Myra e Jefferson

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2 de janeiro de 2014

Outra vez estou me mudando e não aguento mais isso, não sei se dessa vez é pra sempre ou se vou ter que passar por esse processo novamente, bom eu espero que não.
Meu pai tem um cargo alto em sua empresa e isso faz com que ele se mude muito, ainda mais agora que a empresa está de expandindo, tenho certeza que pra ele não faz muita diferença mas pra mim que sou adolescente faz. Todo ano é um lugar novo, nova escola, novos amigos, isso quando eu consigo fazer alguns.
Mas dessa vez eu quero fazer certo, estou chegando bem no começo do ano será mais fácil me enturmar.

1 de Fevereiro de 2014

Essa escola é totalmente diferente é pequena e tem poucos alunos, a diretoria ligou para os meus pais ontem à tarde dizendo que era pra eu me eencontrar com ela no início da aula em sua sala.

Quando eu chego vejo que tem outro aluno lá, alto, olhos castanhos com um olhar profundo e solitário, cabelo grande e meio bagunçado, vestido totalmente de preto, confesso que gostei dele mas vou parar de olhar se não ele percebe.
Bom acho que ele percebeu já começou a me olhar também e agora está rindo com um olhar tentador.

Jefferson: Não precisa ficar com vergonha garota! Você já me olhou de cima em baixo se gostou tanto assim pode continuar.

Com muita vergonha eu o respondo:

Myra: Não tenho culpa se você é tão bonito.

Não, não era pra ter falado aquilo mas infelizmente saiu, eu comecei a tremer e arregalei meus olhos morrendo de vergonha, mais do que eu já tava.

Quando eu chego da escola eu tomo um banho e desço para jantar, como sempre é só eu e a minha mãe já que o meu pai quase sempre está no trabalho. Janto e decido assistir um pouco de TV, minha mãe fica comigo jm pouco e depois vai dormir. Demoro um tempo e de repente sou puxada por pensamentos e na maioria deles quem aparece é o Jefferson, ele é tão lindo e parece ser gente boa. Desligo a TV e vou correndo para o meu quarto, já estava me esquecendo de fazer o planejamento que a diretora pediu para todos os alunos, faço o planejamento depois escovo meus dentes para ir dormir.

Acordo e a primeira coisa que vem na minha cabeça é o Jefferson, não deixo os pensamentos tomar conta da minha mente então levanto e faço as minhas higienes e tomo um banho, desço para tomar café da manhã e depois eu subo para pegar as minhas coisas da escola, me despeço da minha mãe e vou.

Quando eu estou perto da escola, escuto alguém correr, por curiosidade eu olho para trás e vejo o Jefferson correndo na minha direção, ele estende a sua mão fazendo um sinal para mim esperar, resolvo esperá-lo.

Jefferson: Oi Myra, tudo bem contigo?
Diz ele com um sorriso e um pouco fadigado.

Myra: Oi Jefferson, tudo sim e com você? Pergunto e lhe ofereço água, ele aceita e pega a minha garrafinha.

Jefferson: Que ótimo, estou bem também, Obrigada.
Diz ele estendendo a minha garrafinha para mim

Myra: Que bom, por nada. E aí, você fez o planejamento?
Digo e depois o vejo surpreso

Jefferson: Eu não acredito que eu me esqueci do planejamento, será que dá tempo de eu voltar? São 6:45, tenho 15 minutos ainda.
Diz ele com um tom apressado

Myra: Porquê você não pega o meu e vamos naquela lan house fazer uma cópia? Acho que ninguém irá descobrir.
Digo com um sorriso.

Jefferson: Seria muito incomodo para você. Diz ele com um tom preocupado.

