Quando eu disse que amei - Felipe (Parte 01)

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- Eu sei que vocês acham que eu não sou uma pessoa boa para se relacionar, mais saibam vocês que isso acabou se tornando uma opção para mim, na verdade as minhas compulsões estão envolvidas no medo de apaixonar fortemente novamente, meu coração já teve donos sim, e hoje vou mostrar para vocês o porquê de minha mente e coração serem tão confusos, chega aqui.

- Era fevereiro de 2015, e eu tinha acabado de entrar numa nova faculdade, para tentar cursar fisioterapia, sempre tive muito interesse na área, porém não tinha tempo para executar tal, até que então consegui entrar, daí por diante tive as primeiras semanas de adaptação, a instituição e o curso, comecei a me enturmar e conhecer as pessoas, e no decorrer da semana, fui conhecendo ainda mais sobre o que estudava e as pessoas com quem me envolvia, entre isso, conheci um rapaz, diferente, que poderia passar despercebido, mas que para mim foi extremamente notável, era um rapaz alto, com olhos verdes escuros, com um jeito meio desengonçado de agir, sorriso fácil e sempre fofo, ele parecia estar preocupado e ligeiramente feliz ao mesmo tempo, havia algo nele que me fazia querer conhecê-lo, mas parecia guardar algo que eu adoraria descobrir, Felipe Geovane era o nome dele, sentia toda vez que ele chegava, aquele perfume doce, e junto um abraço apertado que toda vez ele me dava, e eu particularmente gostava de mais, não queria que me soltasse de forma alguma, é como se o mundo parasse, e toda uma proteção celestial tomasse conta de mim; após um mês de convivência diária, mesmo não sendo da mesma turma, nós sempre íamos embora juntos, comíamos, conversávamos, andávamos em bandos, mas eu não conseguia evitar, meus olhos brilhavam ao vê-lo, eu estava encantado, eu via os lábios dele como uma poesia ao qual eu precisava terminar de escrever, quem sabe com meus lábios tocando nos dele, as vezes ele tinha um comportamento brusco, ogro e rústico, mas em nenhum momento isso me faria desistir dele, na verdade, me dava mais vontade ainda de senti ele grudado em mim, sabia que toda aquele jeito selvagem e acanhado ao mesmo tempo, na verdade era falta de um carinho, o qual eu estava totalmente disposto a lhe oferecer. Finalmente alguns dias após um período exaustivo de estudos, trabalhos, apresentações e provas, nós então decidimos relaxar, fazendo uma espécie de festinha, a mesma na casa de um de nossos amigos em comum, era num sábado a noite, eu cheguei por volta das vinte horas e trinta, logo depois de quinze minutos ele chegou, lindo, com uma camisa preta e uma calça jeans clara, eu fiquei alguns segundos olhando pra ele, sem reação, logo fui em direção a ele, quando ele me viu deu um sorriso lindo, que parecia que estava entrando profundamente no meu peito, sem falar nada, me aproximei e abracei ele como se fosse a última vez que faria, e ele me apertou na mesma intensidade, mesmo com o som da música no ambiente e todos os barulhos ao redor, naquele abraço eu consegui sentir os batimentos do coração dele, que pareciam aumentar o fluxo em cada novo segundo deste mesmo abraço, meu corpo parecia flutuar como moinhos de ventos no tempo, nos separamos e prontamente olhamos um nos olhos do outro, perguntei como ele estava, ele olhou para baixo e para mim novamente, afirmando estar bem, e que estava louco de vontade de me ver, eu fiquei sem jeito, perguntei o porquê disso, e ele disse que estava apaixonado, logo me parecia que eu estava sem ar, fiquei ofegante como se meu coração não coubesse aqui dentro, toquei com a ponta dos meus dedos nos dedos dele até chegar aos poucos a encostarmos as nossas mãos, e o beijei, como se nunca houvesse beijado alguém antes, e como se aquele beijo realizasse tudo que eu mais queria na minha vida, um sentimento puro e genuíno que meu corpo nunca conseguiu reconhecer, e que dessa vez eu tive a oportunidade de provar, aquele beijo durou um pouco mais de quarenta minutos, mas eu já esperava que fosse para uma vida inteira, quando voltamos da nossa viagem mental, ouvíamos vozes e gritos de nossos amigos, que estavam felizes pelo ocorrido, nunca fora um segredo que algo a mais estava dentro de nós dois quando estávamos juntos, em meio aos aplausos, olhamos um para o outro e eu senti que havia uma possibilidade de amor nos meus próximos dias a partir daquele ponto.

