A Esposa de Jamie West - Livro 2 - Duologia Jamie West

Capítulo 2

11 de Dezembro de 2016 - domingo

Laura passou pela porta do meu quarto, cantarolando uma melodia, enquanto eu pintava as unhas dos pés. Observei ela sentar na cama cruzando as pernas e olhar para mim.

– O que está fazendo? – pergunta e ergo um dos meus pés, levando ao seu rosto.

– Pintando minhas unhas!

– Tira esse pé do meu rosto. – resmunga rindo e acho graça também.

– Então, vai me contar o por que dessa felicidade toda? – indago voltando para minhas unhas.

– Rodrigo e eu saímos ontem para um jantar e eu estou me sentindo nas alturas! – conta maravilhada e sorrio.

– Estar nas alturas acontece quando estamos apaixonados, mas agora me conta, saiu ontem e está voltando só agora de tarde?

Vejo sua face avermelhada e seus ombros caírem.

– Acabei perdendo a hora! Quando acordei já era tarde e se não fosse pelo Rodrigo teria vindo antes, mas ele insistiu em almoçarmos juntos e eu não resisti.

Termino de pintar, passando o fixador de esmalte e logo depois guardo tudo tomando cuidado para não borrar.

– E vocês ficaram juntos? – pergunto curiosa.

– Não, eu apenas dormi na casa dele. Quando acordei hoje, ele estava me olhando com aqueles olhos verdes carinhosos.

Sorrio de sua cara boba e apaixonada e imagino que eu também seja assim quando vejo Jamie.

– Rodrigo é mesmo uma pessoa especial e você merece alguém como ele.

– Eu mereço mesmo! – diz e sorrio.

– Ah, nem acredito que você está apaixonada.

– É inacreditável que nós duas estamos apaixonadas. – ela murmura vindo me abraçar.

– Que loucura!

– Muita! Ah, lembrei que vocês, meninas, tem uma tarefa a fazer. – recorda e vinco minha testa.

– Que tarefa?

– Bom, era uma maneira de você se aproximar das meninas que concorrem ao coração do chefe, mas já que você também está no meio disso, não faz mais tanto sentido.

– Realmente não faz. – afirmo interrompendo-a e ela me olha com uma sobrancelha erguida.

– De qualquer forma, eu havia colocado como lista de coisas a se fazer e bem, você e as outras terão que ir.

Inspiro fundo soltando o ar com força e caio de costas na cama.

– Não existe uma maneira de dizer que eu estou impossibilitada?

– Não!

– Ah, Laurinha, juro que ver Laila e Daisy é tudo que eu menos preciso.

– É uma pena porque eu tinha quase certeza que você iria adorar a atividade de hoje. – lamenta e bufo fitando o teto branco do quarto.

– E que atividade é essa? – pergunto de uma vez.

– Montar a árvore de Natal!

Levanto-me rapidamente da cama e escuto sua risada.

– Montar a árvore de Natal? – pergunto só para ter certeza de que ouvi certo.

– Sim, você e as outras.

– Pode contar comigo! Montar a árvore é a coisa mais prazerosa que existe! – murmuro feliz.

– Eu diria que existe coisa mais prazerosa que isso, mas se você diz que é montar a árvore de Natal, não sou eu que vou desmentir. – diz com segunda intenção e cresço meus olhos pegando um travesseiro e batendo em seu corpo.