Myra: Que nada, por mim tudo bem.
Digo e pego na sua mão e saío puxando para a lan house antes que ele mude de ideia

Chegamos lá e o moço da lan house nos fala

Moço da lan house: Se eu fosse vocês, eu não faria isso. Diz ele dando risada

Myra: Moço cadê?
Pergunto para ele com um tom sério

Moço da lan house: Cadê o quê?
Diz ele meio perdido

Myra: O momento em que a gente pediu sua opinião, eu tô procurando mas ainda não achei e se eu não achei é porque eu não pedi.
Digo irritada, odeio gente intrometida

O moço olhou para mim e deu uma risada sarcástica, e depois me deu uma piscada, aff que idiota. Depois disso eu falo pro Jefferson que vou esperar lá fora.

O Jefferson estava saindo da lan house e me disse:

Jefferson: Uou você é esquentadinha em (risos), muito obrigada por me ajudar Myra. Diz ele com uma cara divertida

Myra: Me desculpa por você ter presenciado isso! Por nada, quando você precisar é só me chamar.
Digo um pouco sem graça

Jefferson: Nem precisa se desculpar, eu gosto de gente assim. Te digo o mesmo Myra.
Diz ele e depois disso a gente começou a andar rápido para ir para escola.

*Sinal toca para entrarmos*

Eu entro na sala e sento na última fileira bem no meio, tinha um lugar vago do meu lado e o Jefferson se sentou lá. O decorrer das aulas foram bem, O Jefferson me perguntava sempre se eu estava entendendo e se eu queria ajuda, sempre agradecia quando ele me explicava algo que eu me perdia.

Antes do intervalo, ele me pergunta para onde eu vou na hora do intervalo.

Myra: Hum eu acho que irei para a biblioteca.
Digo ainda pensando para onde eu vou.

Jefferson: Eu só acho que lá embaixo das arquibancadas é bem melhor que a biblioteca. Diz ele e depois dá uma piscadela e um sorriso (óbvio que isso foi na brincadeira).

Myra: Se isso é um convite, ele está aceito. Digo-o devolvendo a piscada e damos risada

Fomos para o refeitório e pegamos nossas bandejas para escolhermos o que comer, eu pego várias frutas e um sanduíche, e depois eu espero o Jefferson terminar de escolher. Fomos para a arquibancada e lá embaixo tinha uma portinha quase escondida, ele pega uma chave e a abre. Nós entramos e eu fico maravilhada com o que há lá dentro, é uma mini biblioteca tão linda e aconchegante.

Myra: Uou, que lugar maravilhoso, como que você conseguiu a chave desse lugar?. Pergunto-o ainda maravilhada.

Jefferson: Esse é um dos meus passes livres por ser neto da fundadora dessa escola.
Diz ele feliz com a minha expressão maravilhada ainda.

Myra: Nossa, você é neto da fundadora da escola, isso deve ser maravilhoso. Falo ainda animada, esse lugar é lindo.

Jefferson: Nem é tanto, os professores pegam mais no meu pé, por causa disso. Diz ele meio cabisbaixo.

Nós comemos e ficamos mais um tempo lá e depois voltamos para o refeitório para colocarmos as nossas bandejas lá. Eu, em momento nenhum consigo deixar de olhar a beleza obscura que Jefferson tem. Decidimos andar um pouco nos corredores e depois de um tempo o sinal toca para voltarmos para a sala.

Na sala, as aulas ocorrem bem e o Jefferson ainda continuava oferecendo ajuda. Antes do sinal tocar para irmos embora, ele aproveita que a professora saiu por um momento e vem até a minha carteira.

Jefferson: Feia, seria muito incomodo você me passar seu número?
Diz ele um pouco tímido.

Myra: Claro que não ridículo, não precisa ficar com vergonha, eu não mordo.
Digo para ele sorrindo, enquanto passo meu número.

*Sinal toca*

Myra: Tchau Jefferson, te vejo amanhã. Digo e o abraço inesperadamente.

Jefferson: Tchau Myra, te vejo amanhã. Diz ele retribuindo o meu abraço bem sem graça.

Meu nome é Myra Onde histórias criam vida. Descubra agora