Capítulo 9

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O labirinto infinito

Junto com a Irace, comecei a observar o lugar. Enquanto a névoa ia desaparecendo, partes aterrorizantes do local vinham a tona. Pelo chão havia sangue, muito sangue. Olhei com atenção para as paredes e vi que parte da vegetação havia sido arrancada, como se alguém estivesse lutando para se agarrar em alguma coisa e não ser puxado.

Emmet: – Irace, o que estamos fazendo aqui? Que lugar é esse?

Rainha Vermelha: – Acho que a pergunta não é exatamente o que, mas porque, tenho certeza que isso é obra daquele clã maldito!

Emmet: – Antes de chegarmos aqui, tinham quatro pessoas encapuzadas na torre do castelo, não consegui enxergar mais nada depois que a fumaça me pegou. Assim que inalei aquilo parecia que eu estava drogado sei lá.

Rainha Vermelha: – Ah é claro, eu já suspeitava, estamos no labirinto infinito

Emmet: – Como é que é?

Rainha Vermelha: – É isso aí Emmet, não podemos fazer muita coisa, é inútil! O clã nunca colocaria uma saída!

Emmet: – Silêncio! Ouviu isso?

Rainha Vermelha: – Isso o que?

Parecia ser o som de passos apressados, alguém estava correndo nos corredores mais a frente. Após os passos, ouvimos barulhos estranhos, rugidos e um grande clarão veio do centro do labirinto e iluminou o céu. Começamos a correr desesperadamente, mas para a nossa infelicidade, o labirinto começou a se encher de névoa novamente. A área onde estávamos foi tomada por um nevoeiro muito denso, que se espalhava devagar, aparentemente inofensivo. Mais a frente vimos que parte dos corredores estavam livres da névoa. Descansamos por uns minutos, mas como se não bastasse, o nevoeiro se tornou ácido e venenoso, mudou sua coloração para roxa, começou a vir do lado norte e estava chegando até nós, o veneno começou a fazer queimaduras nos meus braços, eles estavam vermelhos e ardiam muito.

Emmet: – Irace a névoa vai matar a gente, não vamos conseguir correr por muito tempo! Faz algum escudo com sua magia!

Rainha Vermelha: – Está bem, mas não sei se vai funcionar!

Iracebeth tentou como pôde mas o escudo não estava funcionando, de alguma forma o labirinto ou a própria névoa estava interferindo em sua magia. De repente, ouvimos passos novamente e alguém estava vindo de dentro da névoa gritando: - CORRAM DEPRESSA!

Era a rainha branca logo atrás, continuamos a correr na esperança de não sermos mortos pelo nevoeiro, de alguma forma, as rainhas foram fracamente atingidas pelo veneno. Fiz as rainhas pararem, não aguentava mais.

Emmet: – Olha, isso não vai adiantar, vamos morrer, por favor tentem outra coisa, juntem seus poderes e criem um escudo protetor para nos salvar, ainda precisamos sair vivos daqui!

Irace e Mirana uniram suas magias e finalmente conseguiram criar uma espécie de guarda-chuva. Ficamos algumas horas encostados em uma das paredes do labirinto esperando a névoa passar. Meus braços ardiam muito, estavam queimados, parecia ácido clorídrico despencando do céu. Arranquei algumas folhas das paredes e fiz uma espécie de atadura nos dois braços.

Enquanto o tempo passava, observamos que apenas parte do local estava com a tal névoa. Como as paredes eram muito altas não dava pra ter uma visão ampla do restante do labirinto. Mas pela aparência dos corredores era perceptível que parte do local estava sem nevoeiro algum.

Começamos a caminhar por outros corredores, ainda do lado norte, e verificar o que estava acontecendo. E pelo que parecia a situação não estava nada agradável, a medida que íamos avançando labirinto a dentro haviam pessoas mortas pelo chão, algumas desmembradas, outras pareciam ter sido carbonizadas vivas. Foi quando Mirana com a voz um pouco tremida falou:

O primeiro garoto a encontrar o país das maravilhasOnde histórias criam vida. Descubra agora