Querido Diário parte 04

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Acordo em um hospital com um médico me olhando, ele disse que eu tinha ficado em coma por 2 meses, a minha mãe quase perdeu minha guarda, mas deram uma segunda chance pra ela, semanas depois eu recebi alta e fui pra casa. Minha irmã teve um filho que depois do resguardo ela foi embora deixando seu bebê com minha mãe.

Claro que sobrou pra mim, com 9 anos tinha que cuidar de um recém nascido, e pra mim era injusto porque eu deveria me responsabilizar por uma criança que nem minha era? O tempo passou minha irmã voltou pra casa, sempre eu discutia com ela, meu sobrinho já com dois anos ele fazia cocô no penico e gritava : Já fez!  Geralmente ele fazia isso já que era pequeno e não sabia limpar sua bunda.

Minha irmã dizia que era pra mim limpar ele, eu reclamava que quem pariu e abriu as pernas pra um macho de rua foi ela não eu, que ela como mãe deveria limpar o cu de seu filho, ela começava a brigar comigo pois estava com sono e queria dormir, claro que eu não deixei baixo, falei que ela deveria ta com sono mesmo depois que ela fudeu a noite toda, mas o filho era dela não meu. Minha mãe vinha e obrigava ela cuidar do filho.

Mesmo com minha mãe me desprezando ela tinha diminuído suas agressões, mas me doía todas as vezes que dava carinho aos meus irmãos e comigo ela me olhava com nojo, suas palavras doía mais que as surras, pois ela me chamava de vagabunda, filha maldita do meu coração, desgraça, peste maldita, filha do diabo entre outros nomes.

Na escola eu sofria bulling, por ser calada e quieta me colocavam apelidos, bicho do mato, esquisita, doente mental, estranha do capeta, feia, ridícula, nerd, quatro olhos por eu usar óculos, dente de ferro por eu usar aparelho, entre outros nomes, e todos os dias eu apanhava de um grupo diferente na escola.

Já com 13 anos eu estava na sala e quebrei sem querer um vaso de flores que meu irmão comprou de presente pra minha mãe, ela me bateu com um pedaço de ripa, ela me bateu demais, eu tentei correr, mas acabei tropeçando e caindo no chão batendo minha cabeça na quina da escada, ainda tonta com a cabeça sangrando eu escutei minha irmã falar: Mãe que você fez? Depois disso acabei desmaiando....

Diário de uma depressiva Onde histórias criam vida. Descubra agora