Depois de um tempo fui estudar em outra escola, sempre sozinha, sempre a estranha, minha vida cada vez não tinha sentido, o vazio me dominava, pensamentos suicidas parecia como uma avalanche em mim, me tornei uma pessoa triste, oca por dentro, em casa minha mãe fazia questão de jogar na minha cara que eu estraguei a vida dela, até eu descobri a verdade.
Ela havia feito um pacto com o Diabo pra ficar rica, mas ela deveria oferecer a vida de uma filha dela virgem em sacrifício quando a criança completasse 10 anos de idade, como meu irmão me violentou eu não prestava mais, e me criar era um castigo pra ela. Claro que esta descoberta só piorou meu estado pois eu descobri através de um diário dela.
Com o passar do tempo passei a me cortar, cada vez que passava a gilete em meus braços me sentia um pouco melhor, não sentia dore mas aliviava as crises que tinha em meu quarto de ansiedade e choro, com as roupas de rokeira eu escondia os cortes, escondia a minha dor, até que um dia enquanto tomava banho cortei meus pulsos, tudo que queria era morrer e acabar com aquela vida de sofrimento.
Já fraca via meu sangue indo pelo ralo abaixo, minha mãe estranhando a demora no banho entrou no banheiro, depois disso eu desmaiei, mais uma vez a cena se repete, estava no hospital, meus braços com curativos, em um braço tomava soro e outro sangue pra repor que eu perdi, desabei em lágrimas pois me senti uma imprestável, não fazia nada certo, nem pra morrer eu prestava.
Depois que eu recebi alta eu passei a tomar medicamentos pra depressão, minha mãe dizia que eu deveria ter morrido pois estava dando trabalho demais, eu dizia que se ela queria que eu morresse porque me salvou? Ela abaixava a cabeça e saia de perto de mim sem dizer nada.
Com um tempo arrumei alguns amigos que também era rokeiros, com eles aprendi a fumar maconha e usas LSD, mas nada disso preenchia o vazio em mim, eu ia em cemitérios pois lá me sentia bem, saia a noite pre festas de rock, bebia com meus amigos, chegava em casa bêbada e ia dormir, acordava e ficava em meu quarto, pois a minha mãe pediu que eu privasse ela de ver meu rosto quando tivesse em casa, então foi que eu fiz.
Minhas notas era boas, mesmo eu matando aulas tirava as melhores notas da minha sala, com 15 anos uma duvida me cercava, qual era a minha sexualidade? Conheci Bruna uma garota gótica que senti uma atração por ela, durante 3 meses nós namoramos até eu terminar com ela pois eu soube que lésbica eu não era, isso depois de eu ficar com um colega meu, mas resolvi ficar quieta pois eu não ia me tornar quem não era.
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Diário de uma depressiva
Non-FictionEsta história é baseado em fatos reais, aqui escrevo que passou na minha vida, o sofrimento, as dores, agressão física e psicológica. Os nomes dos personagens foi mudados, pois não posso relatar nome de ninguém, neste livro relato que aconteceu dura...