Capítulo 50

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Há um tempo em que eu lembro
De quando nunca me senti tão perdido
De quando todo o ódio
Era poderoso demais para ser parado
Agora, meu coração parece como uma brasa
E está iluminando a escuridão
Eu vou carregar essas tochas por você
Para que você saiba que eu nunca vou deixar-las cair, sim

Memories - Maroon 5

SAM

Sai do quarto andando com a ajuda das muletas e Diana foi se trocar no seu quarto. Ao chegar na cozinha deparei com todos sentados em volta da mesa.

- Vocês demoraram, então começamos sem vocês. - Disse Marcela.

- Sem problemas. - Sorrio.

- Pelo tamanho do sorriso, a noite de reconciliação foi boa. - Falou Pedro me olhando com uma cara totalmente petulante.

- Pedro! - Repreendeu Anne. - Guarde sua língua venenosa. - E deu uma cotovelada nele.

- Aí, me deixa. 

Marcela e Gabriel só observava, poderia ver que Gabriel não estava muuuuuito contente com minha presença, talvez possa ser ciúmes da irmã. E também receio por tudo que ela passou por minha causa. Sem graça, sentei mais na beirada na mesa, deixando um espaço vazio entre mim e Marcela para que Diana sentasse.

- Sivar-se. Fique à vontade - Disse Marcela.

- Obrigado. - Na verdade fiquei um pouco na duvida se esperava Diana, mas escutei ela descendo as escadas segundos depois, o que me aliviou um pouco. Ainda me sentia como um intruso ali dentro.

Ela chegou, deu bom dia para todos me passou um prato e nos servimos da comida maravilhosa que a mãe dela fez.  Enquanto comia eles conversavam, coisas aleatórias. Eu só observava na verdade, só comia.

- Diana, não se esqueça da sua consulta amanhã cedo. - Disse Marcela, o que me chamou um pouco a atenção e olhei para Diana.

- Ah... é mesmo. Já havia me esquecido. - Continuei olhando para ela afim de tentar descobrir o que era.

Será a consulta com o psiquiatra que ela tinha falado mais cedo?

- Posso ir com você? - Perguntei.

Ela sorriu. 

- Pode sim.

Uma coisa "simples" que era ir ao médico com ela, me deixou tão feliz. Senti que realmente estava começando a fazer parte da vida dela novamente.

(...)

ANNE

Acabamos o almoço e fui ajudar Tia Marcela a retirar a mesa e lavar a louça. Ela negou ajuda, mas insisti mesmo assim, e ela acabou sedendo. Eu estava sem nada para fazer e queria ocupar um pouco meu tempo, além de ser uma ótima desculpa para não ficar olhando para o Gabriel 20% do meu tempo e os outros 80% disfarçando para ninguém perceber que estou olhando.

Enquanto lavava a louça, fiquei pensando sobre ontem.

Eu estava voltado da cozinha quando trombei com ele quase na entrada, e derrubei todo o gim que eu tinha preparada para mim na blusa branca dele, a bebida a deixou transparente na parte em que estava molhada, o que me fez ficar mais nervosa ainda que eu já estava. Peguei um pano de prato e fui tentar limpar a merda que eu tinha feito e me desculpando ao mesmo tempo.

- Me desculpe mesmo, eu sou muito desastrada. - E esfregava o pano em seu peito tentando limpar a mancha. Já estava convencida de que aquilo não ia adiantar nada, quando ele me segurou pelo pulso.

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