Oh, hell...

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DOIS:

Após a seleção de casas e o habitual e singular discurso de Dumbledore finalmente iniciou-se o banquete. Eu estava faminta. Mas não conseguia tocar na comida, Harry ainda não havia chegado, eu sinceramente temia que ele fizesse alguma de suas burrices cheias de coragem. Levantei o olhar e vi Rony sentado na minha frente, com a boca quase estourando, ele comia pudim de arroz com tortilha de maça e uma coxa de frango, tudo ao mesmo tempo.

– Seu amigo some e você aí comendo! E come devagar Ronald! Até parece que botou um feitiço de expansão na sua boca! – eu disse irritada.

Ele sorriu – eu acho que ele sorriu.

– Eha oê alava ara oeçar o ao! – ele disse com a boca cheia.

– O que? – disse eu.

Ele engoliu tudo de uma vez – não me pergunte como, para mim foi fisicamente impossível – e tomou um gole do seu suco de abóbora.

– Era o que faltava para começar o ano. – ele sorriu. – sua bronca anual relacionada à comida. – ele gargalhou. – e você está se preocupando á toa, olha ele aí.

Eu fiquei observando como o cabelo dele caia desgrenhadamente sobre seus olhos. Secretamente eu sabia que o que me deixava mais feliz - e orgulhosa – era quando eu o fazia rir. Ainda mais essa sua risada tão linda.

Eu me virei e observei meu outro amigo não tão bonito chegar com a Luna. Ele estava aturdido e com sangue na camisa. Por que ele está sempre sangrando?

– Por que ele está sempre sangrando? – Gina fez coro ao meu pensamento.

– Mas dessa vez o sangue é dele. – Foi Rony quem murmurou.

– Oi. – Harry murmurou ao se sentar-se à mesa.

– Harry... O que diabos... – eu comecei a perguntar.

– Depois Mione, depois... – ele disse rapidamente.

Gina pegou um guardanapo e levou ao queixo de Harry tirando um pouco do sangue. Ele é claro engasgou com saliva e quase teve uma taquicardia.

– Harry, sem querer interromper, mas quero deixar registrado que eu sou contra. – eu disse firme.

Harry e Gina me olharam assustados.

– S-sobre o que? – Harry gaguejou.

– Ora, Harry não se faça de tolo! Pessoas morrendo por aí, precisando de transplante e você aí jorrando sangue aos quatro ventos! – eu disse me divertindo com a cara dos dois.

Todos riram. Harry e Gina de alívio. E Rony... Nossa, ele ria mais do que antes.

Mas ai do nada ele ficou duro que nem pedra e fixou o olhar atrás de mim. Parei de sorrir e segui seu olhar para ver o que era. E é obvio, lá estava a Brown, saindo com suas amigas para o dormitório da grifinória. Eu não sei o que eu mais odiava nela: 1. Rony a amava e não a mim. 2. Ela esnobava o Rony e o fazia sofrer. 3. Sempre que ela passava o Rony parava de dar a sua tão linda risada.

– Vai lá convidar ela. – Harry murmurou.

HARRY MAIS UMA FRASE EU ARRANCO SUA LÍNGUA! Eu disse a ele exatamente isso com apenas um olhar.

Mas ele, sendo um garoto não entendeu. Garotos me irritam, se eu pendurar uma placa em letras brilhantes: EU TE AMO RONALD WEASLEY é capaz dele não entender o que eu quis dizer.

– Não, eu quero pedir ela em uma ocasião especial. – Rony disse sonhador.

– Ela te trata muito mal... Por que você dá bola para ela? – Gina se manifestou.

Escolhas | Fred & HermioneOnde histórias criam vida. Descubra agora