Capítulo 10

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Oi gente! Tudo bem com vocês?
Gostaria de indicar mais um livro: O poder de uma vingança da Uma_Rainha
Vocês vão adorar  😍

Se preparem para várias emoções nesse capítulo hein!!!

+18

**Diana on**

Deitei no ombro de Sam e ele ficou passando a mão em meus cabelos molhados sem dizer uma palavra.

- Vou pegar uma água. - Falei e levantei. - Você quer? - Perguntei a Sam.

- Não, obrigado. - E ficou me observando preocupado. Sentei em uma cadeira na sua frente, coloquei o copo d' água e as mãos em cima da mesa.

- Ok, vamos lá. - Fechei os olhos e respirei fundo, tocar naquele assunto era muito dolorido para mim, mas eu precisava conversar com alguém sobre isso e sentia que essa pessoa era Sam, o conhecia a tão pouco tempo mas eu confiava nele.

- Se não está pronta não precisa falar sobre isso. - Disse colocando a sua mão sobre a minha.

- Tudo bem, eu quero falar. - Disse dando um sorriso forçado. - Bom, era domingo, morávamos em uma fazenda não muito longe da cidade. Gabriel não estava em casa, ainda estava na faculdade resolvendo alguma coisa, ele ia para casa na terça-feira. Minha mãe preparava o almoço e meu pai assava carne no quintal de casa, ele já tinha bebido mais da metade de uma garrafa de whisky  sozinho, meu pai era uma ótima pessoa quando estava sóbrio, mas quando bebia ficava caçando briga com todo mundo, especialmente com minha mãe. - Faço uma pausa e olho para Sam que está prestando atenção em cada palavra que eu digo. E então continuo. - Eu estava no meu quarto desfazendo minha mala, pois tinha acabado de chegar da faculdade para passar as férias em casa. E começo a escutar gritos vindo lá debaixo, vou correndo ver o que estava acontecendo e meu pai estava brigando com minha mãe, ela fala para eu não entrar no meio e subir para meu quarto, mas eu não a obedeço e entro no meio dos dois, meu pai me empurra em uma porta de vidro que tínhamos em casa, ela quebra em vários pedaços e corta meu braço. - Passo a mão sob a cicatriz daquele dia, Sam segura meu braço e olha. - Minha mãe entra em desespero pois estava saindo muito sangue, ela me leva ao hospital e meu pai sai de casa na camionete. Até segunda a noite ele ainda não tinha chegado em casa . Gabriel ia chegar no outro dia e minha mãe estava preocupada com meu pai, então peguei nosso carro e fui procura-lo em todos os bares que eu sabia que ele tinha costume de frequentar até que o encontrei, ele estava bêbado e não queria ir embora, sentei no bar onde ele estava e disse que não sairia de lá enquanto ele não fosse embora, depois de algum tempo eu o convenço a ir embora. Entramos dentro da camionete e eu deixei o carro que eu estava estacionado na rua. - Respiro fundo e tento conter as lágrimas que tentam cair, sinto um nó formar em minha garganta e começo a chorar de novo. - Eu tinha usado drogas naquele dia, não vou mentir para você - Falo em meio aos soluços. - Eu estava muito estressada, minha ansiedade estava me matando, as brigas dos meus pais eram frequentes desde de criança, isso me atordoava e eu precisava desligar um pouco esse turbilhão de sentimentos que eu sentia de uma vez só. Então estávamos alterados e começamos a brigar dentro do carro, eu desviei o olhar por um segundo da estrada, estava vindo um caminhão. -Fecho os olhos, sai um ar pesado de meus pulmões. - Eu matei meu pai.... - E começo a chorar desesperadamente. - Eu o matei.... se eu tivesse escutado minha mãe e não entrado na briga dos dois, se eu não tivesse usado drogas aquele dia...

Sam se levanta e vai até a mim, me puxa e me abraça. Depois de algum tempo abraçados eu já estava acalmando o choro, ele segura meu rosto e me olha nos olhos.

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