Capítulo 7

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17 de Dezembro de 2016 - sábado

Eu descia as escadas junto com Esther para irmos tomar café da manhã, quando Daisy chegou. Eu queria ignorá-la e estava disposta a isso, mas ela não queria uma trégua.

Sinceramente? Eu me sentia em um daqueles filmes em que a mocinha sofria nas mãos da malvada, a única diferença aqui era que eu não deixava barato.

– Olá, Ariel! Esqueci de lhe perguntar ontem se Richard beija bem? – ela inicia e cruzo meus braços.

– Beijo? – ouço Esther surpresa e suspiro.

– Não liga para o que essa louca diz. – peço à Esther e volto para Daisy. – Por que não me deixa em paz?

– Eu só queria dizer que fiquei a noite toda agarradinha com Jamie! Me senti muito triste por não estar na festa para ver esse momento.

– Mentiroosaaa! – canta Esther me fazendo rir. – Jamie nem sequer dirigiu uma palavra a você.

– Tem razão Daisy, agora me sinto muito triste por não ter visto este momento. – digo deixando-a irritada.

– Não gastem a felicidade de vocês. – avisa. – Quando Jamie me escolher, quero ver rostos felizes. Lembrarei de mandar os convites do casamento!

– Eu não sabia que amebas sonhavam? – murmuro surpresa. Escuto Esther rir e vou junto não me segurando.

– Ontem foi apenas o começo, peixinho!

– Não vai ganhar nada sendo má, Daisy. – afirma Esther.

– Quer que eu seja uma mosca morta como você? Sinto muito lhe informar florzinha, mas para conseguir o que queremos, temos que mover alguns pauzinhos.

– E isso significa destruir a felicidade de outras pessoas? – pergunto.

– Apenas faço aquilo que é necessário para a minha felicidade.

– E o que seus pais diriam sobre isso?

– Eles me ensinaram tudo o que sei. Garantir um homem rico e ainda por cima bonito é a minha missão. – ela assegura e suspiro balançando a cabeça.

– Você pode até sair ganhando Daisy, mas uma hora tudo vai desmoronar. Não se pode construir uma vida com maldades e mentiras e esperar que tudo dê certo.

– Espere e verá!

Daisy saiu girando o corpo e devido ao salto alto e fino, acabou por si mesma tropeçando e caindo no chão feito um galho de uma árvore. Só pude ouvir o suspender de meu ar e de Esther, mas logo em seguida nos pusemos a rir. Ela realmente parecia um galho de árvore despencando.

– É o que se ganha por tentar fazer o mal, Daisy. – digo recebendo seu olhar de ódio.

– Estúpida! Parem de rir de mim! – exige e respiro fundo olhando-a.

– Eu realmente sinto pena de você.

De repente, noto Daisy fazer bico e fungar o nariz baixando a cabeça. Fico apreensiva por pensar que ela possa ter se machucado.

– Daisy! – escuto a voz preocupada de Jamie e olho para trás vendo-o descer os degraus com rapidez e se agachando ao seu lado. – O que aconteceu?

Assisto a cena se desenrolar sobre meus olhos, notando o quanto Daisy mudou da ira para tristeza em questão de segundos. Seria possível que ela estivesse fingindo?

– Jamie, meu tornozelo está doendo. – ela choraminga e sinto meus olhos revirarem involuntariamente.

– Acha que machucou? – Jamie perguntou preocupado.

A Esposa de Jamie West - Livro 2 - Duologia Jamie WestOnde histórias criam vida. Descubra agora