for qualquer um dos dois, nós vamos estar juntos.

- Continuação -

   Depois de alguns minutos, chegamos no pé do morro. Estacionamos um pouco atrás da entrada para que os capangas não nos vissem.

   O funk estava alto e ninguém nem escutou a gente abrir o carro, pegar as armas, destrava-las e rastejar até a entrada. Quando os capangas tentaram dar alguma reação, nós apontamos as armas para eles.

  - Cala a boca porra! Cala boca!! - eu sussurrava. Eles colocaram as mãos para o alto - Solta a arma! - largaram as armas no chão e eu encarei Dw - Mete bala! - Dw não pensou duas vezes e apertou o gatilho 3 vezes, um em cada um.

   Começamos a subir o morro e ninguém desconfiava. Eles nos viam como mais dois traficantes no morro.

   Chegamos perto do escritório e havia um cara barrando a entrada.

  - E ai? Vamos fazer o que? - perguntei.

  - Eu posso distrair ele. - Dw respondeu indo na direção dele e eu o segurei.

  - Eu distraío! Sou mulher e consigo seduzir ele. - exclamei.

  - Eu já deixei você vir comigo, agora quer destrair o cara? Deixa que eu arranjo uma briga com ele.

  - Tá bom, Dw! - revirei os olhos.

   Fiquei observando de longe enquanto Dw caminhava até o homem. Ele chegou batendo de frente e dando alguns empurrões no mais alto.

  - Qualé parça? Tá olhando pra minha mina porque?! - perguntou Dw

  - Ta loko tiw! Nem sei quem é porra! - o cara falava alterado.

  -Tava olhando sim! Tira o olho, arrombado. - Dw falou mais alto.

   Eles começaram a se empurrar e Dw o arrastou pra longe da porta. Entrei no escritório e dei de cara com uma mina do cabelo preto e longo rebolando em cima do dono enquanto ele fumava um Beck de maconha.

   Em um sofá próximo, haviam algumas armas de porte grande.

  - Vaza daqui puta! - apontei o fuzil para a mulher que saiu correndo do escritório. O cara sacou a .40 e apontou pra mim.

  - Solta essa porra! - gritei mirando o fuzil na cabeça dele.

  - Piranha não me dá medo! - ele gritou.

  - Conhece o morro do alemão? - perguntei irônica

  - Você vai morrer hoje! - ele chegou mais perto de mim e puxou meu cabelo para trás, podendo sentir seu corpo bater no meu.

   A porta se abriu bruscamente e Dw entrou com a arma apontada para nós.

  - Deita no chão, os dois, porra! - Dw fingia.

Me deitei no chão e o dono se deitou ao meu lado. Ele abriu um sorriso malicioso e logo senti um apertão em minha bunda.

  - Tira a mão dela caralho! - imediatamente ouviu-se o barulho de um tiro.

   Dw atirou nas costas do dono, e o sorriso que ele dava para mim se desmanchou conforme o sangue dele se espalhava pelo chão. Ele morreu de olhos abertos, me encarando. Seu sangue pegou na minha blusa, fazendo uma enorme mancha.

  - Bora amor! Bora! - disse ele me puxando pelo braço e me ajudando a levantar.

   Saímos correndo, descendo o morro sem olhar para trás. Ele entrou no carro e eu coloquei o fuzil nas costas. Subi na moto e demos partida para o Alemão.

A Dona Do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora