Capítulo 18

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- Nos capítulos Anteriores -

Safada no clima quente revira o meu psico
Pede pra mim olhar, eu foco, quase não pisco
Mina, você é um pedaço de mal caminho
Como não se aventurar no seu corpo paradisíaco

- Continuação -

   Acordei com Dw abraçado em minha cintura e seu rosto em meus seios. Eu me encontrava apenas de peças intimas. Me levantei devagar e olhei meu iPhone

10:00 AM.

A primeira vez que não me atraso depois de um baile. Me levantei, tomei banho, me troquei, passei maquiagem e perfume.

   Me despedi do Diego e saí com o carro. Os capangas de Dw me chamavam de patroa, então sempre que eu passava se escutava nos rádios: a patroa tá descendo.

   Passei na casa do Lukas, peguei Luana, e cantei pneu para minha quebrada. Subimos e sentamos nas nossas cadeiras. Comecei a fazer contagem das drogas do mês até que o Nei bateu na porta.

  - Pode entrar! - exclamei.

   Ele entrou e parou no meio da porta.

  - Patroa, tem moradora nova ai no morro.

  - Chegou quando? - falei sem tirar os olhos das papeladas.

  - Hoje de manhã.

  - Tá contigo?

  - Tá sim senhora, ela fez questão de vir se apresentar.

  - Manda subir então - fiz indiferença.

  - Pode pá.

   Ao Nei fechar a porta, eu pude ouvir o barulho do meu morro, de volta a sua paz.

   Eu ouvia as risadas das crianças e a bola batendo nos quatro cantos da quadra. Os chinelos se arrastando no chão e cachorros latindo. Era tão bom ouvir o barulho do meu Morro feliz de novo.

   Logo ouvi a porta ser aberta, interrompendo meu breve segundo de paz.

   Uma mulher branca e loira se prostrou a frente de minha mesa, dando as costas para Luana, algo que me irritou, já que ela é a sub dona e meu braço direito.

   A mesma usava um vestido tubinho vermelho. As unhas e os saltos altos eram da mesma cor. Seus olhos azuis me fitavam anciosos.

  - Qual teu nome? - disse tirando a tauros da cintura e a segurando na mão, observando cada detalhe do revolver.

  - Amanda. - ela dizia em um tom, que eu acreditaria ser meigo, se eu fosse idiota!

  - Senta ai, Amanda. - ordenei.

   Ela puxou a cadeira e Luana veio até mim, parando de pé ao meu lado. Cruzou os braços, fechou a cara e se encostou na parede.

  - Que que você veio fazer no meu morro? - falava tudo na mais possível frieza, o que não era muito difícil d'eu conseguir.

  - Vim pra morar. Quero abrir um salão de beleza aqui.

  - Hm - balancei a cabeça - Seria útil.

  Tirei um papel da gaveta, com todas as regras do morro, e entreguei para ela.

  - O que é isso?

  - As regras. Se descumprir, qualquer uma delas... É morte!

  - Garanto que nós três seremos muito amigas. - ela dizia alegremente.

A Dona Do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora