0.3

7.2K 642 1.1K
                                    

Quase pulei da cadeira quando o sinal que indicava o intervalo tocou, mas fui contida por minha amiga atrás de mim.

─ Calma, retardada. Se quiser morrer atropelada, me fala, porque eu arranjo um carro e passo por cima de você. ─ ela resmunga, apontando para os alunos que corriam desesperadamente.

Pra que inimigos se você tem Ino Yamanaka?

─ Eu estou com fome e a fila vai encher, quero ver se tem algum novato. Estou cansada de olhar para essas mesmas caras feias todos os anos.

─ Vamos logo, então.

Me levantei, acenando para o professor e segui a passos rápidos com Ino até o refeitório. De nada adiantou, porque a fila estava enorme. Não acreditei quando vi algumas pessoas brigando por migalhas de coxinha.

─ Dá licença aí, calouras. ─ alguém fala atrás de nós, com uma voz feminina invejável. Claro que eu já sabia quem era né. Konan, uma dos veteranos. Ela é conhecida por fazer parte do clube de jornalismo da escola, e também é bem pervertida; pra nossa sorte ela não é metida.

Ah! E Ino quer muito pegar ela. Por isso a baba ovo deixou Konan passar na frente. Eu mereço; depois ela reclama quando cobro por isso.

Olhei ao redor, procurando algum garoto bonitinho, aproveitando que a fila estava parada, e avistei a mesa que eu e minha melhor amiga costumamos ficar. Estava ocupada por uma garota de cabelos escuros e olhos...um tanto anormais.

─ Quem é aquela? ─ perguntei para a loira, curiosa. ─ Deve ser novata.

─ Eu ouvi rumores sobre ela, dizem que ela tem parentesco com o Neji. ─ nós nos entreolhamos, espantadas. ─ Mas ninguém liga pra ela, porque...ela é bem estranha. Olha só. ─ Ino aponta para a lancheira da menina, que para mim era bem normal levar lanche para a escola.

Eu ia dizer para minha amiga que não tinha nada de estranho levar um pote com comida para a escola, até eu ver a novata tirar um rabanete da lancheira. E ele não estava fatiado, estava inteiro; ela...ela...mordeu o rabanete como se fosse maçã...

Me virei para frente rapidamente, horrorizada. Dava vontade de gritar para os quatro cantos dessa cantina: "QUEM DIABOS COME RABANETE SEM LAVAR OU FATIAR?".

─ Viu só? Vou comprar cinco coxinhas. ─ ela puxa uma certa quantia de ienes do bolso, perplexa enquanto fazia seu pedido. Peguei meu dinheiro também e pedi para a moça me dar uma fatia de bolo, três coxinhas e uma lata de Coca-Cola. Eu sou uma caloura fitness. Eu e Ino ficamos jogando papo fora sobre o yakult que o diretor tinha no freezer, até nosso pedido chegar e nós comemorarmos com a dança da baleia.

─ Lá vem o interesseiro. Tira o olho da minha coxinha! ─ a loira esbraveja, olhando para a pele pálida de Sai.

Sai é um calouro também, de vez em quando ele está com nós duas - lê-se: quando tem comida -, nos conhecemos quando ele fez um retrato da Yamanaka e ela quase bateu nele porque ele tinha a engordado no desenho.
Eu por outro lado achei uma arte.

─ Sai, Sai. ─ murmurei, começando a rir por causa da pronúncia. Os pais dele eram dementes em colocar esse nome no coitado só pode.

─ Vim fazer um trato com a loira oxigenada.

─ Loira oxigenada é sua mãe. ─ Ino pronuncia, se sentando na mesa onde se situava a garota estranha. Ela usava roupas de unicórnio, não tinha nada além de unicórnios. Meu pai amado.

─ E aí. ─ falei, olhando para ela.

─ O-oi.

Tudo bem, ela era aquelas garotas de anime que são fofas ao extremo e completamente tímidas. Estendi minha mão, vendo-a soltar o rabanete mordido no pote e limpar a mão antes de apertar a minha.

O Uchiha e EU | SASUSAKU Onde histórias criam vida. Descubra agora