O Uchiha e EU | SASUSAKU

0.4

Eu ia xingar essa pessoa de todos os nomes possíveis, mas rapidamente fui calada pela beleza da pessoa à minha frente: ele mesmo, Sasori, meu crush. Ele apenas sorriu e me segurou quando eu perdi o equilíbrio; seria uma cena digna de um filme se minha melhor/pior amiga não tivesse passado a raba dela na gente, fazendo com que nós dois caíssemos no chão que nem merda.

E o impacto foi tão grande que eu achei que ia beijar ele, mas o coitado beijou o chão. Resultado? Um ruivo estava em cima de mim beijando o chão, enquanto eu estava sendo brutalmente esmagada ao receber olhares das fãs dele. Seria bem legal esfregar na cara delas o grego que estava em cima de mim se a situação não fosse trágica. Eu juro que tentei tirar ele de cima de mim, mas foi quase impossível por diferença de nossos pesos. Já a Yamanaka, ao invés de me ajudar, ficava rindo igual a uma hiena.

─ E aí, Sasori, o beijo com o chão está bom? ─ a garota da fila da cantina, Konan, começa a rir. Suspiro aliviada quando a pobre alma gentil tira aquele peso de deus e aquela beldade de cima de mim.

E o que ele fez? Apenas levantou o dedo mediano para ela e me ajudou a levantar, completamente vermelho. Agora não tínhamos mais platéia, pois Kakashi falava com uma voz incrivelmente animada, o que realmente nos chamou a atenção.

─ Me desculpe, além de ter esbarrado em você, eu acabei caindo.

Soltei um riso nervoso, em seguida olhei para seus olhos castanhos.

─ Sem problemas, eu sou bem estabanada.

─ Nessa multidão não tem como enxergar quase nada, mas foi falta de atenção minha. ─ ele diz, soltando minha mão. A garota de cabelos com coloração lilás nos olhava com tédio, em seguida puxou o ruivo, dizendo que queria ficar lá na frente, sumindo com meu crush na multidão.

─ De nada. ─ Ino, aquela sem noção, balbucia em meu ouvido. Eu apenas estava sentindo formigamento onde ele havia pegado, distraidamente falei:

─ Cara, nunca mais eu lavo essa mão.

¤ · ¤ · ¤ · ¤

Abri a porta de casa, dando de cara com minha mãe lendo revista enquanto bebia chá de camomila ao passar as páginas. Aquilo não significava algo bom, sempre que ela fazia aquilo, significava cagada.

Tentei passar por de trás do sofá despercebida, mas aquela mulher que parece farejar merda no ar, apenas vira a cabeça e me olha com os olhinhos verdes parecendo inferno. Se ela não fosse minha mãe eu a compararia com aquelas bonecas de filme de terror, que entortam a cabeça de um jeito enigmático.

─ Sakura Haruno, mal começou as aulas e se atrasou? Que história é essa? ─ ela diz, massageando as têmporas.

─ Mãe, você sabe como a Ino é lerda quando se trata de comer, não é? ─ murmurei, me jogando no sofá ao lado dela. Eu realmente sinto que não tenho amor à vida.

A mulher de cabelos loiros pousa a xícara na mesa, silenciosa. Eita, tinha mais coisas. Será que ela descobriu que eu gastei o dinheiro dela no cartão?

─ Isso é o de menos. O que seu quarto faz bagunçado? ─ ela suspira, colocando a mão na testa. ─ Eu vou trabalhar agora e quando voltar quero ver seu quarto brilhando. A não ser que queira dormir de bunda quente, garota.

Neguei com a cabeça freneticamente, assustada. Da última vez que dormi de "bunda quente", parecia que ela havia arrancado minha bundinha; confesso que até hoje não me esqueço do que minha bundazinha sofreu.

Ela se levanta, alegando que minha comida estava na geladeira e era só pra esquentar caso quisesse comer, e foi trabalhar. E meu pai? Bem, meu pai...cadê meu pai?