Capítulo 9

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** Sam on **

Bato na porta onde Diana entrou chamando por seu nome mas ela não responde, fico preocupado e entro dentro do banheiro, encontro ela caída ao lado do vazo o qual tinha muito vomito, dou descarga e a pego em meus braços, saio pelo fundo para que ninguém a veja daquela forma e a coloco no banco de trás do meu carro. Volto para o bar e aviso seu amigo Pedro que vou leva-lá para casa.

Chego no apartamento dela e o porteiro diz que não tem ninguém, decido levá-la para minha casa. Assim que chegamos desço ela do carro em meus braços e coloco-a na cama, ela resmunga alguma coisa e volta a dormir.

Deixo Diana no quarto e vou deitar no sofá, quando o telefone dela começa a tocar dentro de sua bolsa, ignoro as primeiras chamadas mas não para de tocar, abro a bolsa para procurá-lo e colocar no silencioso pois não estava me deixando dormir, no visor era Gabriel. Não sei de deveria atender e dizer que ela está bem. Atendo.

- Hãann... Oi Gabriel.

- Sam? Onde está Diana?

- Então, ela não estava se sentindo bem, fui levá-la para casa e não tinha ninguém... Ela está dormindo. Não se preocupe, cuidarei dela. - Falo sem graça.

- Ok, se acontecer alguma coisa ela eu mato você.

- Não vai acontecer.

- Beleza, quando ela acordar mande me ligar.

- Ok. -

Desligo o telefone e vou colocar de volta na bolsa de Diana quando encontro um pacotinho com um resto de maconha, papel de seda, colírio... Não preciso ser policial para saber o que significa isso, ainda mais pelo comportamento dela mais cedo, não posso negar que sinto uma pontada de decepção.

Não consigo dormir, fico revirando a noite toda. Algumas vezes levanto e vou até o quarto ver como está Diana. Ela está mais perdida do que eu pensava. Fico imaginando se devo tocar no assunto, não sei se temos intimidade para isso, não devo me meter na sua vida.

Quando o dia amanhece faço um café da manhã para mim e Diana e vou até o banheiro do quarto onde ela ainda está dormindo para tomar um banho. Demoro um tempo pois fico pensando no que dizer enquanto tomo banho, quando saio do banheiro com uma toalha amarrada na cintura vejo diana deitada de lado já acordada, ela me observa dá um sorriso e fica vermelha.

- Bom dia. - Falo.

- Bom dia, onde estamos? - Ela pergunta observando o lugar

- Na minha casa.

- Ah tá....

- Precisamos conversar, sobre ontem. - Ela me olha talvez um pouco assustada com minhas palavras, olha para suas roupas e diz

- Nós... ée - Aponta o dedo para mim e depois para ela mesma.

- Não. Nós não fizemos nada- Respondo constrangido já entendendo sua pergunta.

- Ata. - E suspira. - Sobre o que quer conversar ? - Pergunta em seguida.

- Deixa eu me vestir primeiro. - Respondo.

- Hmm, porque? Estou apreciando a vista. - Levanta seu pescoço apoia o cotovelo na cama e segura a cabeça com a mão me encarando, começo a ficar sem graça e dou um sorriso balançando a cabeça.

- Ainda está bêbada? - Pergunto tirando sarro da sua cara.

- Talvez. - Ela responde ainda me encarando.

Pego um terno de roupa e vou para o banheiro me vestir. Saindo de lá pego o pacotinho dentro de sua bolsa e vou até o quarto onde Diana ainda está deitada. Levanto o pacotinha para ela a qual faz uma cara de assustada o puxando da minha mão com rapidez.

- Porque estava mexendo nas minhas coisas? - Pergunta irritada.

- Seu telefone estava tocando a noite toda e não me deixava dormir, aliás Gabriel pediu para você ligar para ele. - Faço uma pausa e ela não diz nada. - O que isso estava fazendo dentro da sua bolsa Diana? - Ela desvia o olhar ainda sem me responder. - Porra Diana, você está usando essas coisas? Eu não acredito nisso - Falo alterando um pouco a voz e colocando as mãos na cabeça. - Que merda você pensa que está fazendo da sua vida?

- Suicídio a longo prazo é tudo isso aí que "nois tá" fazendo. - Não esperava esse tipo de resposta, fico sem reação ao ouvi-lá.

- Por quê? - Pergunto já mais calmo.

- Você não sabe como é se sentir errada o tempo todo, carregar uma culpa dentro de você. Me sinto como se eu fosse explodir a qualquer momento. - Ela diz sem olhar para mim, vejo seu rosto ficar rosado e seus olhos ficarem marejados.

- Seja lá o que for essa culpa, encare ela de frente. Não a deixe derrubar você. Seja forte. - Falo me aproximando dela e coloco a mão em cima do seu ombro. Ela olha para mim e diz

- Obrigada, mas não precisa de se preocupar.

- Eu não preciso. Mas eu quero.

- Não consigo, eu já tentei. Não tenho motivos para ficar sóbria.

- Eu não posso ser um motivo? - Falo colocando a mão sob a sua. Ela fecha os olhos e me abraça. Ficamos alguns longos segundos assim até que ela diz:

- Não quero ser um fardo para você.

- Você nunca será um fardo para mim. - Falo passando a mão em seus cabelos. Ela permanece em silencio me abraçando ainda, ela me solta e diz

- Tudo bem.

- Quer me contar o que é que tanto pertuba você?

- Não sei se ainda estou pronta para falar disso.

- Ok. - Disse dando um beijo em sua testa. - Quando se sentir pronta estou aqui para ouvi-la, saiba que não julgarei você sobre qualquer coisa que tenha acontecido.

- Obrigada.

- Mas você tem que parar com as drogas e o cigarro, diminuir a bebida. Senão nunca vai conseguir.

- Prometo que pararei com as drogas e o cigarro, pelo menos farei o possível para parar.

- E a bebida?

- Vou diminuir.

- Certo. - Digo satisfeito com o rumo de nossa conversa. - Vou confiar na sua palavra, agora vá tomar um banho que está fedendo vômito e bebida amanhecida. - Falo jogando uma toalha em cima dela e começo a rir com a cara que ela faz.

- SAM!!!

- O que?

- Estou fedendo mesmo ? - Diz cheirando sua roupa.

- Não, mas é bom para melhorar essa cara de ressaca. Fiz café da manhã para nós, não demore.

- Tudo bem. - Pega a toalha sorrindo e entra no banheiro, minha vontade é de entrar junto com ela, mas levanto e vou para a cozinha.

Diana estava demorando no chuveiro, comecei a ficar preocupado. Até que ela desligou e após alguns minutos entra na cozinha com o cabelo molhado, vestida com uma camisa minha que serviu de vestido para ela e com os olhos vermelhos.

- Você está linda. - Falo e ela da um sorriso.

- Espero que não se importe, minha roupa estava suja de vomito e eu realmente estava fedendo. - Ela da um sorriso forçado.

- Ficou melhor em você do que em mim. - Falo me referindo a camisa. - O que foi? -Pergunto ao ver seu rosto ficar mais vermelho e alguma lágrimas começando a cair. Puxo ela até mim e a sento em meu colo a aninhando em meus braços.

*——-*
Oi gente!
Me desculpe pelo capítulo pequeno e desculpe também se tiver algum erro. Ainda não fiz revisão .

Me digam o que estão achando e o que esperam da história, ideias são bem vindas !!

Não esqueçam de avaliar se tiver gostando! Obrigada ! 💕

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