- Naquela noite, após nosso primeiro beijo, ele não saía de mim de forma alguma, rimos, dançamos e fizemos tudo o que se passava na mente, pela manhã nos despedimos, ele me deu um beijo no rosto, um beijo na testa e um beijo na boca por uns dois minutos, e o meu suspiro era tão afetuoso que eu sentia a paz penetrando em mim, nosso envolvimento era quase uma obra de arte, e eu estava mais do que perdidamente apaixonado, estava me alistando a viver o máximo de tempo possível ao lado dessa pessoa.

- Durantes as semanas seguintes, nós construímos uma rotina que era confortável para ambos, ele trabalhava o dia inteiro, e eu trabalhava apenas pela manhã, no fim da tarde nos encontrávamos no shopping perto de nossa faculdade, onde tomávamos um lanche, jogávamos jogos online ou simplesmente ficávamos curtindo a presença um do outro; o fim de Maio estava chegando, e num dos nossos encontros, Felipe me fez uma surpresa, desta vez ele chegou cedo ao shopping, e marcamos de nos encontrar em um Café, lá estava ele, tão bonito como sempre, com uma camisa verde clarinha e o mais lindo sorriso que eu já tinha visto, levantou, me abraçou bem forte como sempre fazia, puxou minha cadeira e pediu que eu sentasse, voltou para o lugar onde estava, ele me parecia empolgado, eu estava achando aquilo lindamente engraçado, ficou olhando para a xícara de café sobre a mesa, e aos poucos foi levantando seu olhar, com aqueles cílios compridos que revelavam aqueles olhos que me fazia ter vontade de levantar da cama todo santo dia, e ele sábia disso, logo me disse que teria algo importante a me dizer, e me deixou nervoso, pôs a mão esquerda no bolço, de onde tirou uma espécie de saquinho de pano preto, ele disse que eu estava fazendo ele ter dias melhores em vida, mal ele sábia o quão importante pra mim era ter ele ao meu lado, e o quanto aquilo me dava proteção, do saquinho ele tirou dois anéis, de madeira pintados de preto, e na parte interna dos mesmos estavam nossos nomes, calmamente ele voltou a falar do que sentia, e que estava nervoso naquele momento mas que deveria perguntar, eu estava imobilizado apenas aguardando o que ele iria dizer, pegou minha mão direta, pediu que eu a abrisse e pôs nela o anel onde estava seu nome gravado, me disse "- se você aceitar ter um relacionamento sério comigo a partir de hoje, ponha esse anel no seu dedo, pois ele será a representação do nosso compromisso", meus olhos pareciam estar cheios de lagrimas, mas eu não conseguia sentir nada naquele momento, apenas o sentimento de gratidão, por ter um ser tão maravilhoso na minha vista, o que ele também me queria ali, peguei o anel e pus no meu dedo na mão esquerda, beijei o mesmo e disse o quão tolo seria eu se não aceitasse aquilo que mais busquei, a felicidade; ele se levantou pegou o anel e o colocou no dedo, e me agradeceu por aceitá-lo em minha vida, eu levantei, o beijei no meio do café e o disse o quanto estava disposto a fazer de tudo para que nada faltasse para nós dois, principalmente amor, logo então fomos embora pra casa dele, nesta noite decidimos não ir a faculdade, aquela seria a nosso primeira noite juntos, por mais incrível que possa parecer, mas o sexo era nossa última preocupação, mas já estava na hora de descobrir o que estava por baixo daquelas roupas, e o que mais esse rapaz poderia me surpreender.

CONTINUA...

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